17 Novembro 2022
As revelações provocaram ondas de choque na Igreja no início de novembro: a conferência dos bispos anunciou que 11 ex-bispos foram implicados em denúncias de violência sexual. Nem todos os nomes foram divulgados na época. Nesse 16 de novembro, Jean-Pierre Grallet, ex-arcebispo de Estrasburgo, admite que faz parte desta lista em um comunicado à imprensa.
A reportagem é publicada por France Blue, 16-11-2022. A tradução é do Cepat.
“No final da década de 1980, quando eu era religioso franciscano, fiz gestos inapropriados para uma mulher maior de idade”, admite Jean-Pierre Grallet. Ele acrescenta que entrou em contato com a vítima para pedir perdão quando “soube do depoimento dela”.
Segundo o atual arcebispo de Estrasburgo, dom Luc Ravel, a vítima o procurou em dezembro de 2021. “Fiz uma denúncia ao procurador da República de Estrasburgo em janeiro de 2022. As autoridades romanas também foram informadas. As investigações estão em andamento”, especifica em um comunicado à imprensa, expressando “sua grande tristeza”. Uma investigação criminal foi confiada à brigada de investigação da polícia de Estrasburgo. “Ainda está em andamento”, especifica a procuradora da República de Estrasburgo, Yolande Renzi.
Tristeza e choque também para Bernard Xibaut, chanceler da Arquidiocese de Estrasburgo: “Ficamos sabendo da notícia durante a reunião do conselho dos padres no Monte Santo Odilo. Estamos chocados, divididos entre a raiva e a incompreensão. Sabemos apenas algumas coisas, mas queremos levar isso muito a sério. A justiça deve estabelecer os fatos com muita exatidão”.
Jean-Pierre Grallet foi arcebispo de Estrasburgo durante dez anos, de 2007 a 2017. Os ataques que ele reconhece ocorreram no outono de 1985, segundo dom Ravel. Não se sabe se os fatos ocorreram na Alsácia. No final da década de 1980, Jean-Pierre Grallet era capelão universitário e mestre de estudantes franciscanos em Estrasburgo.
O arcebispo emérito de Estrasburgo vive retirado em Mosela.
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Abusos sexuais: o ex-arcebispo de Estrasburgo, dom Jean-Pierre Grallet, reconhece “gestos inapropriados” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU