Cardeal Tagle, o novo “papa vermelho”

Cardeal Tagle. | Foto: ACI Prensa

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10 Dezembro 2019

O Papa Francisco nomeou o arcebispo de Manila como chefe da importante Congregação para a Evangelização dos Povos.

A reportagem é de Nicolas Senèze, publicada por La Croix International, 09-12-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O cardeal filipino Luis Antonio Tagle, de Manila, foi nomeado como novo prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos.

Tendo sob seus cuidados os territórios de missão e administrando fundos das obras missionárias pontifícias, essa Congregação com sede no Vaticano (anteriormente chamada de Propaganda Fide) é poderosa. Seu prefeito é chamado de “papa vermelho”.

A nomeação do Papa Francisco do cardeal asiático de 62 anos como chefe da Propaganda Fide no dia 8 de dezembro é um importante ato papal.

O cardeal Tagle, renomado teólogo na Ásia, é autor de uma notável tese sobre a colegialidade episcopal no Vaticano II, defendida na Universidade Católica dos EUA, em Washington.

Um pastor próximo dos pobres

Ele foi nomeado para a Comissão Teológica Internacional, à qual serviu desde 1997, sob a presidência do cardeal Joseph Ratzinger.

Foi nomeado bispo da Diocese de Imus, nas Filipinas, por São João Paulo II, em outubro de 2001. Em 2011, foi nomeado arcebispo metropolitano de Manila.

Em novembro de 2012, durante o último consistório do pontificado do Papa Bento XVI, foi criado cardeal.

O grande sorriso que iluminou o rosto do papa alemão quando o jovem cardeal foi cumprimentá-lo poucas horas antes de ir embora da Sé de Pedro disse muito sobre a estima que Bento XVI tinha pelo arcebispo de Manila.

Como bispo, Tagle se revelou um pastor próximo dos pobres. Em 2014, ele Tagle sucedeu o cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga como presidente da Caritas Internationalis, a rede de caridade da Igreja Católica.

Impulsionar a reforma

O cardeal Tagle, o segundo asiático a chefiar a Congregação depois do indiano Ivan Dias (2006-2011), sucede o cardeal italiano Fernando Filoni.

Na reforma da Cúria, como desejada pelo Papa Francisco, a Propaganda Fide será chamada a desempenhar um papel crucial.

Ao substituir um dos últimos chefes do dicastério herdado do seu antecessor por um homem de sua confiança, capaz de impulsionar a sua iniciativa de reforma dentro da Cúria, Francisco fez um gesto forte.

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