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A história da traição política do Evangelho é longa. Artigo de Tomaso Montanari

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05 Abril 2022

 

"Esta é a razão pela qual aqueles que verdadeiramente seguem o Evangelho não se sentem presos a uma pátria, a uma nação - ao Ocidente", escreve o historiador da arte italiano Tomaso Montanari, professor da Universidade Federico II de Nápoles, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 04-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

No Rampini que acusa o manso diretor de Avvenire de “trabalhar para Putin” está o rosto abalado do Ocidente que se diz culturalmente cristão, sem ter mais nada a ver com o ensinamento de Cristo e que está fazendo tudo para prolongar uma guerra que considera sua e que marginaliza e silencia a voz profética do Papa Francisco que grita: "Cada dia de guerra piora a situação de todos”. Dos ucranianos e dos russos. De cada corpo enredado no monstruoso moedor de carne acionado por Vladimir Putin.

 

A história da traição política do Evangelho é longa. Começa em 27 de outubro de 312: o imperador do Ocidente Constantino tem uma visão, representada justamente no Palácio dos Papas, na Sala de Constantino, iniciada por Rafael e concluída por Giulio Romano. Constantino vê a cruz cristã, ao seu redor tem uma frase em grego: “Com este sinal vencerás”. Assim manda colocar a cruz nos estandartes e no dia seguinte, na Ponte Milvio, massacra, em nome de Cristo, o exército de Maxêncio. Ele recupera o controle do império, se converte ao cristianismo, liga a Igreja ao poder por séculos: e, portanto, às guerras pelas pátrias e pelas bandeiras. É a monstruosa aliança entre trono e altar. Até Kirill, patriarca de todas as Rússias que abençoa as armas de Putin na terceira Roma, Moscou.

 

“Ó Senhor nosso Deus, ajudai-nos a fazer dos soldados deles pedaços sangrentos de corpos, graças às nossas bombas; ajudai-nos a cobrir seus alegres campos com as pálidas formas de seus patriotas mortos; ajudai-nos a sufocar o trovejar das armas com os gritos dos seus feridos contorcendo-se de dor... ”. É a Oração pela Guerra de Mark Twain, uma paródia atroz do cristianismo estadunidense, tornada atual pelo irresponsável presidente dos EUA, um católico. Fazer a guerra no sinal de uma cruz que, nas palavras inspiradas de Fabrizio De Andrè, foi usada para supliciar "aqueles que a guerra ensinou a desertar ". Aquele que podia ter-se deixado defender por doze legiões de anjos, e preferiu morrer: dizendo que quem fere pela espada pela espada será ferido.

 

Esquecendo tudo isso, durante séculos os católicos mataram por sua nação: mesmo que católico signifique "universal", porque em nome de Jesus não há mais escravo ou livre, judeu ou grego, mulher ou homem (assim afirma São Paulo). Mas hoje um papa segundo o Evangelho grita isso para um Ocidente que se diz cristão: não há lugar para os nacionalismos no cristianismo.

 

Aquele profeta gigantesco que foi Dom Lorenzo Milani disse isso em 1965. Os capelães militares haviam definido "um insulto à pátria e aos seus caídos a chamada 'objeção de consciência' que, estranha ao mandamento cristão do amor, é expressão de covardia".

 

Milani responde com A obediência não é mais uma virtude:

 

"Se vocês têm o direito de dividir o mundo em italianos e estrangeiros, então eu lhe direi que, no vosso sentido, não tenho pátria e reivindico o direito de dividir o mundo em deserdados e oprimidos de um lado, privilegiados e opressores do outro. Uns são minha pátria, outros meus estrangeiros. E se vocês têm o direito, sem ser chamados pela Cúria, de ensinar que italianos e estrangeiros podem se despedaçar licitamente, aliás, heroicamente, então eu reivindico o direito de dizer que também os pobres podem e devem lutar contra os ricos. E pelo menos na escolha dos meios sou melhor que vocês: as armas que vocês aprovam são horríveis máquinas de matar (...). As únicas armas que aprovo são nobres e incruentas: a greve e o voto”.

 

Esta é a razão pela qual aqueles que verdadeiramente seguem o Evangelho não se sentem presos a uma pátria, a uma nação - ao Ocidente.

 

Porque, no máximo, se sentem do lado daqueles que - naquela pátria, naquela nação, no Ocidente - são explorados, oprimidos, esmagados. Não o território, as fronteiras, a bandeira: mas a dignidade das pessoas. (Leigamente, Virginia Woolf havia argumentado de maneira não diferente, 25 anos antes, falando da impossibilidade de se sentir - como mulher e, portanto, humilhada e excluída - parte daquela pátria que lhe pedia apoio na Segunda Guerra Mundial). Não com o poder que massacra, mas com os massacrados de cada dia. Com as pessoas pobres que perdem, de qualquer maneira, em todas as guerras.

 

Dom Milani repreendia os capelães desta forma: "Se vocês nos dizem que a recusa de defender a si mesmo e aos seus segundo o exemplo e o mandamento do Senhor é 'estranho ao mandamento cristão do amor', então vocês não sabem de que Espírito são!".

 

Poucos jornais - entre os quais, não por acaso, o Avvenire - falaram dos desertores ucranianos e russos: profetas desarmados que pagam com a própria pele outra forma de serem humanos. Talvez a única que pode nos salvar: porque "o soldado que a guerra recusar nos salvará... O aviador que não lançar a bomba nos salvará", cantava ainda Fabrizio.

 

 

 

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