06 Dezembro 2022
Desde o início da guerra na Ucrânia, dissemos que conseguir falar diretamente à consciência dos cidadãos russos teria sido mais útil, eficaz e importante que armar a população da Ucrânia. Hoje, uma pesquisa que emergiu das névoas dos segredos do Serviço Federal de Proteção que a encomendou, nos informa que 55% dos russos querem que as negociações de paz sejam iniciadas com a Ucrânia e que apenas um quarto gostaria de continuar a guerra.
O comentário é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 05-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Esperando que não se trate apenas de mais uma das tantas manobras de propaganda de guerra entre adversários, estamos certos de que no juízo dos russos tenha influído o andamento da guerra com a carga de vítimas inclusive russas e a convocação de reservistas, mas estamos igualmente certos de que a Rússia hoje não se reconhece plenamente nas escolhas de Putin.
Se ao menos a União Europeia entendesse isso e apoiasse exatamente esse sentimento russo com uma campanha informal e ampla sobre os desastres da loucura que chamamos guerra, ofereceríamos alguma esperança a mais à paz que não tem absolutamente nada a ver com a vitória militar e com os cemitérios, mas consiste na consciência dos povos de retomarem em suas mãos o próprio destino.
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A população russa não quer a guerra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU