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''Jesus Cristo era asiático e voltará à China sorrindo.'' Entrevista com Luis Antonio Tagle

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14 Outubro 2017

A risada mais barulhenta das tantas que Dom Tagle costuma dar como bom oriental vem com uma piada quase involuntária: “Eminência, mas, então, o senhor não é apenas cardeal, mas também padre”. Uma risada que ressoa na pequena sala do Pontifício Instituto Filipino, na Via Aurelia, que faz parte das inúmeras e quase desconhecidas propriedades da Igreja que se estendem neste quadrante romano até São Pedro.

A reportagem é de Dario Olivero, publicada por La Repubblica, 13-10-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Dentro dele, filipinos, justamente, e este cardeal, Luis Antonio Tagle Gokim, chamado de Chito (de Luisito), arcebispo de Manila, uma das maiores dioceses do planeta, que não se distingue pelo vestuário e pelos modos dos outros hóspedes do instituto.

No entanto, esse homem de 60 anos, vividos com a imunidade à idade de que gozam os orientais, é um teólogo refinadíssimo, o presidente da Caritas Internationalis e a ponte mais sólida entre a Igreja de Roma e a Ásia, ou seja, principalmente, a China.

Ele é um homem que olha para o Ocidente a partir do Oriente e, quando se observa que as costumeiras pessoas bem informadas sobre a inspiração do Espírito Santo lhe apontam como futuro papa, ele faz o que lhe é mais natural: ri novamente. Mas é, de novo, uma risada oriental, um código de diálogo, que vai além das convenções e afunda as suas raízes na teologia.

Jesus Cristo, ressalta Tagle, é asiático.

Eis a entrevista.

Como?

A primeira vez que eu percebi isso plenamente foi durante o sínodo extraordinário de 1998. João Paulo II disse aos bispos da Ásia: lembrem-se de que Jesus Cristo nasceu na Ásia, e, da Ásia, a sua luz se estendeu a todo o mundo. Houve um grande silêncio, quase incrédulo. Esquecemo-nos que o Oriente Médio também é Oriente. Jesus tinha uma cultura, um modo de viver e de falar oriental: a narração em vez das abstrações, a relação humana durante a refeição, as palavras simples para dizer coisas profundas.

O ensinamento evangélico contém traços gregos, mas também ecos que vêm de muito mais longe. Quão longe?

Quase todas as religiões mundiais nasceram no Oriente. Nessa área do mundo, há uma atmosfera que leva a buscar o sentido da vida. Uma experiência simples e profunda que, depois, se estrutura em uma filosofia. O Buda, os judeus, os profetas, Maomé, Jesus são todos sábios itinerantes que buscam com o corpo e com a alma. E, nesse percurso, atraem e misturam pensamentos e culturas alheias. Hoje, a história também se repete na espiritualidade: a redescoberta do hinduísmo, por exemplo, ou do budismo, a meditação.

Dossetti defendeu que os polos com os quais o cristianismo se confrontaria no futuro seriam não o Islã, mas sim o hinduísmo, do ponto de vista político, e o budismo, do ponto de vista teológico.

É uma profecia que, hoje, pode ser verificada in loco. Existe uma tendência a se focar no Islã, porque muitos o conectam diretamente ao terrorismo. Mas Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka (isto é, a metade da Ásia) são influenciados pelo hinduísmo. Experimentamos um tipo de hinduísmo politizado. Exteriormente, o hinduísmo é muito aberto: basta entrar em um dos seus templos para ver imagens de santos cristãos, de Budas e outros: os símbolos falam de abertura. Mas, quando uma religião é politizada, a abertura torna-se superioridade.

E o budismo? Nos últimos anos, ele se espalhou pelo Ocidente e deu respostas que o cristianismo, talvez, não saiba mais dar.

Entre as religiões, talvez o budismo seja percebido como o mais aberto. E essa abertura se explica na sua flexibilidade, que é a sua força. Mas, também, a sua fraqueza. Porque a capacidade de se adequar é utilizada na política. Por exemplo, na Birmânia.

O cristianismo também pegou em armas e se politizou.

Graças ao Vaticano II, há um encorajamento a se ter uma relação aberta com as outras fés e a curar as feridas causadas pela Igreja no passado.

Depois da Guerra Fria e daquilo que foi definido como “o fim da história”, você não tem a impressão de que, ao contrário, a história não só recomeçou, mas que também faz isso através de fenômenos muito antigos e que, talvez, no Ocidente, custamos a interceptar?

Eu tenho a impressão de que alguns comentários e algumas respostas dos políticos, especialmente do Atlântico Norte, aos fenômenos migratórios são simplistas demais. No Oriente, vemos que o fenômeno contemporâneo é simplesmente uma continuação de uma história que se repete. A história da humanidade, especialmente do lado da Ásia, é uma história escrita pelo movimentos das pessoas que levam ideias, culturas e políticas. Uma história não linear, porque, quando há movimento, há também reação. E o movimento se torna uma luta.

A Igreja filipina é o maior recurso do Vaticano para falar com a China. É isso?

Há vários níveis de relação com a China. Além do oficial, há aqueles que, no mundo asiático, são mais eficazes. A arquidiocese de Manila tem um curso de formação contínua para padres e irmãs que vêm da China. Com essas pessoas, nascem relações pessoais. Na tradição chinesa, há também uma diplomacia do sorriso, da comida e da hospitalidade. Eu mesmo recebi muitos convites na China. Meu avô era chinês.

Estes lhe parecem ser tempos de diálogo?

É um mundo ansioso, cheio de dependências de todos os tipos, não só a droga ou o álcool. De acordo com a minha experiência, essa inquietação é fomentada pela ansiedade de promover o bem individual, o “meu” bem. Os muros que protegem a “mim mesmo”, o “meu” país são o nosso túmulo.

Estamos todos mortos? Mas você crê na ressurreição.

No mundo de hoje, para promover a ressurreição do ser humano, também devemos aprender a narração, contar as histórias de seres humanos concretos. Ou você tem seres concretos que sofrem diante de você, ou você deve ter as suas histórias. Para abrir os corações para aqueles que já optaram por morrer, porque construíram os seus túmulos, para despertá-los.

Você cresceu e vive ao lado dos pobres. Não acha que o liberalismo transformou a pobreza em uma culpa?

Certamente. Não se consegue ver que a pobreza não tem apenas uma causa, como a preguiça: existe uma injustiça legitimada que impede o crescimento de alguns. Nas Filipinas, a pobreza levou alguns pais a colocarem as fotos dos seus filhos na internet. Os clientes estão fora do país. De modo que não lhes parece ser um abuso real: os clientes não tocam fisicamente os filhos. Por que, eu me pergunto, para os pobres, a internet é apenas desumanização? Existe uma estrutura da pobreza, existe um sistema que sanciona a pobreza.

Nos seus livros, nunca é mencionada a palavra democracia. Por quê?

A democracia na Ásia é uma herança pós-colonial. Somos conscientes de que ela é uma bênção para a humanidade, mas falta o elemento cultural. Uma democracia imposta cria uma espécie de esquizofrenia: quando a lei me apoia, eu a sigo; quando a lei não escrita me apoia, eu sigo essa. É preciso iniciar um processo para que cada cultura descubra a sua própria versão da democracia. Sem isso, resta apenas um contrato, escrito nos documentos e nos papéis.

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