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19 Setembro 2024

"A proposta de Cardini não é apenas uma premissa, pois o livro inteiro se baseia na convicção de que 'a questão de quem foi Francisco de Assis não pode ser respondida honestamente abraçando esta ou aquela tese apoiada por esta ou aquela fonte em oposição às outras'. Tampouco pode ser útil trabalhar como num quebra-cabeça, juntando diferentes fontes e interpretações, propondo uma montagem, talvez com o objetivo de não perder nem mesmo um daqueles episódios lendários dos quais o santo foi protagonista", escreve Amedeo Feniello, historiador da Idade Média, em artigo publicado por Corriere della Sera, 15-12-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Quem é Francisco de Assis? Uma incógnita. Parece uma brincadeira, para um dos santos mais honrados da cristandade. E, no entanto, paradoxalmente, é isso mesmo. Há muitas vozes dissonantes desde o momento de sua morte, desde o instante em que seus restos humanos se transformaram em relíquia, símbolo do alter Christus, figura do Messias, a encarnação perfeita da pobreza evangélica. Aclamado, venerado, amado. Mas múltiplo e diversificado nas formas em que foi descrito ao longo do tempo. E, por essa razão, é impossível recompor uma única, inquebrantável e homogênea aparência.

Franco Cardini, em sua biografia dedicada ao Santo de Assis, nas bancas com o “Corriere della Sera” e o “Oggi”, parte justamente desse tema, da inconstante série de interpretações que se sucederam ao longo do tempo, para delinear uma história como grande historiador, na qual não prevalecem as certezas, mas a consciência de que, mesmo para uma figura tão famosa, podem se impor dúvidas, hipóteses e silêncios. Porque é verdade: a miríade de biografias, a começar pelas duas de Tomás de Celano (a primeira quase contemporânea à morte de Francisco, a segunda algumas décadas mais tarde e repleta de distinções e modificações) em diante, “apresentam um Francisco diferente uma da outra”: o que, se facilita a tarefa daqueles que querem oferecer uma versão partidária dele, limitando-o ao esforço de escolher a fonte mais conveniente conforme a necessidade, torna quase desesperado o trabalho dos historiadores sérios e honestos: que sabem, além disso, que essa dificuldade pertence, por assim dizer, às regras do jogo de sua profissão”.

Uma profusão de retratos, todos voltados para a apropriação de sua memória, em uma tensão contínua, como aconteceu, por exemplo, entre os séculos XIII e XIV, entre a normalização da vida terrena de Francisco, incentivada pela Igreja, muitas vezes expurgada de seus aspectos mais heterodoxos, e a leitura fortemente pauperista e anti-institucional dos grupos mais extremistas do movimento franciscano. Mas o debate sobre Francisco não é apenas uma questão restrita à Idade Média. Prova disso é o fato de que, ao longo do século XX até hoje, foram propostos, de vários lados e com inúmeras facetas, “um Francisco tradicionalista e um progressista, um hipercatólico e um pré-laicista, um obediente e um rebelde, um de direita e um de esquerda, um socialista e um fascista, um pacifista, um terceiro-mundista e um ocidentalista, um pop e um animalista e New Age”.

 

No entanto, a proposta de Cardini não é apenas uma premissa, pois o livro inteiro se baseia na convicção de que “a questão de quem foi Francisco de Assis não pode ser respondida honestamente abraçando esta ou aquela tese apoiada por esta ou aquela fonte em oposição às outras”. Tampouco pode ser útil trabalhar como num quebra-cabeça, juntando diferentes fontes e interpretações, propondo uma montagem, talvez com o objetivo de não perder nem mesmo um daqueles episódios lendários dos quais o santo foi protagonista. Muito mais legítima - e reveladora - é a escolha oposta que Cardini segue: enfatizar o quanto cada fonte representa a necessidade de apresentar um Francisco diferente daquele proposto pelos outros testemunhos. Assim, procede-se à construção de uma “biografia aberta”, um pouco como Orson Welles fez no filme Cidadão Kane; ou Akira Kurosawa em Rashomon, em que um assassinato é narrado a partir de diferentes pontos de vista, cada um considerado sob a perspectiva de cada verdade individual. Uma biografia aberta, em suma, na qual Cardini reconstrói a vida do santo, tentando recompor os silêncios com enxertos de história rural, econômica, social e política, sobretudo para descrever o ambiente em que Francisco cresceu, Assis; sua família - o pai-senhor, o mercador Pietro di Bernardone, a mãe, a mítica Pica, o irmão “invejoso” Ângelo, que serve de contraponto malévolo em um episódio do início da aventura de Francisco -; os anos da loucura alegre e comovedora do primeiro impulso de amor em direção ao sofrimento de Cristo na Cruz; a experiência de São Damião.

E assim por diante, em direção aos episódios da formação da primeira comunidade de seguidores, do encontro com Clara, a “perfeita alegria” e, sobretudo, a contínua perambulação, porque “a perambulação é uma condição fundamental desse ‘tornar-se humilde’”, porque a forma de sua aventura, imagem transladada dos códigos de cavalaria com os quais a formação cultural de Francisco estava imbuída, “está toda na estrada, com suas humilhações, suas labutas, sua poeira, seus perigos”. Depois, há Francisco, o cruzado, o homem que busca o martírio seguindo a empreitada do Egito e tem como objetivo a conversão do sultão Malik al-Kamil, episódio controverso e rico de significados, ainda hoje assumido, talvez muito acriticamente, como exemplo de diálogo inter-religioso.

Em seguida, com um clímax surpreendente, a história terrena de Francisco é exaltada no episódio dos estigmas, recebidos em La Verna, na região de Casentino (“Na dura penha, que se interpõe ao leito, Do Tibre e do Arno, o derradeiro selo, Cristo lhe pôs: dois anos dura o efeito”, escreve Dante no Canto XI do Paraíso), episódio cujo 800º aniversário é agora celebrado (segundo os textos hagiográficos, precisamente em 14-09-1224): um momento-chave da total identificação de Francisco com Cristo e um fato incrível, porque não existe nenhum santo estigmatizado antes dele.

Em última análise, para Cardini, Francisco é um personagem que não pode ser enquadrado em nenhum esquema, mas é infinito e poliédrico, motivo pelo qual “cada geração sentiu a necessidade de dar uma nova versão do ‘seu’ Francisco, de questionar-se sobre o que ele tem a lhe dizer”. É somente nesse sentido que é legítimo propor novas biografias que se acrescentem a uma lista inumerável de outros livros semelhantes, movidos, porém, todos pela mesma questão, ao mesmo tempo fascinante e extraordinariamente viva e não resolvida, que, segundo os Fioretti, o bom frade Masseo apresentou a Francisco: “Digo, porque o mundo inteiro está voltado para você, e cada pessoa parece querer ver você, ouvi-lo e obedecê-lo? Você não é um homem bonito do corpo, não é de grande ciência, você não é nobre; então, por que quer que o mundo inteiro te siga?”

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