“É o momento de abolir o ato bárbaro da guerra antes que ela cancele o homem da história”, clama o Papa Francisco

Centro comercial de Kiev destruído em 21 de março após bombardeio russo | Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

28 Março 2022

 

 

“Diante do perigo de autodestruição, a humanidade deve compreender que chegou a hora de abolir a guerra, de apagá-la da história humana antes que ela apague o homem da história”, diz o Papa Francisco, em apelo pela paz na Ucrânia, na oração do Angelus do dia 27 de março. 

 

O texto é publicado por Vatican News, 27-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini

 

Caros irmãos e irmãs!

 

Mais de um mês se passou desde a invasão da Ucrânia, desta guerra cruel e sem sentido, que representa uma derrota para todos, para todos nós. É preciso repudiar a guerra, um lugar de morte onde pais e mães enterram seus filhos, onde homens matam seus irmãos sem sequer tê-los visto, onde os poderosos decidem e os pobres morrem.

 

A guerra não só devasta o presente, mas também o futuro da sociedade. Li que, desde o início da guerra, uma em cada duas crianças foi deslocada do país. Isso significa destruir o futuro e causar traumas entre os menores e mais inocentes. Aqui está a bestialidade da guerra, um ato bárbaro e sacrílego!

 

A guerra não pode ser algo inevitável, não temos que nos acostumar à guerra! Temos que converter a indignação de hoje no compromisso de amanhã. Se sairmos dessa história como antes, todos seremos culpados de alguma forma. Diante do perigo de autodestruição da humanidade, compreendam que chegou a hora de abolir a guerra, de apagá-la da história humana antes que seja ela que apague o homem da história.

 

Rezo para que todos os líderes políticos reflitam sobre isso, se empenhem para isso! E, olhando para a atormentada Ucrânia, entender que a cada dia de guerra a situação piora para todos. Por isso renovo o meu apelo: basta, paremos, calem-se as armas, tratemos seriamente pela paz! Rezemos novamente, sem cansar, à Rainha da Paz, a quem consagramos a humanidade, especialmente a Rússia e a Ucrânia, com uma grande e intensa participação, pela qual agradeço a todos vocês. Vamos orar juntos. Ave Maria…

 

Justamente dois anos atrás, desta Praça, levantamos o apelo pelo fim da pandemia. Hoje fizemos isso pelo fim da guerra na Ucrânia. Ao sair da Praça será oferecido um livro gratuito, criado pela Comissão do Vaticano Covid-19 com o Dicastério para a Comunicação, para convidar a rezar nos momentos de dificuldade, sem medo, sempre tendo fé no Senhor.

 

 

 

Leia mais