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Qual a culpa de Enzo Bianchi para o lockdown estendido ao espírito?

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18 Fevereiro 2021

"Os frágeis filhos rebeldes de Enzo Bianchi, os mesmos que o acusam de um protagonismo avassalador e invasivo, parecem incapazes de reconhecer e gerir a diversidade, como se não tivessem crescido no espírito que sempre animou os cinquenta anos de experiência de Bose. Uma gestão tão inadequada marca, na verdade, o triste início de uma fase de implosão e desagregação, da qual Larini nos fornece os números. Aquela que muitos sentiram como uma casa comum aberta a todos os viajantes está se tornando um forte cercado por si mesmo, cujas arquibancadas estão caindo aos pedaços", escreve Ernesto Ferrero, em artigo publicado por Huffington Post, 16-02-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Caro Huffington Post, um comunicado do delegado pontifício datado de Verona, 8 de fevereiro, gostaria de confinar Enzo Bianchi em San Gimignano o mais tardar na data de 16 de fevereiro, para melhor sancionar, inclusive fisicamente, seu afastamento e, aliás, sua total separação à comunidade monástica de Bose, que ele mesmo fundou em 1968. Parece retornar à atmosfera do julgamento de Joana d'Arc tão sugestivamente evocado por Carl Th. Dreyer em seu famoso filme. É um script visto muitas vezes, no estilo soviético ou turco: sentenças "políticas" emitidas a priori com base em provas inexistentes, juízes eclesiásticos que acreditam estar curando pecados que só eles veem enviando os pecadores para a fogueira. No nosso caso, se gostaria de arrancar de seus espaços e hábitos um suposto réprobo de setenta e sete anos, já abalado pelos distúrbios da idade, transferindo-o sob vigilância para uma Ventotene toscana, inibindo qualquer possibilidade de vida em comunidade, como se fosse o portador de um vírus perigoso a ser isolado o mais rápido possível. Um lockdown estendido ao espírito.

Ainda não está claro do que foi culpado Enzo Bianchi, um dos maiores intérpretes da espiritualidade contemporânea, o homem que fez de Bose a pequena capital de um novo ecumenismo, apreciado em Moscou e Damasco, em Istambul, em Belgrado e em Londres. Um autor de sucesso, bem representado no catálogo da editora Einaudi, que há anos se tornou também uma referência para muitos leigos e não crentes, como atesta a recepção dos seus livros e artigos, e as multidões muito atentas que acompanham suas aparições públicas (por exemplo: na Feira do Livro de Turim tive de reservar-lhe o Auditório, com 1700 lugares). Mesmo aquelas multidões, evidentemente, são vítimas involuntárias daqueles "abusos psicológicos" de que o irmão Enzo continuaria a se manchar, segundo seus acusadores, depois de deixar o priorado em 2017. Considerando que, como escreveu Luigi Accattoli, "Bose é um exemplo extraordinário de como o estudo, o conhecimento, a profundidade e a ousadia de pensamento são compatíveis com a fé cristã e, aliás, a fortalecem. É um laboratório que tem dado provas claras, ao longo dos anos, de um equilíbrio excepcional, sem nunca recorrer a clichês, sem utilizar dogmatismos”.

Ainda no dia 27 de maio do ano passado, quando já havia sido atingido por um decreto que queria afastá-lo de sua criatura, Bianchi escrevia que não sabia que culpas específicas estavam sendo imputadas. São as belezas do direito canônico usado como um bastão: sentenças inapeláveis, que não admitem testemunhas e contraditório, nas quais só a acusação tem voz. São práticas arcaicas e inadmissíveis em qualquer instituição e teremos que avaliar isso. Mas qualquer um que tenha uma prática mínima das dinâmicas de grupo, sabe bem que na presença de pais-senhores com um forte carisma, o instinto do assassinato metafórico é acionado nos filhos menos dotadas: um instinto que é sinal de fragilidade, fraqueza, inseguranças, e que alimenta uma representação simplificada do mundo dividido entre bons e maus, que só pode ter como desfecho final o embate. As coisas só podem piorar se o delegado pontifício, Amedeo Cencini, interpretar sua missão com espírito autoritário e inquisitorial, em vez de se concentrar na escuta, na recomposição, no diálogo.

Os interessados não falam, mas agora o testemunho de Riccardo Larini, que trabalhou na Bose com Bianchi durante onze anos, antes de se dedicar à carreira de tradutor e professor, nos faz entender algo mais, e parece ser uma pessoa informada dos fatos, mesmo morando em Tallinn, na Estônia. Larini não tem dúvidas. Em seu blog "Riprendere altrimenti" em 13 de fevereiro, ele fala sobre uma comunidade cada vez menos devotada ao ecumenismo e ao radicalismo evangélico, cada vez mais engessada em um monaquismo tradicional; fala da rigidez do atual prior, obcecado por supostos abusos psicológicos e sexuais, sujeito a fórmulas acusatórias, substancialmente divisionista. As críticas do delegado papal são igualmente explícitas: "Para quem conhece o mundo da vida religiosa italiana, [sua nomeação] só poderia ser o início de um desastre, dadas as teorias bem conhecidas e extremamente rígidas de tal 'especialista'". O juízo de Massimo Recalcati sobre ele foi ainda mais duro no artigo publicado no "La Stampa" na quinta-feira 11 de fevereiro e intitulado O machado da Idade Média sobre Enzo Bianchi: "De acordo com suas teorias bizarras, em todo fundador se esconde um abusador (sic! ) e Enzo Bianchi confirmaria seu teorema ao pé da letra. O machado medieval de exclusão forçada e da espoliação do nome se enfurece impiedosamente sobre o pai-demônio como se fosse uma purificação saudável e necessária".

Os frágeis filhos rebeldes de Enzo Bianchi, os mesmos que o acusam de um protagonismo avassalador e invasivo, parecem incapazes de reconhecer e gerir a diversidade, como se não tivessem crescido no espírito que sempre animou os cinquenta anos de experiência de Bose. Uma gestão tão inadequada marca, na verdade, o triste início de uma fase de implosão e desagregação, da qual Larini nos fornece os números.

Aquela que muitos sentiram como uma casa comum aberta a todos os viajantes está se tornando um forte cercado por si mesmo, cujas arquibancadas estão caindo aos pedaços.

Um caso surreal, que não poderia ter sido conduzido de forma pior. O único que pode restituir a Enzo Bianchi sua dignidade, salvando-o de uma humilhação absurda, e devolver Bose, mudando o que precisa ser mudado, ao seu projeto original, é o Papa Francisco, forçado a se tornar, também neste caso, o Mário Draghi de si mesmo. À sua maneira, Bose é um alerta, entre tantos outros, de uma situação difícil, ainda mais difícil de administrar que a italiana. Que o santo cujo nome ele carrega, mestre de misericórdia, o ajude.

Leia mais

  • Caso Bose: a verdade sobre por que Enzo Bianchi teve que abandonar a comunidade
  • Enzo Bianchi, um prior mandado para o exílio. Artigo de Alberto Melloni
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  • Comunidade de Bose: caso de teste para novas comunidades e movimentos. Artigo de Massimo Faggioli
  • Bose: rumo à solução
  • Autoridade e liberdade em excesso: geração monástica e o caso Bose. Artigo de Andrea Grillo
  • O caso Bose. Entrevista com Riccardo Larini
  • Negociação entre Bianchi e o Vaticano, depois o prior se dobra: “Deixo Bose”
  • Bose, Enzo Bianchi: Obedeço, é hora do silêncio
  • “O clima tenso de Bose era conhecido, mas agora é necessário clareza”
  • “Enzo Bianchi está certo em pedir as provas ao Vaticano.” Entrevista com Luigi Bettazzi
  • Vida comunitária nos Mosteiros: o que só a dor ensina. Artigo de Marcelo Barros
  • Comunidade de Bose. A amargura do fundador que agora não quer ir embora: “Eu queria a Igreja das origens”
  • Esperança na provação. Nota do Mosteiro de Bose

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