15 Dezembro 2020
À decisão de card. Woelki de não publicar o relatório sobre os casos de abusos e sua gestão na diocese de Colônia, apontando uma falta metodológica em sua redação, vem agora somar-se a acusação dirigida diretamente ao cardeal de não ter seguido o procedimento canônico em vigor para um caso relativo ao ano de 2015 - seria um padre conhecido de longa data por Woelki que, segundo informações veiculadas na imprensa, teria contornado suas obrigações pastorais e canônicas.
A reportagem é publicada por Settimana News, 12-12-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Ontem à noite, o card. Woelki declarou que havia devolvido o exame do caso em questão ao papa - procedimento já escolhido pelo atual bispo de Hamburgo, D. S. Heße, a respeito de sua gestão de alguns casos de abuso quando era diretor de pessoal e depois vigário geral da diocese de Hamburgo.
Sobre a questão, hoje também interveio o bispo de Limburg e presidente da Conferência Episcopal Alemã, D. G. Bätzing, que definiu a decisão de não publicar o primeiro relatório e a forma como foram enfrentadas as inevitáveis consequências dessa escolha como "um desastre" - não apenas para a diocese de Colônia, mas para toda a Igreja alemã. Tanto pelo dano geral que tudo isso causou à credibilidade da Igreja alemã em sua tentativa de finalmente esclarecer uma página dramática de violências perpetradas por pessoal eclesiástico, quanto pela exploração que ocorreu em Colônia do Comitê consultivo das vítimas a fim de justificar publicamente a decisão de não publicar o relatório confiado a um escritório de advocacia de Munique.
Além das vozes pedindo a renúncia do card. Woelki, aliam-se aquelas que, agora com razão mais do que confirmada, afirmam a necessidade urgente e não adiável de confiar todo o dossiê dos abusos a grupos de trabalho completamente e efetivamente independentes das Igrejas locais alemãs.
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Abusos: Colônia, uma diocese no caos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU