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Apesar das promessas, a COP30 foi assaltada pelo lobby do petróleo

Fonte: Unsplash

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15 Novembro 2025

Nunca antes a participação de lobistas dos combustíveis fósseis foi tão grande quanto na COP30. Entre greenwashing e networking, esse domínio das multinacionais corrói a credibilidade das negociações climáticas.

A reportagem é de Paula Gosselin e Raphaël Bernard, publicada por Reporterre, 14-11-2025. A tradução é do Cepat.

Mais de 1.600 lobistas dos combustíveis fósseis foram autorizados a participar da COP30. Revelado na madrugada de 14 de novembro, esse número atesta mais uma vez o peso esmagador da indústria dos hidrocarbonetos nas negociações climáticas internacionais. Esses emissários “são significativamente mais numerosos do que quase todas as delegações nacionais”, com exceção da do Brasil – o país anfitrião –, lamenta a coalizão de ONGs Kick Big Polluters Out, que compilou a contagem.

Em seu discurso de abertura, no dia 6 de novembro, o presidente Lula havia assegurado, no entanto, que “a participação da sociedade civil e o compromisso dos governos subnacionais serão cruciais”. “Nos inspiraremos nos povos indígenas e nas comunidades tradicionais, para quem a sustentabilidade sempre foi sinônimo de vida”, declarou.

Essa promessa foi feita após a indignação provocada pela massiva interferência de lobistas das indústrias poluentes em edições anteriores da principal conferência climática. É forçoso constatar que essa promessa não foi cumprida. Proporcionalmente ao número de participantes, os representantes das gigantes do petróleo e gás são até 12% mais numerosos do que na COP29, no Azerbaijão, em 2024. Um em cada 25 participantes em Belém defende, portanto, os interesses desse setor: uma concentração sem precedentes.

Isso não surpreende Bruno Bassi, membro do observatório do agronegócio De Olho nos Ruralistas, que publicou um estudo sobre a influência dos lobistas na COP: “Há uma relação muito estreita entre o setor privado, a presidência da COP e o Estado brasileiro”.

50 vezes mais do que as Filipinas

A título de comparação, esses lobistas superam em número os delegados oficiais das Filipinas, país atingido por tufões devastadores justamente quando as negociações estavam a todo vapor em Belém. Ou, “mais de 40 vezes mais do que a delegação jamaicana, que ainda se recupera da recente passagem do furacão Melissa”, especifica a rede de ONGs. Diante desse exército de lobistas, os dez países mais vulneráveis às mudanças climáticas – cujas delegações juntas totalizam 1.060 representantes – têm pouca influência.

Entre as multinacionais representadas na COP30 estão gigantes do petróleo e gás como ExxonMobil, BP e TotalEnergies. Do lado do país anfitrião, a presença da Petrobras é particularmente marcante. Essa petrolífera brasileira iniciou perfurações exploratórias em 20 de outubro na Foz do Amazonas, a 500 km da foz do Rio Amazonas. Contudo, em 18 de novembro, sediará uma mesa-redonda em um pavilhão sobre sua iniciativa ProFloresta+. Esse projeto visa restaurar até 50 mil hectares de terra na Amazônia através da compra de créditos de carbono – uma estratégia cuja eficácia é questionada por muitos ambientalistas.

Em um e-mail enviado à Reporterre, a Petrobras nega buscar “influência política”. “A presença da Petrobras em Belém reafirma o compromisso da empresa com uma transição energética justa”, afirma a companhia.

No entanto, a experiência de cúpulas anteriores leva a sociedade civil a manter-se cética. “Na COP do Azerbaijão, houve até acordos [sobre projetos de combustíveis fósseis] assinados por lobistas com certos governos”, lembra Nathan Stewart. Para eles, as COPs “se assemelham a uma grande feira comercial que lhes permite estabelecer contatos e obter acesso a tomadores de decisão”, acrescenta o ativista.

No dia 30 de setembro, a organização Kick Big Polluters Out enviou uma carta, assinada por 225 organizações da sociedade civil, pedindo às Nações Unidas que “não convidassem” os poluidores para a COP. Este ano, como parte do processo de credenciamento, os participantes foram solicitados a confirmar seu alinhamento com os objetivos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, como os do Acordo de Paris e do Protocolo de Kyoto.

O CEO da TotalEnergies foi credenciado

Essa medida, opcional e baseada na boa-fé, mostrou-se, previsivelmente, insuficiente. Os lobistas ainda podem usar facilmente seus contatos dentro das delegações nacionais para obter credenciamento para a “Zona Azul”, reservada para negociadores com títulos vagos como “assessor político”, “especialista técnico” ou “assessor de relações públicas”.

Segundo o Mediapart, cinco funcionários da Total, incluindo o CEO Patrick Pouyanné, foram credenciados para a COP30 como parte da delegação francesa. Os crachás que receberam lhes deram acesso a áreas normalmente reservadas aos negociadores.

Enquanto isso, a sociedade civil permanece em grande parte confinada à “zona verde”, afastada dos tomadores de decisão. “São sempre aqueles com recursos financeiros que conseguem acesso [aos espaços de tomada de decisão]”, lamenta Edite Andrade, indígena do povo Macuxi, de Roraima, falando do pavilhão Círculo dos Povos, na Zona Verde.

Ativistas indígenas tentam se fazer ouvir

Embora o governo tenha disponibilizado alojamentos na Universidade Federal do Pará para acomodar as populações indígenas, sua participação na Zona Azul continua dificultada por diversos obstáculos, como o complexo processo de credenciamento. Segundo as autoridades, 900 representantes indígenas – incluindo 400 brasileiros – conseguiram crachás para essa zona: um número duas vezes maior que o registrado na COP28 em Dubai, mas ainda muito inferior ao dos lobistas das indústrias poluentes.

Cansados de serem excluídos, na noite de 11 de novembro, dezenas de indígenas furaram as barreiras de segurança da COP para entrar na Zona Azul e exigir maior representação nas negociações. “Sabemos que há pessoas que simplesmente querem lucrar com a crise climática para se enriquecerem, sem pensar nos outros”, afirma Edite Andrade. “Mas nós, povos indígenas, continuaremos a defender nossa Mãe Natureza”.

Os lobistas do agronegócio se juntam aos lobistas dos combustíveis fósseis

Outros grupos de pressão, além dos da indústria de combustíveis fósseis, tomaram os corredores da COP30. Especialmente o lobby do agronegócio. No dia 10 de novembro, cerca de vinte ativistas se reuniram em frente à Agrizone, a 2 quilômetros da área de negociação. Nesse espaço, multinacionais do setor, como a Nestlé e a fabricante de pesticidas Bayer, organizam conferências e exposições sobre suas iniciativas supostamente “voltadas para a agricultura sustentável”.

Aos olhos dos ativistas, isso é puro greenwashing: “Enquanto o agronegócio se pinta de verde, nossas casas estão sendo desmanteladas, nossas árvores derrubadas e nossas vidas destruídas [por essa mesma indústria]!”, indignou-se Joelmir Silva, morador da região do Rio Xingu, na Amazônia, devastada pela pecuária. “Estamos muito decepcionados”, acrescentou Prayash Adhikari, que veio do Nepal na esperança de participar de uma COP diferente de todas as outras.

Mesmo antes da abertura da conferência, o setor em questão já havia tentado influenciar seus trabalhos. No dia 29 de agosto, 100 parlamentares representando o agronegócio buscaram dissuadir o governo brasileiro de apresentar seu plano climático, alegando que ele “criminalizava” o agronegócio ao designá-lo como a principal fonte de emissões do país. Sem atingir seu objetivo, os lobistas tiveram que encontrar outras maneiras de proteger sua reputação: segundo De Olho nos Ruralistas, multinacionais do agronegócio, frequentemente acusadas de desmatamento ilegal, patrocinaram a cobertura da COP nos principais jornais do país, como Folha de S.Paulo e O Globo.

Outra estratégia utilizada: apresentar as biotecnologias e os biopesticidas como “soluções” para reduzir o custo ambiental do agronegócio, como fez Roberto Rodrigues, enviado especial do Brasil para a agricultura. Essas estratégias permitiriam que o setor continuasse expandindo suas plantações e “exportasse essas práticas tecnológicas para outros países, principalmente do Sul Global”, enfatiza Bruno Bassi.

“A promoção de soluções falsas é usada como tática por lobistas para desviar a atenção de sua responsabilidade na crise climática”, confirma Nathan Stewart, coordenador da organização Kick Big Polluters Out.

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