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Uma catástrofe de beleza. Aquele "monster" concert

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18 Dezembro 2020

"Para as sinfonias aquela foi a primeira apresentação pública e a Pastoral como abertura ajudou a aquecer almas e corpos. Beethoven o havia indicado expressamente na partitura, essa música não é pintura, mas a evocação de sentimentos agradáveis ao chegar ao campo", escreve Saverio Simonelli, em artigo publicado por L'Osservatore Romano, 16-12-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Naquela noite de 22 de dezembro de 1808, fazia muito frio em Viena e Beethoven, sem se preocupar com o tempo, preparou um concerto "monster", que se tornaria o mais longo da história da música de tradição clássica, pelo menos até então. A Sinfonia Pastoral, algumas árias líricas e peças da Missa em Dó, o Quarto Concerto para piano e orquestra, a Quinta Sinfonia e para concluir a Fantasia Coral.

 

Para as sinfonias aquela foi a primeira apresentação pública e a Pastoral como abertura ajudou a aquecer almas e corpos. Beethoven o havia indicado expressamente na partitura, essa música não é pintura, mas a evocação de sentimentos agradáveis ao chegar ao campo.

O encanto do riacho, as dança na eira, a furiosa tormenta que por instantes lembra a tempestade das quatro estações de Vivaldi e, por fim, o eco do temporal que se apaga, as nuvens flutuam e como um tapete de se enrola abandonam o abóbada celeste que volta a brilhar com a serenidade reencontrada. Um intervalo simples e inevitável de quarta perfeita entoada pelo corno traz de volta a paz. Óbvio? Talvez. Ainda assim, incrivelmente perfeito. Até mesmo o que necessariamente se espera parece uma surpresa e um alívio. Uma catástrofe de beleza e tranquilidade. O final de um conto de fadas. Não é um atalho consolador, mas uma sensação de duração, de permanência em outro lugar.

Em seguida, começa uma sequência de variações: o campo emana vapores, o vento torna-se uma brisa agradável. A música agradece ao céu, os camponeses voltam a ocupar o pátio. E a música termina com uma repousante terça maior, cantada pela orquestra, como quando o sacerdote diz ides em paz.

O concerto para piano foi então deslumbrante. Até então, a regra previa que a orquestra tocasse primeiro e o piano depois. Em vez disso, Beethoven inverteu a sequência. Ele começou com o piano. E depois a orquestra respondeu inaugurando um verdadeiro diálogo. Mas o solista nunca era exatamente um solista, mas uma voz que se media com a outra, da qual precisava. A música encenava uma discussão como se naquele teatro houvesse personagens e não instrumentos. Não apenas a narração de uma história, mas um diálogo a duas vozes, um diálogo que tinha toda a credibilidade da realidade.

No adagio, essa característica parecia ainda mais evidente. Era uma espécie de contenda, quase uma briga. O piano sussurrava e a orquestra gritava. Parecia se encolher em si mesmo, como se quisesse escapar daquelas manifestações violentas e selvagens, como se não quisesse responder, exceto com doçura. Aquele piano estava em busca de intimidade, mas justamente com a força da mansidão convencia a orquestra ao sedar os espíritos ferventes das cordas que no final se rendiam, suavizando aos poucos os tons combativos e recolhendo-se em um pianíssimo, sussurrado e próximo ao silêncio, como se tivessem decidido escutar a razões, aninhados ali ao lado.

Aquele, então, não era o titã apaixonado, conquistado pelo heroísmo napoleônico, nem mesmo o músico enlouquecido e intratável isolado em seus meandros secretos, não: aquele era um homem frágil que se desnudava e pedia aos outros para ser compreendido, porque também sabia também ser doce. Não havia algo assim escrito no testamento de Heiligenstadt? "Sinto-me perdido e ignorado entre os homens, mas quanto eu adoraria sua companhia." Eram as mesmas confidências pudicas, mas nítidas, que havia sussurrado o piano.

Mas a surpresa viria no final. Após uma poderosa execução da Quinta, a chamada sinfonia do destino, na Fantasia Coral Beethoven parou a orquestra por uma entrada errada dos clarinetes. E o que ele disse? "Chega, vamos recomeçar do início." Não todo o concerto, mas aquela peça que, depois de mais de quatro horas, fechou uma noite que ficaria na história.

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