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Colômbia. De Roux, o imprescindível

(Foto: Reprodução | Comisión de La Verdad)

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20 Julho 2022

 

“Nesta história do conflito armado colombiano, que é também uma versão da história da infâmia, em um momento em que alguns setores queriam 'triturar' os acordos de paz com a guerrilha mais antiga do continente, surgiu uma figura chave, uma espécie de inteligência sensível que advoga pela razão e contra a desrazão da guerra. Quem sabe quantas vezes esse padre jesuíta, economista, filósofo e humanista chamado Francisco De Roux deve ter tropeçado. Quantas dores deve ter mastigado, quantas histórias de horror terá visto e ouvido".

 

O artigo é de Reinaldo Spitaletta, publicado por El Espectador, 19-07-2022.

 

Num país em que a paz tem sido uma aspiração ilusória, difícil de apreender, com tantos interessados em não a construir, e com tantos outros cansados do eterno derramamento de sangue, das inúmeras atrocidades, das cabeças decepadas e dos corpos trespassados por balas, seccionados por facões, desmembrados por bombas e motosserras, surge de repente uma espécie de oásis (pode ser também uma miragem).

 

E nesta história do conflito armado colombiano, que é também uma versão da história da infâmia, em um momento em que alguns setores quiseram “triturar” os acordos de paz com a guerrilha mais antiga do continente, surgiu uma figura chave, uma espécie de inteligência sensível que advoga pela razão e contra a desrazão da guerra. Quem sabe quantas vezes esse padre jesuíta, economista, filósofo e humanista chamado Francisco De Roux deve ter tropeçado. Quantas dores terá mastigado, quantas histórias de horror terá visto e ouvido.

 

E assim como alguns tolos o tratam com desdém, insultam-no, acusam-no de ser um "guerrilheiro de batina", outros o têm como seu "pano de lágrimas", como ouvinte, como figura pastoral benevolente, capaz de dizer a comunidade internacional que, depois de tanto sofrimento, devemos fazer da Colômbia "um paradigma mundial de reconciliação".

 

O presidente da Comissão da Verdade, o mesmo que há anos fundou o primeiro laboratório de paz na Colômbia, pediu às Nações Unidas que "haja um exército e uma polícia para a paz, não para a guerra". Esta é uma posição corajosa e audaciosa, mas, sobretudo, um clamor coletivo; é, no fundo, a vontade de tantas vítimas, de tantos deslocados, de tantos despossuídos num conflito quase eterno em que guerrilhas, paramilitares e agentes do Estado semearam de horrores os campos e as cidades do país.

 

O autor do livro La audacia de la paz imperfecta, disse há cinco anos que Colômbia exigia mudanças profundas "para que haja respeito pela dignidade de todo o mundo, para que haja uma verdadeira democracia, para que deixemos de ser um dos países mais corruptos, injustos e impunes do mundo”. Essas mudanças ainda não vieram. Ao contrário, aprofundou-se a corrupção, como a do governo de Iván Duque contra os fundos destinados à paz.

 

De Roux, um cristão excepcional devido a essas geografias de alterações bárbaras, tem, como apontou o falecido Antonio Caballero, certas semelhanças filosóficas com aquele que foi considerado o autêntico (ou único) santo do cristianismo: Francisco de Assis. “Francisco de Roux não tem interesses pessoais, políticos ou econômicos nesta paz ou nesta guerra: ele não vive disso”, disse Caballero em uma coluna (revista Semana, 28/07/2018).

 

O padre De Roux, que já foi julgado pelo ELN e ia ser fuzilado, é, aos 79 anos, um paradigma de equanimidade e raciocínio crítico. “Dói-nos ver que tudo isso (a barbárie de um conflito que causou enorme mortalidade e outras misérias) era conhecido na Colômbia, o mundo sabia, vimos na televisão e ouvimos no rádio, mas deixamos passar há 50 anos como se essa barbárie não estivesse conosco”, disse recentemente em Nova York.

 

O homem, o padre, o comissário, que chorou por todas as desgraças que se abateram sobre a cidade de Buenaventura, pelas "condições tão desumanas em que vivem milhares de seus habitantes", não quebrou nos quarenta anos de trabalho pela paz e pela dignidade dos colombianos. Nem mesmo o assassinato de 24 de seus amigos, incluindo o casal formado por Mario Calderón e Elsa Alvarado, pesquisadores do CINEP (Centro de Investigacion y Educacion Popular Programa Por la Paz), o fez desistir de sua luta irreprimível.

 

Pelo contrário, as indignações contra seus colegas e, claro, todas as agressões de diferentes atores contra o povo e seus líderes, serviram de combustível para continuar seu trabalho incansável na construção da paz, justiça e prosperidade para os atingidos por tanta violência.

 

A Colômbia é — disse certa vez — “um corpo com o rosto despedaçado, queimado em Machuca, cujo coração está partido em Chocó, cujas pernas são queimadas em El Salado, cujos braços são arrancados em Magdalena Medio, cujo estômago e fígado estão estourando em Nariño, sua vagina está despedaçada em Tierrata…”. De Roux sabe, é claro, que, embora houvesse paz entre os exércitos (as FARC e o Estado), a sociedade colombiana continuava fortemente dividida.

 

Também sabe que para alcançar a paz são necessárias profundas reformas sociais, mudanças substanciais que permitam que os esquecidos, os sem terra, os sem camisa da história alcancem níveis de dignidade e equidade social. Que, como diz uma velha canção, todo mundo tem um jeito de ter algo mais do que um pedaço de pão. Há homens que lutam a vida inteira (disse Brecht): De Roux é um dos imprescindíveis.

 

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