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Jesus da Mangueira, Jesus da gente

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26 Fevereiro 2020

"Jesus encarnado no mundo dos excluídos para salvar-nos e alegrar-nos sem pedir a aprovação ou autorização de alguma instituição religiosa", escreve Pedro A. Ribeiro de Oliveira, leigo católico, nascido em 1943, doutor em sociologia, foi professor nos PPGs em Ciência/s da Religião da UFJF e PUC-Minas, e é membro de Iser-Assessoria e da Coordenação do Movimento Nacional Fé e Política. 

 

Eis o artigo.

O desfile da Escola de Samba da Mangueira inovou ao apresentar um Jesus não identificado com nenhuma instituição religiosa: um Jesus “da gente”, como disse a passista entrevistada após o desfile. Principalmente da gente que se sente excluída ou marginalizada do establishment religioso, como foi ilustrado na ala da crucifixão, em que as cruzes evocavam as muitas vítimas da sociedade burguesa em sua fase atual, repressora e discriminadora. Para elas o desfile apontava um Jesus carregado de Esperança, como a madrinha da bateria que, com um traje discreto, coroa de espinhos na cabeça e chagas de sangue no rosto e nas mãos, dançava triunfante diante da bateria que, toda de preto, lembrava o batalhão do BOPE e seu “caveirão” – o império romano de hoje. Ao terminar o desfile, que só assisti pela TV, me dei conta de que ali estava uma forma inovadora de evangelização, que apresenta Jesus encarnado no mundo dos excluídos para salvar-nos e alegrar-nos sem pedir a aprovação ou autorização de alguma instituição religiosa. Não por acaso o desfile foi precedido por uma comissão de frente de caráter inter-religioso em apoio à liberdade de anunciar Jesus por meio da arte carnavalesca.

Importante notar que a Mangueira apresentou a vida e a mensagem de Jesus recorrendo unicamente aos elementos dados pelos Evangelhos. Exceto por dois detalhes de menor importância – um terço nas mãos da cantora Alcione, que representava Maria no carro alegórico do natal, e um adereço que poderia ser confundido com um ostensório – não havia símbolos próprios de alguma confissão religiosa. Todos as figuras simbólicas podiam ser encontradas nos relatos bíblicos – que são de domínio público. Ou seja, este Jesus “da gente” não é outro senão o Jesus bíblico – e não ligado a alguma Igreja. Nessa forma de evangelização Jesus é reconhecido como aquele que está junto às pessoas que sofrem e são vítimas de perseguição, identificando-se com elas para salvá-las e garantir que sua esperança não é vã. Sua proposta de salvação não poderia ser mais explícita: “Não tem futuro sem partilha. Nem Messias de arma na mão”.

Sou levado então a fazer um paralelo entre a forma de evangelização da Mangueira e a forma usual da minha Igreja católica-romana. Embora haja dentro dela grande diversidade, atualmente predomina uma forma esclerosada – por mera coincidência, essa palavra faz alusão ao clero – que insiste na Hóstia consagrada para apresentar Jesus hoje. Não questiono a presença real de Jesus na Hóstia consagrada, mas não podemos esquecer que ela é somente uma de suas formas de presença no mundo. Mas por causa da insistência clerical nessa forma de presença, outras formas são relegadas a segundo plano quando não ignoradas, restringindo-se assim o acesso a Jesus encarnado, morto e ressuscitado entre nós. Nossas celebrações não conseguem nos conectar ao Jesus dos Evangelhos, porque seu foco é o Jesus do Sacrifício da Missa. Sei, é claro, que teologicamente é o mesmo Jesus, mas na prática suas representações se dissociam. O resultado é que nas nossas celebrações perderam a novidade do Evangelho e quase só atraem gente idosa e um punhado de jovens sedentos e sedentas de experiências espirituais intensas (e passageiras).

Situando essa reflexão no tema hoje em debate – a celebração da Missa exclusivamente por sacerdotes de sexo masculino e não-casados – penso que é hora de aproveitar a lição da Mangueira: anunciar um Jesus que vive entre nós, é “da gente” (não do padre, nem do pastor, nem de qualquer outro agente religioso) e está vivo e ressuscitado entre nós – depois de ter sofrido a tortura e a morte causada pelo império de seu tempo. Esse Jesus “da gente” pode ser anunciado, celebrado, e partilhado fora dos templos, fora dos cânones eclesiásticos e fora dos limites do establishment religioso. Não seria este o desafio da nova evangelização para o século XXI?



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