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Caso Rupnik: “Uma mistura de espiritualidade, mística e sexualidade desviantes”. Entrevista com Daniele Libanori, bispo jesuíta que está lidando com as denúncias de abuso

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21 Fevereiro 2023

Daniele Libanori, jesuíta e bispo auxiliar da Diocese de Roma que vem lidando com os casos de abuso envolvendo Marko Rupnik, fala sobre o caso.

A entrevista é de Loup Besmond de Senneville, publicada por La Croix, 17-02-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Quando o senhor tomou conhecimento das denúncias sobre o padre Marko Rupnik?

Tomei conhecimento delas no início de 2021 devido ao meu papel como comissário extraordinário da Comunidade Loyola. A visita foi decidida devido a vários sofrimentos observados em várias irmãs. Em 30 de outubro de 2020, fui nomeado pelo arcebispo Stanislav Zore, de Ljubljana, Eslovênia, para assumir o governo desse instituto de direito diocesano. A decisão de nomear um comissário extraordinário foi tomada de acordo com o cardeal vigário de Roma, após uma visita canônica que este havia ordenado para a comunidade.

À primeira vista, tratava-se de um grave conflito geracional que exigia uma reforma das constituições do instituto. Mas, durante meu encontro com essas 45 freiras, nas entrevistas individuais, começaram a surgir testemunhos sobre as ações do padre Rupnik antes de 1993, primeiro em insinuações veladas, depois em relatos explícitos. Esse era o verdadeiro motivo da divisão delas: algumas haviam saído do instituto, outras ainda sofriam, nunca tendo contado com ajuda profissional para superar o trauma.

O senhor é a primeira liderança da Igreja Católica a ouvir esses testemunhos?

Não sei.

Quais foram suas conclusões?

Defrontei-me com dois problemas interligados: a divisão interna da comunidade e o drama que muitas irmãs vivem há muito tempo. As irmãs que haviam ingressado na comunidade depois de 1993 não sabiam o que havia acontecido, mas viviam um estilo de vida que tendia a ser fechado, como que para se defender de qualquer intrusão.

Graças a Deus, a emergência dos fatos, por mais dolorosos que tenham sido, permitiu-me oferecer a todas elas a possibilidade de colocar sua história à luz da verdade. As vítimas puderam enfrentar a realidade e compreender que não haviam agido como sedutoras, mas eram verdadeiras vítimas. À medida que fui aprendendo mais e mais sobre os fatos, ficou claro para mim que as informações que eu recebia deviam ser relatadas às autoridades competentes.

Foi por isso que eu perguntei às pessoas que me contaram suas histórias se elas estariam dispostas a fornecer um testemunho por escrito. Várias irmãs, assim como mulheres que haviam deixado o instituto, concordaram, e eu pude entregar tais relatos à comissão de inquérito que havia sido constituída e confiada ao procurador geral dos dominicanos.

De quantas mulheres estamos falando?

Não gostaria de revelar essa informação.

Todos os fatos que vieram à tona são semelhantes?

Sim, todos eles.

Como explica o fato de esses testemunhos terem surgido mais de 20 anos depois?

Ninguém pode silenciar o sangue de Abel. Esse grito atravessou o tempo, chegou até mim. O sangue de Abel clama e, para silenciá-lo, é necessário um julgamento. As vítimas, mesmo depois de mais de 30 anos – um tempo que equivale a uma prisão perpétua – têm o direito de ouvir das autoridades uma palavra definitiva que faça calar a dúvida sobre sua culpa e que restaure sua dignidade ao proclamar a verdade: que elas foram vítimas.

Quem conhece a dinâmica do abuso sabe que a vítima costuma ser levada a um estado de dependência psicológica que a torna vulnerável. Aquelas pessoas com as quais eu falei estavam olhando para o nada. E sei que, quando uma pessoa me fala de algo que envolve um investimento emocional ou dramático, mas fala sobre isso como se não fosse nada, sem chorar, isso significa que a ferida é muito profunda.

Por que esses testemunhos não foram levados em consideração?

Minha tarefa terminou em 2021 com o arquivamento das denúncias. Mas eu tenho motivos para acreditar que as pessoas que testemunharam foram consideradas confiáveis. Seu testemunho não foi seguido por um julgamento, pois invocou-se a prescrição dos fatos. Isso não é uma absolvição, mas uma renúncia ao direito de proceder a uma condenação formal. Além disso, como ficamos sabendo a partir do comunicado da Companhia de Jesus, foram impostas restrições ao ministério do padre Rupnik. Aqueles que as decidiram pensaram que essas medidas seriam suficientes para resolver o problema.

Como explica as conclusões do Dicastério para a Doutrina da Fé?

Não tenho nenhuma informação para responder à sua pergunta, muito menos para julgar a questão. Sei o que os jornais noticiaram, na medida em que conseguiram reconstituir o caso com documentos autênticos.

Por que acha que esse dicastério se recusou a suspender a prescrição?

É óbvio que era preciso avaliar o caso. Mas não tenho nenhuma informação sobre isso.

Em sua opinião, o padre Rupnik deve continuar seu trabalho artístico?

Não tenho condições de avaliar sua produção artística. Certamente, ele é uma pessoa carismática, com dons notáveis, e suas habilidades técnicas e as de sua escola são inquestionáveis. Se há pessoas que o contratam, por que ele não deveria continuar trabalhando? Além disso, reconhecer que uma pessoa é responsável pelos atos que cometeu não reduz automaticamente o mistério e a riqueza que a pessoa traz para o trabalho que realiza. Talvez seja uma questão de conveniência. Li recentemente que um artista reflete sua alma em seu trabalho.

Que medidas acha que deveriam ser tomadas?

O padre Rupnik é um religioso jesuíta e um padre. Portanto, ele está sujeito ao direito interno da Companhia de Jesus e ao Código de Direito Canônico. Além disso, se as pessoas que apresentaram suas denúncias quiserem recorrer aos tribunais civis, elas podem fazê-lo livremente.

Mas a questão, a meu ver, não pode se reduzir a um julgamento. Sem ignorar a responsabilidade individual, penso que é oportuno situar esse caso em um quadro mais amplo, para captar outras responsabilidades que ficaram na sombra: em particular, a responsabilidade objetiva dos superiores do padre Rupnik pela sua falta de vigilância, daqueles que o formaram e daqueles que deveriam ter supervisionado seus métodos e propostas pastorais.

Como é possível que, no arco de quase 30 anos, ninguém jamais tenha duvidado da doutrina que ele pregava, a qual, segundo alguns testemunhos arrepiantes, servia para legitimar o comportamento que lhe é atribuído? De fato, deparamo-nos com uma mistura de espiritualidade, mística e sexualidade desviantes, que infelizmente está presente em grupos e movimentos com o envolvimento de personalidades conhecidas.

As mulheres que, com grande dificuldade, deram seu testemunho nunca obtiveram um aceno das autoridades competentes, mas, para sua grande surpresa e escândalo – e sobretudo sentindo-se profundamente feridas –, apesar do que haviam revelado, continuaram vendo o padre Rupnik dando lições espirituais na mídia. Isso as indignou.

Isso também vale para o senhor?

Sim, sim, é claro. Quando alguém comete tais atos, mantém um perfil discreto. Mas ele nunca teve uma palavra a dizer a elas, nunca assumiu suas responsabilidades. De minha parte, estou convencido de que é uma questão de psiquiatria.

O senhor se encontrou com ele?

Não, evitei fazer isso para não ser influenciado. E eu queria evitar qualquer curiosidade mórbida.

O senhor acha que o fato de suas vítimas serem mulheres levou algumas pessoas a subestimarem a gravidade dos acontecimentos?

Sinceramente, acho que não. O padre Rupnik foi punido com sanções administrativas, de modo que, quando elas falaram, acreditou-se nelas.

Não acha que as sanções foram muito fracas em relação aos supostos atos?

Elas correspondem àquilo que pode ser feito administrativamente, em razão da prescrição.

O senhor ainda mantém contato com as vítimas?

Sim. Eu ainda sou um comissário do instituto, responsável por aquelas que ainda estão na comunidade. Nunca encontrei ódio nelas, mas essas mulheres estão imbuídas de uma dor muito profunda.

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