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Sacramentos e identidade sexual: assim se afirma a lição de Jesus. Artigo de Vito Mancuso

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13 Abril 2022

 

A autodeterminação de um povo que não aceita mais a vassalagem secular em relação a outro povo ao qual a geopolítica o havia entregue ao longo dos séculos corresponde à autodeterminação de um indivíduo que não aceita a vassalagem igualmente pesada a que a biologia, de um lado, e o costume social, de outro, o havia entregue, por sua vez.

 

A opinião é do teólogo italiano Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele de Milão e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 12-04-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Segundo ele, "para a consciência católica, o ponto crucial consiste em saber responder a esta pergunta: a aceitação da identidade espiritual do Ocidente (que consiste na cultura dos direitos humanos e no respeito à singularidade de cada um) é uma derrota da catolicidade, a sua rendição incondicional ao mundo, um abandono da tradição, uma traição ao ensinamento de Jesus?"

 

"Existe - escreve o teólogo - uma grande aposta para que a emancipação dos indivíduos possa continuar sendo salvaguardada e defendida pelo retorno da reação e do tradicionalismo autoritários: que a cultura dos direitos humanos que surgiu com a modernidade seja capaz de reencontrar um ideal ou uma utopia maior do que o interesse dos indivíduos, que volte a nos fazer nos sentirmos sócios uns dos outros".

 

Eis o artigo.

 

Neste momento histórico que não é exagero definir como fatal, enquanto enfurece a guerra de Putin abençoada pelo patriarca de Moscou, dizendo que se trata de defender os valores cristãos ameaçados por um Ocidente que caiu à mercê das paradas gays, a Diocese de Turim está pronta para administrar o sacramento da Crisma a uma pessoa que nasceu mulher e depois se tornou homem.

 

Existe uma relação entre os dois fatos? Na minha opinião, sim: é a convergência de geopolítica e biopolítica.

 

A questão na sua essência é a mesma, é aquela que divide, de um lado, a autodeterminação em nome da liberdade e da sua irredutível singularidade e, de outro, a determinação imposta pela biologia ou pela tradição. Quer se trate de um povo ou de um indivíduo, de geopolítica ou de biopolítica, em ambos os casos a substância é representada pelo choque entre cultura e natureza, entre liberdade e obediência, entre sujeito e instituição, e pela decisão de qual dos dois polos tem mais valor.

 

A autodeterminação de um povo que não aceita mais a vassalagem secular em relação a outro povo ao qual a geopolítica o havia entregue ao longo dos séculos corresponde à autodeterminação de um indivíduo que não aceita a vassalagem igualmente pesada a que a biologia, de um lado, e o costume social, de outro, o haviam entregue, por sua vez.

 

E em nome da autodeterminação, ou seja, da liberdade, um povo e um indivíduo, o primeiro em nível geopolítico, o segundo em nível biopolítico, iniciam a sua marcha de libertação.

 

É um confronto antigo, que teve início no princípio da modernidade, precisamente em âmbito teológico, quando Lutero reivindicou o primado da consciência sobre a obediência papal com as célebres palavras proferidas na Dieta de Worms diante do imperador Carlos V, depois que, pela enésima vez, ele havia sido intimado a se retratar: “Não posso e não quero revogar nada, porque é perigoso e injusto agir contra a própria consciência. Eu não posso de outra forma. Aqui estou. Que Deus me ajude. Amém”.

 

Era o dia 18 de abril de 1521, um ano e cinco séculos atrás, e desde então o Ocidente embarcou em uma marcha progressiva rumo à emancipação dos indivíduos e à extensão dos direitos humanos, chegando nestes anos a legitimar até o resgate da própria biologia para aqueles indivíduos para os quais ela não coincide com a própria psique e a própria afetividade. Eles também, como Lutero, declaram que é perigoso agir contra a própria consciência e contra a própria sede insuprimível de sermos nós mesmos.

 

E a Igreja Católica, depois de ter se oposto longa e fortemente a essa evolução (considere-se, por exemplo, o Sílabo de Pio IX, que condenava sem apelação a liberdade de consciência em matéria religiosa; considerem-se os duros posicionamentos de João Paulo II em âmbito bioético), está pronta para administrar o sacramento da Confirmação a uma pessoa nascida com um sexo e que transitou para outro, legitimando desse modo, pelo menos na Diocese de Turim, a bondade de tal percurso.

 

Naturalmente, à luz da tradição, o escândalo dos católicos tradicionalistas é compreensível. O Patriarca Kirill também concordaria com eles. Assim como o povo ucraniano não pode se autodeterminar geopoliticamente, assim também os homossexuais não podem viver biopoliticamente a sua sexualidade, muito menos transformá-la. E a Igreja deve fazer tudo em relação a eles, exceto reconhecer o seu direito ao amor e à afetividade.

 

Por isso, os católicos tradicionalistas gritam o escândalo diante da administração de um sacramento a uma pessoa que mudou de sexo e leem nesta abertura da Igreja Católica a confirmação da progressiva protestantização que também na Itália está entregando o cristianismo àquele destino de irrelevância que já tem nos países protestantes do norte da Europa.

 

Por isso, para a consciência católica, o ponto crucial consiste em saber responder a esta pergunta: a aceitação da identidade espiritual do Ocidente (que consiste na cultura dos direitos humanos e no respeito à singularidade de cada um) é uma derrota da catolicidade, a sua rendição incondicional ao mundo, um abandono da tradição, uma traição ao ensinamento de Jesus?

 

Na realidade, talvez só agora é que se comece a compreender a radicalidade da proposta espiritual de Jesus, que ensinava: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado!” (Mc 2,27), uma revolução personalista que lhe custou a vida, mas sem a qual a civilização que chamamos de Ocidente e que consiste no primado dos direitos humanos acima de todas as outras instâncias, não teria visto a luz.

 

Nessa perspectiva, são exemplares as palavras do cônego da Igreja da Santíssima Trindade de Turim, Pe. Alessandro Giraudo, que, questionado por este jornal, não podia responder de modo mais claro: “O que realmente importa é o cuidado da pessoa”. É a perfeita tradução aqui e agora da revolução iniciada há dois milênios por Jesus.

 

Porém, há um aspecto que absolutamente não deve ser esquecido e que constitui o verdadeiro ponto crítico do discurso feito até agora, “The Dark Side of the Moon”, como cantava o Pink Floyd quando eu era jovem. O lado escuro da lua, neste caso, é a fragmentariedade à qual necessariamente vai ao encontro uma sociedade para a qual o primado absoluto é constituído pela liberdade dos indivíduos. Se é de fato essencial tutelar a autodeterminação dos indivíduos, é igualmente essencial reconhecer como é difícil, com base no primado da subjetividade, ter coesão social.

 

Sociedade vem do latim “societas”, termo que por sua vez remete a “socius" e indica a existência de um interesse superior em relação ao interesse particular dos indivíduos, com base no qual os indivíduos podem se sentir sócios e, assim, formar uma sociedade digna desse nome.

 

Pois bem, a doença de que sofre o Ocidente, ao contrário de outras sociedades mais coesas, mas às custas dos indivíduos, é exatamente o senso de desagregação a que o primado unilateral do indivíduo conduz quase inevitavelmente.

 

Por isso, as chamadas forças soberanistas estão em crescimento: porque a consciência sente inquieta essa desagregação e tenta se salvar buscando um princípio de coesão, pronta para reconhecê-lo ora na religião, ora no homem forte, ora na ideia de pátria, ora em tudo isso junto, a fim de obter aquilo que possa garantir a solidez do sistema.

 

Existe, portanto, uma grande aposta para que a emancipação dos indivíduos possa continuar sendo salvaguardada e defendida pelo retorno da reação e do tradicionalismo autoritários: que a cultura dos direitos humanos que surgiu com a modernidade seja capaz de reencontrar um ideal ou uma utopia maior do que o interesse dos indivíduos, que volte a nos fazer nos sentirmos sócios uns dos outros.

 

Isso não deve mais ocorrer às custas das minorias, como no passado, mas ainda deve ocorrer, se o Ocidente não quiser voltar atrás ou, como diz o seu próprio nome, entrar em ocaso.

 

Leia mais

  • O homem planetário. Artigo de Vito Mancuso
  • A paz não é para a humanidade, só é possível no indivíduo. Artigo de Vito Mancuso
  • Quando abolir as armas é apenas uma utopia. Artigo de Vito Mancuso
  • A guerra é sempre, a guerra nunca. A expressão patológica da humanidade. Artigo de Vito Mancuso
  • O que vale mais: a vida ou a liberdade? A guerra obriga a escolher. Artigo de Vito Mancuso
  • O Ocidente precisa de uma nova utopia. Artigo de Vito Mancuso
  • Giordano Bruno, as fogueiras da alma, o furor da ciência. Artigo de Vito Mancuso
  • A Igreja e seu dom (a missão)
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