09 Julho 2025
O documento do Vaticano sobre a fase de implementação do Sínodo visa promover o diálogo entre as Igrejas locais e a Secretaria do Sínodo e apoiar a troca de experiências sinodais entre as Igrejas. A teóloga francesa e secretária do Sínodo, Nathalie Becquart, afirmou isso em entrevista ao Vatican News na segunda-feira.
A informação é publicada por Katholisch, 08-07-2025.
Cada Igreja local tem seu próprio caminho, mas não pode ser isolada. Por isso, o documento enfatiza a grande importância da cooperação entre as diversas igrejas locais. "O Sínodo pede maior ênfase na Igreja local, mas, ao mesmo tempo, enfatiza a importância de um diálogo mais intenso entre as Igrejas locais", disse Becquart, que foi nomeada subsecretária da Secretaria-Geral do Sínodo Mundial pelo Papa Francisco em 2021. Com essa nomeação, ela se tornou a primeira mulher a receber pleno direito de voto no Sínodo Mundial em virtude de seu cargo.
De acordo com o documento publicado na segunda-feira, a fase de implementação será dividida em cinco etapas. Inicialmente, os resultados serão implementados nas dioceses, bem como nos níveis nacional e internacional, até dezembro de 2026. Em seguida, serão realizadas assembleias em nível diocesano no primeiro semestre de 2027 e, no segundo semestre, em nível das conferências episcopais e dos conselhos episcopais transnacionais. A quarta fase será uma avaliação em assembleias eclesiásticas continentais na primavera de 2028. A fase final será uma "assembleia eclesiástica geral" no Vaticano em outubro de 2028.
Nesse contexto, Becquart enfatizou que o Papa Leão XIV não apenas fala sobre sinodalidade, mas já a abraçou antes mesmo de sua formalização. Além disso, prosseguiu a freira, ele já exerce seu ofício como Papa em estilo sinodal.
Ela também destacou que ele cultiva um estilo de liderança semelhante ao de Francisco: "Ele escuta com profunda espiritualidade, porque a sinodalidade começa dentro de nós. É antes de tudo uma atitude espiritual, mas também deve se traduzir em estruturas e ações concretas", disse a freira e teóloga, que foi nomeada uma das 50 mulheres mais poderosas do mundo pela revista Forbes em 2014.