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Hong Kong. “Os protestos já não têm nada a ver com o projeto de lei”

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17 Agosto 2019

Na “névoa da guerra” fica difícil ter uma ideia clara do que ocorre durante um conflito, não apenas militar, mas também político. Algo assim acontece com os protestos que acontecem nestes dias, em Hong Kong, a respeito dos quais a lei de extradição “é somente o deflagrador”, segundo Carl Zha, criador do podcast Silk and Steel, cada vez mais escutado.

A reportagem é de Ángel Ferrrero, publicada por El Salto, 16-08-2019. A tradução é do Cepat.

No dia 31 de março, começaram as primeiras manifestações em Hong Kong contra a aprovação da lei de extradição. Em junho, começaram a ser massivas e, neste mês de agosto, se tornaram ações de bloqueio e ocupações. Tratando-se de um país como a China, os protestos vieram acompanhados das habituais rotulações e distorções informativas.

Para se formar uma imagem mais ajustada do que acontece nestes dias em Hong Kong, conversamos com Carl Zha, criador do Silk and Steel, um podcast sobre a China cuja popularidade só aumenta.

“A lei é somente o deflagrador”, explica Zha a El Salto. “A causa de fundo é o profundo descontentamento de muitos cidadãos de Hong Kong com a China continental e o governo chinês”.

As raízes do protesto são “mais profundas”, segundo este comunicador. “O descontentamento da juventude de Hong Kong não é muito diferente do experimentado pelos jovens ocidentais”, esclarece.

“Após um rápido crescimento, de 1949 até o ano 2000, a juventude de Hong Kong enfrenta menos oportunidades de trabalho, um aumento no preço da moradia e um futuro econômico incerto”. “Diferente da geração de seus pais e de seus avós”, a de hoje “enfrenta uma perspectiva de declínio econômico e de seus padrões de qualidade de vida”.

Um pouco de história

Para compreender a situação, convém fazer uma pausa e considerar a história. “Em 1949, quando os comunistas venceram a guerra civil chinesa, muitos capitalistas fugiram para Xangai, levando a capital”, e “ondas de refugiados entraram em Hong Kong, primeiro fugindo da tomada de poder dos comunistas, em 1949, e mais tarde da grande fome de 1959-1963, proporcionando uma volumosa mão de obra barata”.

Em razão do bloqueio do Ocidente à China, durante décadas, Hong Kong se tornou, desse modo, “a única janela para a China”. “Um dos motivos pelos quais os comunistas não entraram em Hong Kong é porque precisavam desta janela para comercializar com o mundo exterior”, esclarece Carl Zha. Esta combinação de fatores, continua, “fez com que Hong Kong decolasse” e “se tornasse um centro mundial do comércio e das finanças”.

Em 1978, “quando a China embarcou na política de aberturas e reformas, Hong Kong se beneficiou de sua posição única como janela para o mundo, canalizando o investimento para a China continental”. “Naqueles tempos”, observa Zha, “a China continental era desesperadamente pobre, após a Revolução cultural de 1966-1976” e, por exemplo, “era comum que um taxista de Hong Kong se permitisse ter várias amantes do outro lado da fronteira”.

O boom de Hong Kong “continuou ao longo dos anos 1980 e 1990”, que Zha descreve como “a era dourada” da antiga colônia. “Eu cresci na China, nos anos 1980. Hong Kong era vista então como um lugar rico e mágico”, recorda, enquanto cita “os filmes e séries de televisão” que eram produzidos e que chegavam até a China continental, Taiwan ou as comunidades chinesas na diáspora.

“Mas, na medida em que a China continental começou a se desenvolver economicamente e a se recuperar de décadas de turbulências políticas e desastrosas políticas econômicas, a importância relativa de Hong Kong começou a declinar”, comenta. E cita como prova o PIB de Hong Kong, “que em 1993 significava 23% de toda China e hoje só representa 2,9%.

“O maior contraste pode ser visto do outro lado da fronteira, em Shenzhen, que era uma pequena aldeia de pescadores, em 1978, antes que a China a designasse como zona especial econômica, aproveitando sua proximidade com Hong Kong”, disse Zha. Então, “Hong Kong começou a deslocar sua produção para o outro lado da fronteira para aproveitar a mão de obra incrivelmente barata da China” e a antiga colônia começou uma transição para “uma economia orientada ao setor de serviços, centrada sobretudo no setor financeiro, servindo como centro offshore para o capital estrangeiro que buscava investir na China”. Mas, mais importante ainda, “a propriedade imobiliária se tornou uma das principais fontes de ingressos”.

“Há muito solo disponível em Hong Kong, mas o governo restringiu artificialmente o solo disponível para moradia, obtendo boa parte de seus ingressos da venda a promotores imobiliários”, o que logicamente “aumentou o preço do solo e da moradia, fazendo com que Hong Kong se tornasse uma das cidades mais caras do mundo”. Este acordo “beneficiou os magnatas imobiliários e o governo em detrimento de seus cidadãos, que enfrentavam preços cada vez mais impossíveis de assumir”.

Falsa nostalgia colonial

Pergunto a Carl Zha a respeito da chocante presença da bandeira colonial britânica em algumas das manifestações. Os manifestantes, responde, “são muito jovens”, “nasceram ou cresceram após a entrega à China, em 1997. Sendo assim, nunca experimentaram o domínio colonial em primeira mão”.

Chegados a este ponto, adverte, convém levar em consideração o sistema político de Hong Kong. “Os britânicos dominaram Hong Kong, por meio de seus governadores coloniais, até assinarem um acordo com a China, em 1984, para devolver seu governo em 1997. Então, os britânicos buscaram introduzir uma democracia limitada, com um conselho legislativo eleito indiretamente”, explica. A consequência foi que “os britânicos estabeleceram uma elite governante vinculada à oligarquia local, e muitos magnatas imobiliários se aproveitaram de sua proximidade com o governo”.

A República Popular da China “aceitou este acordo” por vários motivos. Para começar, para “acalmar a elite e a população de Hong Kong, garantindo-lhes que o governo central não interferiria em seus assuntos”, bem como para “garantir a estabilidade e prevenir a fuga de capitais”. Buscando “estabilidade e novas oportunidades”, a elite de Hong Kong prometeu fidelidade a Pequim. “Mas, o domínio oligárquico de Hong Kong não beneficiou os cidadãos” e “o preço da moradia continuava sendo muito alto”.

Depois de 1997, em vez das 20.000 moradias anuais prometidas, só foram construídas 2.000”, destaca. Além disso, a região “perdeu o trem da diversificação de sua economia, depois que a indústria se deslocou para a China continental” e Shenzhen, do outro lado da fronteira, “passou de centro industrial offshore a um dos centros de alta tecnologia da China”, ao mesmo tempo em que outras cidades, como Xangai, também se converteriam em “centros financeiros”.

Este êxito não passou desapercebido em Hong Kong, ao contrário, passou a ser visto de maneira negativa. Muitos dos moradores de Hong Kong culpavam seus vizinhos pelo aumento dos preços “e até mesmo os esforços da Universidade de Hong Kong por atrair estudantes da China continental foram vistos como uma tentativa de privar os locais de acesso à instituição”.

O “descontentamento pela perda de oportunidades econômicas” é “real” e deve ser levado em conta, mas também se degenerou em um “localismo contra o que era visto como uma invasão por parte dos continentais”. “Até as tentativas de integrar Hong Kong às cidades do Rio das Pérolas ou conectar Hong Kong com a China continental, por meio de uma ferrovia de alta velocidade, enfrentam resistências por parte da população local”, lamenta Zha.

O sentimento dominante é que os moradores de Hong Kong “estão perdendo seu status especial” e que “Hong Kong se tornará ‘outra cidade chinesa’”. Sendo assim, “o uso da Union Jack pode ser visto como uma demonstração de nostalgia pela época dourada de Hong Kong, quando eles eram ricos e seus vizinhos da China continental, pobres”.

De qualquer modo, “o partido político que busca a independência é composto, na realidade, por um pequeno grupo de pessoas”, muito capazes, isso sim, de atrair uma “desproporcional atenção da imprensa”, com suas ações, apresentando-se nas manifestações com bandeiras britânicas ou estadunidenses. “A maioria dos manifestantes em Hong Kong não se sente cômoda com o futuro sob a República Popular da China, mas o apoio à independência continua sendo minoritário”, especifica.

O que se pode dizer do independentista Partido Nacional de Hong Kong (HKNP)? “Foi fundado por Andy Chan Hot-tin – recentemente preso –, após a Revolução dos Guarda-chuvas de 2014”, responde Zha. Seu objetivo, prossegue, “é a independência de Hong Kong da China, o que vai contra a Lei Básica de Hong Kong”. O partido “foi formado oficialmente em 2016 para participar das eleições para o conselho legislativo, sendo impedidos de entrar no último momento”. O governo de Hong Kong acabou proibindo o partido, em 2018, utilizando “ironicamente a mesma lei que os britânicos utilizaram, durante o colonialismo, para proibir os partidos pró-chineses, em nome da segurança nacional”.

Se a formação de Ho-tin recebe tanta cobertura por parte dos meios de comunicação ocidentais, ocorre “por dois motivos”: primeiro, porque Pequim “gosta de destacar as ações do HKNP para apresentar os manifestantes como traidores da pátria. Segundo, “porque a imprensa ocidental fica excitada em filmá-los agitando as bandeiras coloniais com a Union Jack e gritando slogans em favor da independência de Hong Kong”.

Na opinião de Zha, o governo de Hong Kong não administrou bem a aprovação da lei e, ainda que já tenha se retirado, “neste momento, o protesto já não tem nada a ver com esse projeto de lei. São pessoas de Hong Kong travando uma luta na retaguarda, em defesa de seus privilégios”.

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