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Na carta aos romanos: submissão às autoridades (Rm 13,1-7)? Artigo de Gilvander Moreira

Foto: Movimento de Cursilhos de Cristandade

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23 Agosto 2025

"Em Rm 13,5, Paulo exorta que, a obediência de todos/as às autoridades constituídas, não pode ocorrer somente por medo de represália, mas, também, por uma adesão ética, que é o que assegura princípios orientadores de uma convivência social justa, ética e saudável", escreve Frei Gilvander Moreira, 19-08-2025.

Gilvander Moreira é frei e padre da Ordem dos Carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia Bíblica no Serviço de Animação Bíblica, em Belo Horizonte.

Eis o artigo.

Em setembro de 2025, nos 54 anos do mês da Bíblia, refletiremos a partir da Carta do apóstolo Paulo aos Romanos, escrita nos últimos anos da década de 50 do 1º século da era cristã. Abordaremos aqui neste texto dois assuntos: 1) A Lei versus a gratuidade do amor de Deus; 2) Paulo em Romanos 13,1-7: submeter-se às autoridades?

Paulo denuncia o fechamento de certos fariseus convertidos a Cristo, que continuam numa observância cega da Lei, desprezando a gratuidade do amor de Deus (cf. Rm 3,21-31). Ninguém se salva a si mesmo através da rígida observância de preceitos legais (Rm 9,14-24) e nem compra de Deus postura misericordiosa.

Nenhuma lei nos salva, nem a lei judaica. Viver e conviver como Jesus Cristo viveu, conviveu e lutou, por amor ao próximo, é o caminho libertador e salvador. “A salvação vem pela fé”, afirma e reafirma várias vezes o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos, mas que tipo de fé? Não uma fé dogmática e doutrinária que leva a pessoa a aceitar, ingenuamente, o que dizem as autoridades religiosas, mas a fé que consiste em um ato de total confiança na realização das promessas divinas (cf. Rm 4,23-24) e produz uma disposição existencial que leva a pessoa a uma adesão, por amor a Jesus Cristo e ao seu projeto de fraternidade universal e a abraçar, por amor, a vivência do projeto de Jesus Cristo que irradia vida, amor, respeito, ética e solidariedade.

Para Paulo, o DNA do Evangelho é uma ótima notícia de salvação para toda a humanidade, quer sejam judeus, quer sejam gentios ou de qualquer outro povo e cultura. Jesus veio para todos e todas, também para todos os seres vivos da biodiversidade, o que devemos enfatizar, atualmente, diante do colapso ambiental causado pelo sistema idolátrico do mercado capitalista, que é brutal máquina de moer vidas.

Paulo em Romanos 13,1-7: submeter-se às autoridades? O capítulo 13 da Carta aos Romanos se subdivide em duas partes: a) Rm 13,1-7, que aborda como deve ser o comportamento das pessoas cristãs diante das autoridades do império; b) Rm 13,8-14, que trata do amor ao próximo, amor mútuo, na vida da comunidade.

A afirmação de Paulo, na abertura de Rm 13 é, à primeira vista, muito estranha, ao exortar de forma contundente: “Submetam-se todos às autoridades constituídas, pois toda autoridade vem de Deus” (Rm 13,1). Para resgatarmos o provável sentido deste versículo, temos que perceber que Paulo escreve a comunidades perseguidas, brutalmente, pelo poder político e, por isso, indignadas com toda e qualquer autoridade, comunidades que estão sob a tentação de não aceitar nenhum tipo de autoridade.

“Gato escaldado com água quente tem medo até de água fria”, diz a sabedoria popular. O verbo ‘submeter’ indica relação de subserviência, que não é o que apregoa Paulo. A melhor tradução é “obedeçam”, o que não implica submeter-se, cegamente, a qualquer autoridade. Paulo não defende obediência a qualquer autoridade, mas às “autoridades constituídas”, ou seja, autoridades legítimas, o que excluí autoridades tirânicas, ditatoriais, impostoras. Inclui, certamente, autoridades democráticas, que se preocupam em coordenar a vida social segundo a vontade de Deus. E qual é a vontade de Deus? Que todos/as construamos relações humanas e sociais onde haja condições objetivas para que todos/as tenham vida em abundância (Jo 10,10).

Em muitas outras passagens bíblicas se exorta a não obedecer a leis injustas baixadas por autoridades.1 Há inúmeros exemplos na Bíblia em que povos oprimidos e injustiçados, “povos de Deus”, que desafiam leis e governantes injustos. Os sacerdotes do templo desafiaram a rainha Atalia quando esconderam Joás por seis anos, e até executaram a rainha (2 Rs 11). O exército de Saul interpôs-se diante do rei Saul para proteger Jônatas do injusto decreto de morte do rei (1 Sm 14,45). Jesus não respondeu à pergunta do sumo sacerdote sobre se Ele era o Cristo, embora o sacerdote lhe tenha ordenado que respondesse (Mt 26,62-63).

Segundo o Evangelho de Lucas, no segundo envio missionário, em contexto conflituoso em que os/as discípulos/as estariam como ovelhas no meio de lobos, Jesus ordenou que seus discípulos comprassem espada, embora isso fosse ilegal de acordo com a lei romana (cf. Lc 22,36-38). E o apóstolo Paulo relata como ele foi baixado dos muros da cidade de Damasco em uma cesta, desafiando o governador sob o rei Aretas, que estava vigiando a cidade para prendê-lo (cf. 2 Cor 11,32-33; At 9,23-25).

Devemos buscar um fio condutor na interpretação dos textos bíblicos, que mostre unidade da mensagem bíblica. Leitura fundamentalista, que “pinça” versículos isolados, pode nos levar a interpretações antagônicas e contraditórias, à ideia falsa de que os povos bíblicos de Deus atiram para todos os lados, em posições diametralmente opostas. Óbvio que na Bíblia há palavra de Deus, mas nem tudo o que está na Bíblia é palavra de Deus, pois é literatura escrita por mãos humanas, em contexto histórico e em situações circunstanciadas.

Em Rm 13,1, observando todos os detalhes do versículo inteiro, os textos anteriores e a continuidade da reflexão, Paulo exclui subserviência a toda e qualquer autoridade, mas reconhece que a vida social precisa de coordenação e gerenciamento, senão se instaura o caos social, o que violenta a vida, principalmente dos mais enfraquecidos. Paulo está animando as comunidades cristãs a reconhecerem que, algum tipo de autoridade constituída de forma legítima é necessário e que as comunidades não podem “chutar o pau da barraca” e “jogar fora a criança com a água suja”. Se umas autoridades estão sendo opressoras, não podemos generalizar e dizer que qualquer pessoa que assumir o poder político, exercerá de forma opressora sua autoridade.

É importante lembrar que antigamente os documentos da Bíblia não eram divididos em capítulos e versículos. Assim, esse começo do capítulo 13 da Carta aos Romanos está situado no contexto mais amplo dos versos anteriores que tratam do amor aos inimigos. Paulo estava afirmando: “A ninguém pagueis o mal com o mal” (Rm 12,17). “Não vos vingueis de ninguém” (Rm 12,19). “Se o teu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer...(...) Agindo assim, estarás amontoando brasas sobre a sua cabeça” (Rm 12,20). E, aí, imediatamente afirma: obedeçam às autoridades. Portanto, trata da relação com as autoridades do império no contexto do amor aos inimigos, amor que deve ser crítico, lúcido e perspicaz. O Evangelho de Jesus Cristo nos pede para amarmos todas as pessoas, porém, não do mesmo jeito. Devemos amar os/as empobrecidos/as e injustiçados/as nos colocando ao lado deles e delas para com eles/elas empreendermos lutas coletivas concretas pelos seus direitos e devemos amar os inimigos/opressores de outro jeito: fazendo o possível e o impossível para retirar das suas mãos as armas da opressão e da exploração.

“Todos devem obedecer às autoridades constituídas”, não apenas a classe trabalhadora, o povo, mas todos/as, sem exceção, o que inclui a classe dominante e quem está na autoridade política. Em linguagem nossa, todos/as, sem exceção, estão sob os ditames das leis constituídas de forma legítima. E dizer que “não há autoridade que não venha de Deus” significa negar a divinização do imperador, que é imposto como se fosse a fonte da sua própria autoridade. Paulo está subvertendo a lógica imperial de dominação e animando as comunidades cristãs a se rebelarem contra a ideologia dominante, que considera o imperador como um deus. Para Paulo, o imperador não é um deus, é um ídolo. Para Paulo, o Deus verdadeiro é o papai (abba, em aramaico, Rm 8,14-15) de Jesus Cristo, o que o ressuscitou dos mortos e Jesus está vivo como Emanuel no nosso meio nos inspirando e guiando.

Paulo reflete sobre as relações humanas e sociais entre os governados e governadores. Em Rm 13,2, ele alerta que marcha para sua própria condenação, quem se opõe às autoridades que agem como Deus quer. Ou seja, benditas as autoridades quando são justas e éticas. Estas são elogiadas pelo apóstolo Paulo.

Em Rm 13,3, Paulo pondera com sensatez: Quem governa fazendo o bem, não há por que temer o povo governado, mas se faz o mal, pode temer, pois poderá haver rebelião e revolta popular. O ditado popular que diz “Quem não deve não teme” parece que se inspira na carta de Paulo aos Romanos. Quem age de forma ética e justa não há por que temer nenhuma autoridade.

Em Rm 13,4, Paulo alerta para a dimensão pedagógica da autoridade política. Como não somos uma sociedade de anjos(as) ou de pessoas santas perfeitas, é preciso existir a “espada”, símbolo do poder coercitivo que deve ser restrito, segundo Paulo, para a correção de quem age mal. Diz Paulo: “A autoridade é instrumento de Deus para o seu bem” (Rm 13,4). Esta afirmação parece defender que, como no corpo humano, para que ele tenha condições de vida, é preciso ter ossos que sustentem a estrutura dos aparelhos circulatórios, nervoso, muscular..., assim também, não podemos defender, na convivência social, uma anarquia radical e absoluta, uma sociedade sem governo, pois será cada um por si e os mais fortes se imporão sobre os fracos e a tirania será instaurada. Nesse sentido é que certo tipo de autoridade é instrumento de Deus para a construção de seu reinado no mundo.

Em Rm 13,5, Paulo exorta que, a obediência de todos/as às autoridades constituídas, não pode ocorrer somente por medo de represália, mas, também, por uma adesão ética, que é o que assegura princípios orientadores de uma convivência social justa, ética e saudável.

Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 – Elsa Tamez: Carta aos Romanos é fascinante, mas é difícil de ser compreendida. Urge historicizar Paulo 

2 - Carta aos Romanos: Leitura ecofeminista de Rm 8. Ivoni Richter Reimer-equipe de publicações/Cebi-MG 

3 - Carta aos Romanos: Contextos, chaves de leitura, libertar Paulo por Prof. Dr. Pedro Lima Vasconcelos

4 - Carta aos Romanos - parte 1

5 - Reflexão sobre a Carta de São Paulo aos Romanos - Parte 1

6 - Mês da Bíblia 2025 - Carta aos Romanos

7 - Carta de Paulo aos Romanos 01/06

8 - Carta de Paulo aos Romanos 02/06

9 - Carta de Paulo aos Romanos 03/06

10 - Carta de Paulo aos Romanos 04/06

11 - Carta de Paulo aos Romanos 05/06

12 - Carta de Paulo aos Romanos 06/06

Leia mais

  • Vem aí o mês da bíblia, em 2025, com a Carta aos Romanos. Artigo de Frei Gilvander Moreira
  • Deus quer poderosos destronados e ricos de mãos vazias (Lc 1,39-56). Artigo de Frei Gilvander Moreira
  • A raiz do mistério de Israel no anúncio de Paulo aos Romanos. Artigo de Giovanni Maria Vian
  • “Ame seus inimigos”, disse Jesus. Por quê? Como? (Lc 6,27-38). Comentário de GIlvander Moreira
  • A raiz do mistério de Israel no anúncio de Paulo aos Romanos. Artigo de Giovanni Maria Vian
  • O dia em que São Paulo foi degolado segundo Atos de Paulo. Artigo de Jacir de Freitas Faria
  • Solenidade de São Pedro e São Paulo – Ano B – Subsídio exegético
  • Solenidade de São Pedro e São Paulo – Ano B – Quem é Jesus para nós hoje?
  • São Pedro e São Paulo: inspiradores da Igreja sinodal
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  • O cristianismo militante de São Paulo
  • Igreja sinodal: aprendendo com as mulheres junto com São Paulo
  • A reserva masculina, as mulheres que votam no Sínodo e um texto de São Paulo. Artigo de Andrea Grillo
  • Entender São Paulo para entender o Ocidente. Artigo de José Tolentino Mendonça
  • A Igreja e os romancistas nas pegadas de São Paulo. Entrevista com José Tolentino Mendonça
  • São Paulo, o futuro do cristianismo. Entrevista com Daniel Marguerat

 


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