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10 Mai 2022

 

Culto, certamente não um ignorante. Brilhante na escrita, não um padre do interior pouco familiarizado com as "letras". Atento às notícias do mundo, às instâncias dos trabalhadores, às mudanças em curso nos anos 1970. Estimado pelo Metropolita de Leningrado (hoje São Petersburgo) com quem troca palavras de intensa e inédita partilha (a comparar com hoje).

 

A reportagem é de Annachiara Sacchi, publicada no caderno La Lettura, do jornal Corriere della Sera, 08-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Chegou a hora de repensar: a imagem de João Paulo I, o Papa com sorriso e estilo simples, que fala de improviso, beirando a candura, não corresponde à verdadeira essência de Albino Luciani, pontífice por 33 dias de 26 de agosto a 28 de setembro de 1978. Isso é demonstrado pelos documentos de seu breve mandato, agora reunidos em um único livro (O Magistério. Textos e documentos do Pontificado, editados pela Fundação João Paulo I, editados pela Libreria Editrice Vaticana e San Paolo, com prefácio do Papa Francisco): a comparação entre os textos escritos e os depois proferidos, mas sobretudo a agenda e as notas daqueles incríveis 33 dias. Os bastidores secretos, nunca antes conhecidos, de um papado.

 

A agenda. Uma. Começada em Veneza em 1977, continuada em Roma. Luciani traça uma linha, muda a data e continua. Naquelas páginas ele toma notas, cola recortes de jornais, escreve notas. Ele as usa como um caderno, independentemente dos dias indicados nas páginas. Capa de couro sintético azul com as iniciais “A.L.” impressas. Primeiras notas, primeira revolução. Depois de citar o modelo de Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Opus Dei - "santificar-se com ações cotidianas" -, Luciani retoma seus raciocínios sobre a busca de Deus no trabalho cotidiano, como pregava São Francisco de Sales.

 

Até a nota: “Honestidade cama de casal? Não um obstáculo, mas um degrau”. A matriz é salesiana, mas a mensagem deve ser inserida em 1978, ano do sequestro e assassinato de Aldo Moro, da renúncia do presidente Giovanni Leone e da chegada de Sandro Pertini, com uma sociedade em mudança depois das leis sobre o divórcio e o aborto, e uma Igreja nem sempre em condições de interpretar as demandas das comunidades. Pois bem, o Papa que em seus discursos passa do nós para o eu - o livro junta os textos escritos e sua versão declamada -, que conhece as lutas sindicais, especialmente na região do Vêneto onde foi patriarca (ele marca a disputa da Sirma de Porto Marghera na agenda), reflete sobre a sexualidade conjugal. Ele a interpreta como um recurso para viver plenamente a fé, não como um freio ou uma concessão ocasional para fins reprodutivos.

 

Rasuras, muitas. Grifos. João Paulo I, o Papa que renuncia à coroação – e que será beatificado por Francisco no próximo dia 4 de setembro - interrompe seus pensamentos para dar forma e caráter ao seu magistério. Pode ser visto na "oficina" que conduzirá ao famoso Angelus de 10 de setembro de 1978. O de "Deus é pai, mais ainda é mãe", frase que imediatamente desperta sensação, especialmente na Cúria Romana, que se torna tema de debate, inclusive entre as feministas, de interpretações, de exegeses que passam dos estudos de Joseph Ratzinger aos de Gianfranco Ravasi e Jorge Mario Bergoglio.

 

Na agenda, com letra minuta e pouco compreensível, o Papa anota - página de 22 de agosto - esta frase: “Deus: não quer nos fazer mal, mas apenas bem. Ele é um pai, aliás uma mãe”. “Cada declaração - observa Stefania Falasca, vice-presidente da Fundação vaticana João Paulo I, estudiosa de Luciani que supervisionou a coordenação editorial do volume - é fruto de um trabalho intenso. João Paulo I é o primeiro pontífice a adotar um estilo coloquial em suas intervenções, que ignora ou muitas vezes modifica o texto escrito com acréscimos de improviso, mas essa escolha de simplicidade evangélica que permeia seu magistério não deve confundir: Albino Luciani é um bibliófilo que conhece inglês, francês, alemão, sua cultura ultrapassa as fronteiras eclesiásticas. Além disso, sabe-se bem, é a pena mais brilhante do episcopado”.

 

Sagrado e profano, as citações são muitas. De Charles Péguy a Georges Bernanos, passando por Nietzsche e Trilussa, até Al Capone (o homem que continua a justificar-se e a definir-se "com bom coração" apesar das suas graves culpas). Na mesma página da agenda (28 de agosto), para preparar o Angelus que antecede o início do novo ano letivo, João Paulo I menciona Giosue Carducci e Pinóquio, e não são detalhes secundários porque se hoje pode parecer normal para nós que um Papa se dirija às crianças convidando-as a seguir o exemplo do boneco que acaba se tornando um aluno modelo, menos é o elogio do professor Carducci, famoso por seu anticlericalismo e, portanto, não amado pela Igreja (o Papa cita um episódio florentino, quando o poeta, tendo de regressar aos seus estudantes universitários em Bolonha, recusa o convite de permanecer do Ministro da Educação).

 

Também surpreendentes são as palavras que João Paulo I usa (em sua agenda) sobre o encontro com o Metropolita Ortodoxo de Leningrado. O episódio é bem conhecido: em 5 de setembro, durante uma audiência no Vaticano, o prelado da Igreja Ortodoxa Russa Nikodim (1929-1978), Metropolita de Leningrado e Novgorod, morreu subitamente nos braços do próprio Luciani. Agitação no Vaticano. Dois dias depois, na audiência com o clero romano, o Papa relata algumas impressões - sem revelar o conteúdo - da conversa mantida com o fiel discípulo da ortodoxia: “Asseguro a vocês que nunca em minha vida havia ouvido palavras tão belas para a Igreja, como as que ele proferiu. Ortodoxa, mas vejam como ele ama a Igreja”. Algo daquela entrevista tão secreta pode agora ser visto não na agenda, mas em uma folha do bloco de anotações.

 

Duas linhas em que Luciani marca: “Igreja igual (=) filha. O verdadeiro pai é Deus, papai, filho também. Pai – Mestre”. Uma sintonia e uma unidade de propósitos que muito se chocam com as divergências que estamos testemunhando hoje ... Diplomacia internacional: o Papa acompanha as negociações de paz para o Oriente Médio realizadas em Camp David (5-17 de setembro de 1978), elogia Jimmy Carter publicamente e escreve-lhe uma carta: os rascunhos são todos anotados à mão. "Na agenda, os esquemas das intervenções aparecem com mais frequência - continua Falasca - enquanto o bloco de anotações é intercalado com ideias, incumbências, encontros". Nomes: Aminore Fanfani, então presidente do Senado; Giulio Carlo Argan, prefeito de Roma; Valerio Volpini, diretor de "L'Osservatore Romano"; mas também São Paulo e Santo Agostinho. Depois, há os compromissos de um homem comum, como o barbeiro.

 

Após a morte repentina do Papa Luciani, seu arquivo privado foi enviado de volta à sede patriarcal de Veneza. Em 1º de dezembro de 2020, após 42 anos, esse material (mais de 50 caixas) retorna à Santa Sé. Em março de 2021 iniciam-se os trabalhos de inventário, reorganização e digitalização.

 

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