17 Março 2020
"Francisco caminhando sozinho, em oração, pela via del Corso quase vazia.. É como se saudasse pessoalmente a cada romano, dos quais é bispo. E a cada um de nós. Realmente Igreja de saída, num mundo ferido e aparentemente deserto", escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo.
Acabo de ouvir a mensagem de Emmanuel Macron. Um tom e uma força que nos fazem lembrar Charles de Gaulle nos piores momentos da vida francesa. A dignidade do cargo transfigura o estadista, não importa sua orientação. Ele incarna a França e os valores republicanos e democráticos. Foi direto. Várias vezes repetiu: estamos em guerra. Liberou amplamente as finanças, suspendeu dívidas e gastos com serviços. Exigiu fortes medidas de isolamento mas afastou pânicos. E sobretudo fez um chamado à unidade e à solidariedade. Em torno a ele o país se agrupa e se faz unidade.
Outro sinal de forte e comovedora espiritualidade. Francisco caminhando sozinho, em oração, pela via del Corso quase vazia.. É como se saudasse pessoalmente a cada romano, dos quais é bispo. E a cada um de nós. Realmente Igreja de saída, num mundo ferido e aparentemente deserto. Sinto junto a ele a legião incomensurável da comunhão dos santos. Francisco peregrino tocando cada coração. E rogando por todos nós. Amen.
Sinais de vida e de comunhão. Há esperança pela frente. Aleluia.
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