05 Julho 2022
O Conselho da Federação Luterana Mundial (FLM), órgão decisório da entidade ecumênica no período entre as assembleias, exortou a comunidade internacional a aumentar a assistência humanitária, priorizando países e regiões atingidas pela crise alimentar, e exortou governos a priorizarem recursos para o desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis, priorizando os modelos agroecológicos.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
“É chocante e profundamente perturbador” que quase 193 milhões de pessoas em 53 países sejam afetadas por uma crise alimentar, embora haja comida suficiente para alimentar toda a população mundial. “Enquanto rezamos por nosso pão de cada dia, sabemos que as pessoas não podem viver suas vidas plenamente e com dignidade sem um suprimento adequado de alimentos”, destacou a nota do Conselho.
Avaliando o quadro alimentar mundial, o Conselho denunciou os sistemas e as estruturas que levam a altos níveis de desigualdade, “como o resultado de que poucas pessoas têm muito mais do que precisam e muitas pessoas têm muito pouco ou nada”.
Assim, “qualquer pessoa que queira combater as causas profundas da crise alimentar global deve agir contra a ganância, o consumo excessivo e a superprodução industrializada com fins lucrativos, e apoiar uma reviravolta agroecológica comprometida com a preservação da natureza”, apontaram os luteranos.
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A fome é chocante num mundo que produz comida para todos, afirmam luteranos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU