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Das narrativas sobre papas e do permitir-se ser surpreendido

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27 Agosto 2019

Esta quarta-feira, 21 de agosto, aconteceu de ser o Dia de São Pio X, papa que reinou entre 1903 e 1914 e cujo principal feito que marcou o seu pontificado foi a perseguição a um movimento “antimodernista” na Igreja Católica, cujos membros formavam uma rede parcamente definida de biblistas, teólogos e outros que tentavam, de várias formas, reconciliar a fé com a ciência e o pensamento modernos.

A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada por Crux, 24-08-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Pio X publicou uma encíclica em 1907, Pascendi Dominici Gregis, que mais ou menos serviu como ama carta de campanha, descrevendo o “modernismo” como a “síntese de todas as heresias”. Também impôs um “juramento antimodernista” sobre todo o clero que durou até 1967.

Eis o que torna a história interessante: se pesquisarmos no Google as palavras “Papa Francisco” e “modernismo”, teremos mais de meio milhão de resultados, a maior parte dos quais acusando Francisco de ser, ele próprio, um modernista.

No entanto, lá estava ele no dia 21 de agosto presenciando uma missa que lembrava o referido dia de São Pio X, em uma capela lateral da Basílica de São Pedro; postou-se como um membro comum entre os fiéis, sentado discretamente na sexta fileira. Embora não fazemos ideia do que se passou na sua cabeça durante este momento, é fácil imaginar que queria honrar a memória de seu predecessor – dando a entender, entre outras coisas, que talvez a sua visão do “modernismo” e dos esforços da Igreja em resistir a tal movimento é mais sutil do que geralmente se pensa.

A ida de Francisco a essa missa não gerou manchetes – em parte, claro, por ter sido feita no mesmo dia em que um tribunal australiano anunciava a decisão sobre a apelação do Cardeal George Pell relativa à condenação por abuso sexual infantil. Em parte, no entanto, provavelmente a simpatia aparente de Francisco pelo “papa antimodernista” não recebeu muita atenção porque ela confunde a narrativa que se criou, desde o começo, em torno deste papa. Francisco deve ser um líder de mentalidade progressista a sacudir uma instituição exigente e confusa. A sua presença, portanto, no Dia de São Pio X não conta.

Se Francisco tivesse aparecido de surpresa em um ato em memória a Alfred Loisy, biblista francês frequentemente tido como o principal modernista de sua época e que fora excomungado em 1908, isto sim teria ressoado, pois é o que a maioria dos analistas esperam. Ver este papa homenagear aquele que silenciou Loisy, todavia, gera uma dissonância cognitiva.

O que isso tudo faz lembrar é o poder da narrativa na modelagem de como toda figura pública, os papas incluídos, é compreendida.

Neste momento, o Papa Emérito Bento XVI também tem uma narrativa bastante forte e altamente negativa. Ele tem sido visto como um arquiconservador, distante, frio e imperioso, tipo o Darth Vader da religião organizada. Francisco, diferentemente, há tempos é o queridinho da imprensa e ainda atrai uma cobertura extremamente positiva, em parte porque, tão logo a imprensa define o que pensa sobre algo ou alguém, ela dificilmente acaba mudando de ideia.

Em teoria, poderíamos pensar que, devido ao fato de a imprensa ter desprezado Bento XVI e acolhido Francisco, então deveria haver uma grande diferença na forma como os dois pontífices foram recebidos. Ironicamente, no entanto, podemos dizer que há exatamente um tratamento igual com ambos, que é o de tê-los como “polêmicos”.

Via de regra, os jornalistas cobrem as histórias em geral da mesma forma como cobrem as notícias de política. Não importa se o assunto é finanças, cultura, entretenimento, esportes ou mesmo religião – invariavelmente pensamos em termos de partidos, lutas de poder, ganhadores e perdedores; é assim que enquadramos as histórias que contamos.

Neste sentido, realmente não importa se a imprensa gosta de uma figura pública ou não. Ao fazer uma figura parecer política, a imprensa inevitavelmente define que a pessoa será amada por uns e odiada por outros.

O que a atenção dos meios de comunicação parece fazer, na verdade, é canalizar as esperanças e frustrações pré-existentes de um público amplo em direção a alvos específicos, ao mesmo tempo transformando estes alvos em heróis e em bodes expiatórios, dependendo de quem está olhando.

A narrativa negativa em torno de Bento XVI teve o efeito perverso de torná-lo popular entre certos grupos católicos, especialmente aqueles mais inclinados a desprezar os valores do que consideram um liberalismo secular moderno apresentado na imprensa. Da mesma forma, a narrativa positiva em torno de Francisco ajudou a torná-lo impopular em alguns círculos da Igreja – frequentemente, não sempre, sendo as mesmas pessoas que exaltam Bento.

O que se perde diante de uma situação como esta, na maioria das vezes, é a complexidade das coisas.

Com toda honestidade, o papado de Francisco pode estar mais próximo em espírito do de São Paulo VI em relação aos papados de São João Paulo II ou Bento XVI, mas isso dificilmente o põe na extrema esquerda da Igreja. Bento, enquanto isso, nunca foi o malvado na imaginação popular e, com certeza, não deu nenhum golpe antimodernista nos oito anos em que esteve à frente da instituição.

Em outras palavras, quando a imprensa faz de alguém uma estrela, normalmente também faz a pessoa parecer uma caricatura. Não há nada a ser feito aqui, na verdade – exceto, quem sabe, de vez em quando, permitir-se ser surpreendido.

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