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Pandemia, incerteza e palavra dos governantes

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06 Mai 2021

 

“O erro [dos governantes] consiste em confundir comunicação e ação, objetivos e meios para alcançá-los; erro que se repete a tal ponto que as palavras dos tomadores de decisão são cada vez menos confiáveis. A comunicação é útil se reduzir a incerteza ao mobilizar energias, e decepcionante e perigosa se for um substituto para o gerenciamento pragmático. E se a previsão por meio do planejamento e da mobilização das partes interessadas fosse o melhor instrumento contra a incerteza?”. A reflexão é de Robert Boyer, em artigo publicado por Alternatives Économiques, 04-05-2021. A tradução é de André Langer.

Robert Boyer é economista, diretor de pesquisa do CNRS (Centro Nacional para a Pesquisa Científica), diretor de estudos da EHESS (Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais) e pesquisador do Cepremap (Centro para a Pesquisa Econômica e suas Aplicações).

Eis o artigo.

Quais devem ser as mensagens dos políticos diante de um vírus ainda misterioso um ano depois da eclosão da pandemia? Em março de 2020, eles ficaram surpresos porque o acontecimento foi excepcional, pelo menos nos Estados Unidos e na Europa, embora não na Ásia. Com efeito, destrói a hipótese da previsão racional, tão cara aos economistas: a repetição de um evento torna possível prever corretamente os efeitos do próximo, se for do mesmo tipo. Especificamente, a Covid-19 não é uma cópia da Aids, Sars, H1N1 ou Ebola.

Uma primeira resposta consiste em confiar nos mercados financeiros, cuja função é socializar as informações dispersas na sociedade para melhor alocar os investimentos. Infelizmente, eles ficaram desconcertados porque esse não é o tipo de conhecimento com o qual lidam diariamente. Em março de 2020, em pânico, os corretores precipitaram o colapso brutal das Bolsas de Valores. As cotações são retomadas, mas seu cálculo é radicalmente transformado porque elas têm que transpor três incertezas.

Os mercados financeiros não são uma bússola

Primeiro, considerando o modo como o vírus se propaga, é o equivalente a uma gripe sazonal ou é uma nova peste negra? Em segundo lugar, os pesquisadores e médicos vão encontrar terapias eficazes e, na sequência, vacinas, e quanto tempo levará, sabendo que no passado isso era uma questão de décadas? Por fim, quais serão as consequências de vastos planos públicos de apoio à economia, em escala sem precedentes em tempos de paz. Na verdade, eles empurraram a natureza não convencional da política monetária e fiscal adotada para superar a crise financeira de 2008 um passo adiante: gastar novamente em excesso é realmente razoável?

Assim, longe de convergir para o valor fundamental dos ativos financeiros, a Bolsa alternou uma explosão de otimismo, quando apareceu a possibilidade de uma saída da crise sanitária, com o anúncio, por exemplo, de uma terapia, a seguir um retorno ao pessimismo quando esta esperança é desapontada ou quando os processos políticos atrasam a aprovação de leis de apoio à economia.

Desde janeiro, o otimismo prevalece, pois a rapidez no desenvolvimento das vacinas abre a possibilidade de um retorno à normalidade. No entanto, imediatamente, as dificuldades de produção e distribuição empurram o horizonte para a saída da crise da Covid-19. Podemos conceber a segurança sanitária apenas nos países ricos sem colocar em perigo a abertura da economia mundial?

Incertezas científicas

A situação se complica quando se considera que os consideráveis avanços da medicina, da virologia e da epidemiologia são postos à prova por um vírus cujas propriedades devemos descobrir passo a passo. Consequentemente, essas diferentes disciplinas trazem recomendações que podem ser contraditórias. Políticos e opinião pública confundiram a ciência como um corpo bem estabelecido de conhecimentos e processos de pesquisa em face do inesperado e do novo.

Decepcionados com a incapacidade dos especialistas de chegar a um consenso, todos nós nos tornamos epidemiologistas? As opiniões sobre as questões científicas seriam como qualquer outra? É nessa brecha que entram com força os governos populistas, com as trágicas consequências que conhecemos.

O Estado: a comunicação não é suficiente

Nesse contexto, todas as partes interessadas se voltam para o Estado. Por definição, ele pode se libertar do mimetismo e do curto prazo das finanças porque não é um ator como os demais, pois passa por crises, guerras e eras. Ele deve defender a população de ataques, incluindo aqueles representados por pandemias. Isso explica o abandono da ortodoxia econômica.

Sujeito a pressões e demandas de diversos interesses e grupos sociais, cabe-lhe arbitrar entre limitar as perdas humanas, manter a atividade econômica e respeitar as liberdades.

Como as ciências médicas e econômicas não têm uma resposta definitiva, os políticos podem e devem se manifestar e definir uma direção. Por exemplo: “este é o calendário para o levantamento das restrições sanitárias”, os cidadãos têm assim um referencial na sua decisão, uma preciosa coordenação, algo de que os mercados são incapazes numa situação de incerteza radical. Esta intervenção é bem-vinda, mas é eficaz e suficiente?

Infelizmente não, porque é o vírus que dita o ritmo ao multiplicar as surpresas: aumento das contaminações, mutações mais virulentas e perigosas, rápida transmissão internacional, dúvidas sobre a segurança de algumas vacinas e atraso nos planos de vacinação. Assim, o discurso do governo não adquire o status de uma profecia autorrealizável porque não colocou em prática os meios para conter a pandemia: impossibilidade prática de realizar satisfatoriamente a estratégia de “testar, rastrear e isolar”, sem redistribuição suficientemente rápida de leitos de terapia intensiva, hesitação e depois demora na vacinação, relutância em controlar as fronteiras.

O erro consiste em confundir comunicação e ação, objetivos e meios para alcançá-los; erro que se repete a tal ponto que as palavras dos tomadores de decisão são cada vez menos confiáveis. A comunicação é útil se reduzir a incerteza ao mobilizar energias, e decepcionante e perigosa se for um substituto para o gerenciamento pragmático. E se a previsão por meio do planejamento e da mobilização das partes interessadas fosse o melhor instrumento contra a incerteza? (1)

Nota.

1. Este foi o tema de uma postagem anterior de fevereiro de 2021. Encontramos um desdobramento dos argumentos apresentados no livro Les capitalismes à l’épreuve de la pandémie (Capitalismos à prova da pandemia), La Découverte, Paris, 2020.

 

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  • Um retorno ao longo prazo. Artigo de Robert Boyer
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  • “Parece inimaginável pensar em ir além do capitalismo”
  • A fagocitose do capital e as possibilidades de uma economia que faz viver e não mata. Revista IHU On-Line, Nº 537
  • Financeirização, Crise Sistêmica e Políticas Públicas. Revista IHU On-Line, Nº 492
  • A financeirização da vida. Revista IHU On-Line, Nº 468
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