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São Francisco engolido pelo governo de direita. Entrevista com Daniele Menozzi

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18 Outubro 2025

A reintrodução do feriado nacional de São Francisco e o discurso da primeira-ministra Giorgia Meloni em Assis, em 4 de outubro passado, parecem sugerir uma operação de renacionalização e também de apropriação de São Francisco pela direita. Conversamos sobre isso com Daniele Menozzi, Professor Emérito de História Contemporânea na Scuola Normale Superiore em Pisa e estudioso da Igreja nas eras moderna e contemporânea, que também tratou em diversas oportunidades do uso público da história.

A reportagem é de Luca Kocci, publicada por Adista, 11-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis a entrevista. 

Professor Menozzi, o Parlamento italiano restabeleceu a festa nacional de São Francisco de Assis. Que avaliação o senhor faz dessa decisão?

A festa nacional de São Francisco foi celebrada, pela primeira vez e apenas naquele dia, em 4 de outubro de 1926. Mussolini queria continuar sua política de reaproximação com a Igreja: a celebração representava mais um passo no percurso que levaria aos Pactos de Latrão.

Depois que São Francisco foi proclamado padroeiro da Itália em 1939, os governos de maioria democratas-cristãos do pós-guerra tentaram introduzir esse feriado religioso no calendário civil, atendendo os pedidos de confessionalização do Estado buscado pelas autoridades eclesiásticas. No entanto, só obtiveram reconhecimento como mera "solenidade civil" em 1957. Esse status perdurou até 1977. Pessoalmente, acredito que a Igreja celebra hoje em São Francisco valores como a paz, a preocupação com a pobreza e o cuidado com o meio ambiente, que a República Italiana, apesar de ser um sistema democrático, tem dificuldade para incorporar. Mas também é verdade que, na atual crise da democracia, um apoio religioso poderia ajudar a orientar suas periclitantes estruturas a reencontrar o contato com os problemas concretos dos habitantes da península.

Existe uma tentativa em andamento de renacionalizar Francisco de Assis?

Não se trata de uma operação nova: a nacionalização da figura de São Francisco tem acompanhado a história da Itália unificada, desde o neoguelfismo clerical do século XIX até o fascismo católico dos anos 1920, chegando ao nacional-catolicismo das primeiras décadas da República. Não me surpreende que, no contexto do retorno à nação como supremo critério norteador da organização da vida coletiva, esteja em curso uma operação de renacionalização da imagem do santo. O que surpreende, pelo contrário, é a falta de consciência crítica do anacronismo de tais tentativas por parte de grande parte da opinião pública e de seus defensores.

Francisco de Assis foi proclamado padroeiro da Itália por Pio XII em 1939, no auge do regime fascista. Ao restaurar e relançar o feriado nacional, há também uma espécie de apropriação de São Francisco pela direita?

A nacionalização de São Francisco não foi promovida pelo regime fascista; Mussolini explorou para seus próprios fins um aspecto cultural que havia sido elaborado pelos católicos italianos em busca da unificação do Estado. Hoje, os católicos buscam modelos capazes de propor o Evangelho ao homem contemporâneo. Trata-se de uma figura complexa e elusiva. Penso que o homem contemporâneo possa, mesmo que momentaneamente, iludir-se de defender sua própria identidade, refugiando-se na nação, mas o devir da história o conduz a cenários globais onde se colocam questões muito mais prementes: a paz e a guerra, as formas dramáticas de pobreza e concentração de imensas riquezas, o desastre ambiental e as migrações, a aspiração à expansão das liberdades e os sistemas políticos autocráticos que as restringem.

Como conciliar a exaltação de Francisco de Assis pela primeira-ministra como "homem de paz e diálogo" com o aumento dos gastos militares e os planos de rearmamento aprovados pelo governo?

Não vejo como conciliar. Mas mesmo o discurso de Mussolini na festa de 04-10-1926 se alavancava em um São Francisco nacionalista, belicista e imperialista. Muitos, a começar pelos círculos católicos, aplaudiram...

Em apoio à "italianidade" de Francisco de Assis, Meloni citou Gioberti, que o chamou de "o mais italiano dos nossos santos".

Considerando que, desde a época de Gioberti até hoje, a Igreja proclamou centenas de outros santos e beatos, entre os quais poderia haver alguém ainda "mais italiano" do que São Francisco, seria correto repropor literalmente para o presente uma definição que amadureceu em um contexto histórico-político completamente diferente do atual?

Durante os Vinte Anos Fascistas, a atribuição do título de "o mais italiano dos santos" não foi reservada apenas a São Francisco, mas também a São João Bosco, a Santa Catarina de Sena (também proclamada padroeira da Itália em 1939) e a outros. A crítica histórica há tempo vem se dedicado a explicar as razões dos nexos que a cada oportunidade são apresentados entre nacionalidade e santidade durante os processos de "invenção da tradição" e "nacionalização das massas". A atual reproposta da italianização dos santos representa um interessante caso de estudo de exumação político-propagandística de um aspecto cultural que parecia ter desaparecido sob os escombros das tragédias causadas pelos nacionalismos.

São Francisco de Assis, que reconhecidamente nasceu em Assis, qualifica-se realmente como um "santo italiano"?

Depende do conteúdo semântico atribuído à palavra. É evidente que uma figura que viveu entre os séculos XII e XIII, que dedicou toda a sua vida a seguir um Evangelho escrito mil anos antes e que fazia da obediência à autoridade eclesiástica um princípio inviolável, tem bem pouco em comum com a Itália, se a entendermos como um Estado-nação moderno, nascido da Revolução Francesa e importado para a península após as guerras de independência do século XIX travadas pelo Reino jurisdicional da Sardenha e pelos anticlericais garibaldinos e mazzinianos contra a vontade do Papa.

Em agosto, Meloni discursou na reunião da Comunhão e Libertação em Rimini, enfatizando a atualidade da opção da "presença", teorizada há seu tempo pelo Pe. Giussani, em oposição à "opção religiosa" da Ação Católica, relançando assim uma antiga e dilacerante polêmica das décadas de 1970-01980. Agora, a "Operação São Francisco" (ver Adista Documentos n.º 33/25). Estaria em curso uma tentativa de "reconquistar" o mundo católico, deslocando-o para posições conservadoras e nacionalistas?

Não há dúvida de que a atual primeira-ministra cultiva um plano para ampliar o consenso, integrando ao seu campo político novos setores do mundo católico, visto que vários ambientes já se identificam com sua linha. Certamente, sua falta de familiaridade com o catolicismo não a favorece: a referência no discurso de Rimini à "saída das sacristias" provoca sorrisos pela ignorância histórica que a sustentou. Mas também é verdade que, naquela ocasião, a surpreendente homenagem ao Cardeal Robert Sarah, ou seja, a um firme representante do tradicionalismo anticonciliar, é indicativa da rede que ela lançou e das disponibilidades que pode encontrar.

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