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Ludwig van Beethoven nascia há 250 anos. Reflexões de Joseph Ratzinger

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17 Dezembro 2020

“(...) A Nona Sinfonia de Beethoven permite-nos lançar uma mensagem com a música que afirma o valor fundamental da solidariedade, da fraternidade e da paz”. (Bento XVI)

A data de nascimento de Ludwig Van Beethoven não é conhecida com certeza, mas como era costume batizar as crianças no dia seguinte ao nascimento, é tradicionalmente suposto que Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, ou seja, 250 anos atrás. Em vez disso, está documentado que ele foi batizado em 17 de dezembro de 1770, na igreja de São Remígio em Bonn.

O texto é publicado por Il sismografo, 16-12-2020.  A tradução é de Luisa Rabolini.

Sobre o grande compositor alemão, o Papa Emérito Bento XVI, que gostava de tocar ao piano as peças de seu ilustre compatriota, se expressou em várias ocasiões durante seu pontificado. Há dois discursos públicos em que ele falou de maneira específica sobre a Nona Sinfonia, a preferida por Joseph Ratzinger.

No dia 1 ° de junho de 2012, no âmbito da Visita Pastoral à Arquidiocese de Milão para o VII Encontro Mundial das Famílias (1-3 de junho de 2012), no Teatro dela Scala, no final de um concerto em homenagem ao então Pontífice e às delegações oficiais do Encontro mundial durante o qual a IX Sinfonia de Beethoven foi executada, Bento XVI disse:

"(...) Agradeço (...) à Orquestra e ao Coro do Teatro alla Scala, aos quatro Solistas e ao Maestro Daniel Barenboim por a interpretação intensa e envolvente de uma das obras-primas absolutas da história da música. A gestação da Nona Sinfonia de Ludwig van Beethoven foi longa e complexa, mas desde os famosos primeiros dezesseis compassos do primeiro movimento, cria-se uma atmosfera de expectativa de algo grandiosa e a espera não é desiludida.

 

 

Não obstante siga essencialmente as formas e a linguagem tradicional da Sinfonia clássica, Beethoven faz sentir algo de novo já a partir da amplitude sem precedentes de todos os movimentos da obra, que se confirma com a parte final introduzida por uma dissonância terrível, da qual se separa o recitativo com estas palavras famosas: "Ó, amigos, não estes tons; entoemos outros mais agradáveis e jubilosos", palavras que num certo sentido ‘viram a página’ e introduzem o tema principal do Hino à Alegria. Com a sua música, Beethoven desenha uma visão ideal de humanidade: ‘A alegria concreta na fraternidade e no amor recíproco, sob o olhar paterno de Deus’ (Luigi Della Croce). A alegria que Beethoven canta não é uma alegria propriamente cristã, mas é o júbilo da convivência fraterna dos povos, da vitória sobre o egoísmo, desejo de que o caminho da humanidade seja caracterizado pelo amor, quase um convite que ele dirige a todos, para além de qualquer barreira e convicção.

Sobre este concerto, que devia ser uma festa jubilosa por ocasião deste encontro de pessoas provenientes de quase todas as nações do mundo, paira a sombra do terremoto que causou grande sofrimento a numerosos habitantes do nosso país. As palavras retomadas pelo Hino à alegria, de Schiller, ressoam vazias para nós, aliás, não parecem ser verdadeiras. Não experimentamos de modo algum as centelhas divinas do Elísio. Não estamos inebriados de fogo mas, ao contrário, paralisados pela dor diante de tanta e incompreensível destruição, que ceifou vidas humanas, que privou muitos da própria casa e lar. Até a hipótese de que por cima do céu estrelado deve habitar um Pai bom nos parece discutível. O Pai bom está sozinho acima do céu estrelado? A sua bondade não chega até nós aqui embaixo? Procuramos um Deus que não domina à distância, mas que entre na nossa vida e no nosso sofrimento.

 

 

Nesta hora, as palavras de Beethoven, ‘Amigos, não estes tons...’, gostaríamos de as relacionar precisamente com as de Schiller. Não estes tons! Não temos necessidade de um discurso irreal de um Deus distante e de uma fraternidade não exigente. Estamos à procura do Deus próximo. Buscamos uma fraternidade que, no meio dos sofrimentos, ampara o outro e assim o ajude a ir em frente. Depois deste concerto muitos participarão na adoração eucarística - ao Deus que se inseriu nos nossos sofrimentos e continua a fazê-lo. Ao Deus que sofre conosco e por nós, e assim tornou os homens e as mulheres capazes de compartilhar o sofrimento do próximo e de o transformar em amor. É precisamente a isto que nos sentimos chamados por este concerto.

Obrigado, então, mais uma vez à Orquestra e ao Coro do Teatro alla Scala, aos Solistas e a quantos tornaram possível este acontecimento. Obrigado ao Maestro Daniel Barenboim, também porque com a escolha da Nona Sinfonia de Beethoven nos permite lançar uma mensagem com a música que confirme o valor fundamental da solidariedade, da fraternidade e da paz. E parece-me que esta mensagem é preciosa também para a família, porque é na família que se experimenta pela primeira vez que a pessoa humana não é criada para viver fechada em si mesma, mas em relação com os outros; é na família que compreendemos como a realização de nós mesmos não consiste em nos colocarmos no centro, guiados pelo egoísmo, mas em doarmo-nos; é em família que se começa a acender no coração a luz da paz, a fim de que ilumine este nosso mundo. E obrigado a todos vós pelo momento que vivemos juntos. Obrigado de coração! (Bento XVI, Teatro alla Scala em Milão, 1 ° de junho de 2012)

 

 

"A solidão silenciosa ensinou a Beethoven uma nova maneira de escuta"

No dia 27 de outubro de 2007, no Vaticano, no final de um concerto em sua homenagem oferecido pela Orquestra Sinfônica e o Coro da Rádio da Baviera, Bento XVI voltou a falar na Nona Sinfonia de Beethoven:

“A IX sinfonia, esta obra-prima imponente , que (...) pertence ao patrimônio universal da humanidade, suscita sempre de novo a minha admiração: após anos de autoisolamento e de vida retirada, em que Beethoven teve que combater com dificuldades interiores e exteriores que lhe causavam depressão e profunda amargura, ameaçando sufocar a sua criatividade artística, o compositor já totalmente surdo, no ano de1824 surpreendeu o público com uma composição que subverte a forma tradicional da sinfonia e, na cooperação de orquestra, coro e solistas, eleva-se a um extraordinário final, cheio de otimismo e de alegria. O que tinha acontecido?

Para ouvintes atentos, a própria música deixa intuir algo daquilo que se encontra no fundamento desta inesperada explosão de júbilo. O arrebatador sentimento de alegria, aqui transformado em música, não é algo de ligeiro e de superficial: trata-se de um sentimento conquistado com dificuldade, ultrapassando o vazio interior de quem, na surdez, tinha sido impelido ao isolamento, as quintas vazias do primeiro movimento e a reiterada irrupção de uma atmosfera sombria são uma expressão disto.

Porém, a solidão silenciosa tinha ensinado a Beethoven um novo modo de ouvir, que ia muito além da simples capacidade de experimentar na imaginação o som das notas que se leem ou se escrevem. Neste contexto, vem-me ao pensamento uma misteriosa expressão do profeta Isaías que, falando de uma vitória da verdade e do direito, dizia: "Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras de um livro [ou seja, palavras simplesmente escritas]; livres da obscuridade e das trevas, os olhos dos cegos verão" (cf. 29, 18-24). Assim, acena-se a uma perceptividade que recebe em dom quem de Deus obtém a graça de uma libertação exterior e interior.

Quando em 1989, por ocasião da "queda do muro" o coro e a orquestra da rádio bávara, executando sob a guia de Leonard Bernstein a sinfonia que acabamos de ouvir, mudaram o texto da "Ode à alegria", em "Liberdade, bonita centelha de Deus", expressaram portanto mais que o simples sentimento desse momento histórico: a verdadeira alegria está arraigada naquela liberdade que, no fundo, somente Deus pode conceder. Ele por vezes precisamente através de períodos vazios e de isolamento interior quer tornar-nos atentos e capazes de "ouvir" a sua presença silenciosa, não apenas "acima da abóbada estrelada", mas inclusivamente no íntimo da nossa alma. É ali que arde a centelha do amor divino, que pode libertar-nos daquilo que somos verdadeiramente." (Discurso de Bento XVI, Sala Paulo VI, 27 de outubro de 2007)

Entre Mozart e Beethoven ... Mozart!

No livro de Joseph Ratzinger “O espírito da Música" que reúne os textos dispersos em publicações diversas onde o Papa Emérito se expressou repetidamente, em ensaios e conferências, sobre música e em particular sobre a música sacra, lemos:

"O meu Mozart: Quando em nossa igreja paroquial de Traunstein ressoava, nos dias festivos, uma missa de Mozart, para mim, menino do campo, era como se o céu se abrisse. A frente, no presbitério, formaram-se colunas de fumaça sagrada, nas quais o sol se refratava. No altar se cumpria a ação sagrada, que como sabíamos abriu o céu acima de nós. E do coro ressoava uma música que só poderia vir do céu. Uma música em que o júbilo dos anjos pela beleza de Deus se tornava evidente para nós. Algo daquela beleza estava presente entre nós. Devo dizer que isso acontece comigo, de alguma forma, toda vez que escuto Mozart. Em Beethoven ouço e sinto a luta do gênio para dar o melhor, e efetivamente a sua música tem uma grandeza que me atinge profundamente. Mas pode-se sentir que a luta apaixonada daquele homem e sua música às vezes parece, nesta ou naquela passagem, um pouco sobrecarregada. Mozart é pura inspiração – de qualquer forma, isso me emociona. Cada nota é perfeita e não poderia ser diferente. A mensagem está simplesmente aí. E não há nada de banal nisso, nada de puramente lúdico". (Joseph Ratzinger, O espírito da música, Ecclesiae)

 

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