Em agosto, focos de incêndios na Amazônia bateram recorde de nove anos

Queimada em Rondônia. | Foto: Esio Mendes

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03 Setembro 2019

Somente na Amazônia, houve um aumento de 111% em relação à 2018. Outros biomas, como o Pantanal, também são afetados.

A reportagem é de Giovanna Galvani, publicada por CartaCapital, 01-09-2019.

O Programa de Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou neste domingo 01 que o mês de agosto de 2019 quebrou recordes de focos de incêndio dos últimos nove anos na Amazônia. Os dados, que são atualizados diariamente no site do programa, também mostraram um aumento de 71%, de 2018 para 2019, nas queimadas localizadas em todo o País.

De acordo com o Inpe, o bioma Amazônia possuiu 46.825 focos de incêndio, o que foi aproximadamente a metade do registrado em território nacional neste ano. A comparação do período entre 1º de janeiro e 31 de agosto dos anos em análise mostra um aumento de 111%.

No entanto, a Amazônia não foi o bioma com maior aumento registrado. Para o Pantanal, localizado nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os 603 focos passaram para 3165, um pulo de 425%. Por mais que essa seja a época de seca na região, a série histórica mostra que os números das queimadas identificadas vêm oscilando pouco nos últimos três anos. De 2017 para 2018, houve uma queda de 73% nos incêndios.

A Amazônia Legal, que abrange a vegetação dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão, também, inevitavelmente, registrou aumento preocupante: foram mais de 64 mil focos, quase o dobro do ano anterior.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro se encontrou com os governadores dos respectivos estados para discutir maneiras colaborativas de combate às queimadas. Na fala, ocupou-se mais em acusar demarcações indígenas e reservas ambientais de esvaziar a capacidade produtiva do agronegócio.

Na quinta-feira 29, o presidente proibiu queimadas no território, mas logo depois, na sexta, alterou o decreto e manteve a decisão apenas para áreas da Amazônia Legal.

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