• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Precisamos de inteligência natural, não de inteligência artificial”. Entrevista com Carlo Rovelli

Fonte: Unsplash

Mais Lidos

  • Jovens padres com prioridades antigas?

    LER MAIS
  • “Os ‘tecnolords’ controlam as nossas mentes”. Entrevista com Yanis Varoufakis

    LER MAIS
  • Abusos geralmente acontecem a conta-gotas. Atitudes anormais passam a ser consideradas normais. “A pessoa acaba achando normal receber ordens não só impossíveis, mas também insensatas”, diz a teóloga e presidente da Conferência dos Religiosos e Religiosas da França (Corref)

    Abuso a conta-gotas na vida religiosa. Entrevista especial com Véronique Margron

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Festa de Nossa Sra. Aparecida – Maria, presença solidária que antecipa a hora da alegria messiânica

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

21 Outubro 2025

Carlo Rovelli não é apenas um físico teórico brilhante, mas também um filósofo da ciência e um extraordinário divulgador científico. Seus livros - em parte ensaio, ciência, história, narrativa – são best-sellers em todo o mundo, despertando grande interesse em sua área de conhecimento e em sua pessoa.

A entrevista é de Paula Escobar, publicada por La Tercera, 20-09-2025. A tradução é do Cepat.

Este pesquisador italiano é um dos fundadores da teoria da gravidade quântica em loop. Membro do Instituto Universitário da França e da Academia Internacional de Filosofia da Ciência, é responsável pela equipe de gravidade quântica no Centro de Física Teórica da Universidade de Aix-Marselha.

Um dos 100 “Global Thinkers”, segundo a revista estadunidense Foreign Policy, é autor de uma grande quantidade de trabalhos científicos publicados nas revistas mais importantes de sua área e de duas monografias sobre gravidade quântica em loop, além de inúmeros livros de divulgação. Pela Anagrama, publicou Sete breves lições de física, A ordem do tempo, Helgoland e Buracos brancos.

Considerado um “físico rockstar”, uma de suas maiores habilidades é a clareza e a proximidade para explicar o que é difícil e complexo - como a física quântica - e também seu talento para relacionar o assunto a outros conceitos ou ideias sobre a existência e a sociedade. “A determinação de Rovelli em tornar a física quântica acessível e suas vendas prodigiosas de livros o levaram a ser classificado como ‘o novo Stephen Hawking’”, disse George Eaton, na revista New Statesman.

“Todos os grandes cientistas do passado foram leitores ávidos de filosofia. Não há razão para que as coisas sejam diferentes hoje. Na minha opinião, o contrário também é verdadeiro: filósofos que ignoram o que aprendemos sobre o mundo, a partir da ciência, acabam sendo superficiais”, disse Rovelli à BBC.

Depois de muitos meses, aceita esta entrevista por escrito para o jornal La Tercera. Responde em duas etapas, mais rápido do que o previsto, de seu novo domicílio na Espanha.

Diante da pergunta sobre qual é o maior desafio científico deste século, diz que já respondeu a indagação quando decidiu seguir sua vocação pela física quântica. “Eu já escolhi o maior desafio científico deste século! Fiz isto quando comecei minha aventura na pesquisa teórica. Penso que o grande desafio científico atual é compreender os aspectos quânticos do espaço-tempo. Talvez estejamos progredindo. Não estou seguro”, afirma ao La Tercera.

Eis a entrevista.

Por que a física quântica é a sua paixão?

Porque a física quântica é surpreendentemente estranha e misteriosa. É como observar um mundo diferente. Percebermos que a realidade é profundamente diferente da ideia ingênua que temos dela.

Como dedicar sua vida à física quântica mudou você?

É difícil dizer, porque não sei como eu seria, se não tivesse estudado física quântica. Mas, acredito que a radicalidade da física quântica afetou minha visão de mundo e minha vida e contribuiu para me empurrar a resistir e a não aceitar a normalidade como algo óbvio.

“A única coisa que nosso assombro nos ensina é a não confiar demais nas ideias intuitivas: o mundo é mais estranho e diverso do que imaginamos”, escreve em ‘Buracos brancos’. Quantas de suas intuições sobre a existência humana foram superadas?

É isso que torna o estudo da física tão emocionante. A forma como o tempo passa é definitivamente diferente da nossa intuição. E isto não é uma declaração mística vaga: é ciência dura, muito bem testada empiricamente. A ciência moderna mudou completamente nossa visão de mundo.

Penso que a lição mais geral é que todas as divisões que pensávamos que eram diferenças importantes acabaram não sendo assim: entre céu e terra, humanos e animais, vivo e não vivo, mente e matéria, espírito e natureza, sujeito do conhecimento e as palavras conhecidas... tudo faz parte de uma realidade comum... mas estranha.

Vivemos em uma época de um certo terraplanismo pós-Covid: as vacinas salvaram muitos milhões, mas depois disso, há um secretário (ministro) antivacinas nos Estados Unidos. Onde está a ciência agora? Como pode ser defendida?

Não considero que devamos gastar tanta energia para defender a ciência. Afinal, as pessoas não são tão tolas e perceberão que as respostas científicas, quando disponíveis, são melhores do que as respostas do charlatão. Penso que cometemos o erro de acobertar as decisões políticas com a frase: “é a ciência que diz”. Este foi um erro que levou muitas pessoas a não gostarem da ciência.

Por que considera que estamos nos dirigindo diretamente para uma catástrofe nuclear, conforme disse em uma entrevista recente?

Porque muitos países do mundo, especialmente no Ocidente, demonizam aqueles que têm políticas e ideias diferentes. Isto leva à guerra. Além disso, muitos países do mundo, especialmente no Ocidente, constroem cada vez mais armas. Isto leva à guerra.

O que gostaria de dizer aos líderes mundiais sobre este assunto, caso fosse escutado por eles?

Que as pessoas do mundo desejam colaborar e ser amigáveis entre si. Não queremos ver os outros como inimigos. Não queremos dominar o mundo. Queremos viver em paz e permitir que outros se desenvolvam.

Existe um modelo extraordinário de colaboração internacional nos grandes observatórios astronômicos do Chile. Não há nacionalismo, nem competição, mas um objetivo comum de conhecimento. Como isto poderia ser alcançado em outras áreas, em um mundo tão polarizado?

Gostaria que todos fizessem esta mesma pergunta! A humanidade tem interesses e problemas comuns, mas somos estúpidos, lutamos e entramos em conflitos uns com os outros. Acobertamos isto com grandes ideias e belas palavras, mas, na realidade, é sempre apenas ganância e poder. E o resultado é o horror para todos. A cada duas gerações, massacramos uns aos outros.

A humanidade se tornará mais razoável e deixará de ser tão míope? Tomara que sim, e frequentemente sonho que isto possa acontecer, mas não sei. Deveríamos aprender a viver juntos. Gostaria que os países estivessem dispostos a renunciar a soberania pelo bem comum, como fazem os cidadãos dentro dos países.

Considera que a inteligência artificial pode ajudar a resolver os problemas graves do mundo, como a mudança climática?

Não. A inteligência artificial é uma ferramenta útil, assim como são as máquinas de lavar. Contudo, precisamos de inteligência natural, não de inteligência artificial. Precisamos de uma política inteligente, e não a estamos permitindo. A maioria dos políticos pensa em sua vantagem imediata, como vencer as próximas eleições ou vencer uma disputa de poder em seu partido. Não pensam em resolver nossos graves problemas comuns de longo prazo, como a catástrofe climática que se avizinha. Falta-nos sabedoria humana, não computadores potentes.

Você ainda tem esperança (sobre o futuro), mesmo neste momento complexo (política polarizada, reação contra as políticas de mudança climática etc.)?

Tenho grandes esperanças toda segunda-feira e me decepciono toda sexta-feira. Mas, depois, é segunda-feira outra vez...

“A curiosidade me levou ao estudo da física. As pessoas gostam de distinguir entre as artes e a ciência, mas meu trabalho é infinitamente criativo”, disse. Como podemos oferecer esta possibilidade à educação dos jovens, quando artes e ciência estão divididas em compartimentos?

Parece-me absurdo manter a ciência, as artes, a história, a filosofia e a literatura tão separadas como estão em nossa educação. Nossa civilização é uma conversa única e vasta, na qual tudo afeta todo o resto. Penso que, desse ponto de vista, a educação italiana e alemã tem uma vantagem: muitas coisas são ensinadas em uma perspectiva histórica, ou seja, narrando seu desenvolvimento. Isto nos ajuda a ver como todos os aspectos de nossa civilização estão entrelaçados e como nossa visão de mundo é moldada por todos eles.

O tempo, escreve em ‘A ordem do tempo’, “corre mais depressa na montanha e mais devagar na planície”. O que considera que nós, humanos, devemos fazer com este conhecimento? O que esquecemos sobre a natureza do tempo?

Esse conhecimento não muda nada em nossa vida cotidiana. É como saber que a Terra gira. É bom saber, mas não muda a forma como caminhamos. Mas, em termos de ideias gerais, essas coisas acabam afetando nossa espiritualidade (que acredito não ser diferente da nossa vida animal). Por exemplo, saber que a Terra não é o centro do universo nos tornou (ou deveria ter nos tornado) mais humildes...

Lendo seus livros, fica claro que só existe o presente. Como viver nele?

Bem... Em nossa vida, existem o passado e o futuro! E é melhor lembrar o passado e planejar o futuro (pelo menos um pouco). O fato de serem relativos a nós e não de natureza geral não muda isto...

O que você gostaria de ter conhecido sobre a vida quando era jovem?

Nada mais do que fiz. Estou satisfeito com as decisões que tomei.

Como você vê a juventude de hoje?

É muito melhor do que a minha geração: mais educada, mais informada, mais inteligente, com menos preconceitos. O problema hoje não são os jovens. São os adultos no poder, que são beligerantes. Gostaria que estivessem mais comprometidos com a construção de um mundo melhor para todos. Mais envolvidos na política. Alguns estão, mas eu gostaria que houvesse mais.

O que gostaria que não esquecessem sobre o que significa ser jovem hoje?

Gostaria de ver os jovens do mundo repensar que um mundo melhor é possível e que juntos podemos construí-lo. E para isso, devemos lutar pelo bem comum, não pelo nosso sucesso pessoal.

Por último, quais são os novos marcos em seu campo de estudo que deseja ver materializados ao longo da sua vida?

Tenho muitas esperanças de que alguma medição possa respaldar a teoria quântica da gravidade que desenvolvi com meus colegas: a gravidade quântica em loop. Minha maior esperança é demonstrar que a matéria escura pode ser explicada com a gravidade quântica.

Leia mais

  • Cientistas contra o rearmamento - um Manifesto. Artigo de Carlo Rovelli e Flavio Del Santo
  • Somos os filhos dos Iroqueses. Artigo de Carlo Rovelli
  • Risco nuclear e consciência. Artigo de Carlo Rovelli
  • A parábola dos ideais. Artigo de Carlo Rovelli
  • “Não tenho medo da morte. Tenho medo de envelhecer. De ficar sozinho, sem amor”. Entrevista com Carlo Rovelli
  • Desmascarar o mito da soberania. Artigo de Carlo Rovelli
  • O boicote à bomba. Artigo de Carlo Rovelli
  • Eu, não crente, me sinto próximo do Papa e da Igreja. Artigo de Carlo Rovelli
  • Gastos militares e indústria dos armamentos na Europa e na Itália. Artigo de Carlo Rovelli
  • “Abertos ao mundo, mas sem colaborar com o massacre”. Entrevista com Carlo Rovelli
  • “Estou do lado dos estudantes que protestam contra a guerra. O boicote contra Israel é razoável”. Entrevista com Carlo Rovelli
  • Rovelli, a fé e o princípio do prazer. Artigo de Andrea Grillo
  • “Ver” o outro lado. É assim que pode ser curada a fratura emocional gerada pela guerra. Artigo de Carlo Rovelli
  • Nova geopolítica. Um único céu para todos os povos. Artigo de Carlo Rovelli
  • “Adeus às armas, os cientistas sabem como fazer”. Entrevista com Carlo Rovelli, físico
  • “É por isso que acho que enviar armas para Kiev se revelará um erro”. Artigo de Carlo Rovelli
  • Contra as crises vamos reduzir os gastos militares. Entrevista com Carlo Rovelli

Notícias relacionadas

  • 17 de maio de 1915 – Primeira Guerra Mundial faz superior-geral dos jesuítas se mudar para a Suíça

    Quando a Itália entrou na guerra contra a Áustria, ficou insustentável para Ledochowski (foto) permanecer em Roma. Então, e[...]

    LER MAIS
  • E Kissinger disse a Videla: "Façam tudo depressa"

    O secretário de Estado estadunidense Henry Kissinger e o ministro argentino das Relações Exteriores César Augusto Guzzetti enc[...]

    LER MAIS
  • Analfabetismo ambiental e a preocupação com o futuro do planeta

    "Uma quantidade imensa de pesquisas, surgidas de diversos cantos, inclusive da academia colocam a questão ambiental entre as cinc[...]

    LER MAIS
  • O rapaz da ambulância de Alepo. Uma criança de cinco anos é o novo símbolo da guerra na Síria

    Há cinco anos, quando a guerra na Síria começou, Omran Daqneesh nasceu. Na quarta-feira, ao fim do dia, a guerra ia-o matando [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados