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Agrotóxicos e microplásticos são principais poluentes de águas brasileiras, diz dossiê

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01 Julho 2025

 Conhecido por ser um país abundante em recursos hídricos, o Brasil ainda precisa avançar muito no cuidado com as suas águas. Essa é uma das conclusões do dossiê Oceano em risco, lançado pelo Instituto da Cultura Científica da Universidade Federal de São Carlos (ICC‑UFSCar) neste mês.

O estudo é produzido no formato de “mesacast”, um podcast em vídeo, conduzido pelos pesquisadores Cassiana Montagner, da Unicamp, e Walter Waldman, da UFSCar.

A elaboração do dossiê foi motivada pela votação da PEC 03/2022, que ficou popularmente conhecida como “PEC das Praias” por propor transferir a propriedade e gestão de terrenos do litoral brasileiro, que atualmente são bens da União, para estados, municípios e até mesmo entes privados.

Ao Conversa Bem Viver, Cassiana Montagner afirma que a construção da segurança hídrica no Brasil é um desafio que precisa do envolvimento de diversos setores da sociedade. “É uma caminhada longa, mas cada passo é importante.”

Entre os principais poluentes que prejudicam nossas águas, ela cita o uso excessivo de agrotóxicos e de microplásticos. Montagner destaca ainda que, ao não cuidarmos de forma adequada dos nossos rios, parte desses contaminantes acabam chegando inclusive nas torneiras das casas dos brasileiros.

“A gente encontra constantemente um número muito grande de agrotóxicos nas nossas águas de beber. É um problema sério, porque, a longo prazo, é uma exposição não intencional. As pessoas não esperam ingerir agrotóxicos quando estão tomando água, assim como não esperam encontrar na água de chuva”, chama a atenção.

A entrevista é de Ana Carolina Vasconcelos e Nara Lacerda, publicada por Brasil de Fato, 30-06-2025.

Eis a entrevista.

O dossiê Oceano em Risco aborda a poluição dos oceanos e tem como gancho uma nova lei que trata sobre a ocupação e uso dos nossos recursos marítimos, que ficou conhecida como “lei das praias” ou “lei do mar”. Como a ciência tem contribuído para mitigar esse problema? Quais foram suas principais contribuições ao dossiê?

O tema é amplo e, dificilmente, será abordado por inteiro. Mas o dossiê é uma oportunidade de discussão que foca na questão dos impactos da poluição aquática e marinha, diante desse novo projeto de lei.

Tem pontos bastante importantes que podemos destacar. Quando falamos da poluição marinha, há um uso desordenado das praias, mas tem também muita coisa que vem dos grandes centros urbanos e que acaba chegando nos oceanos pelas praias.

Precisamos sempre ter uma visão um pouco mais holística e, no dossiê, conseguimos discutir diferentes fatores desse problema, que é bem amplo. A minha contribuição ao dossiê foi identificar como a gente carrega para as praias os poluentes, incluindo plásticos, agrotóxicos e tantos outros poluentes usados nas grandes cidades.

Algumas praias conseguem ingerir isso e a entrada desses poluentes fica um pouco mais controlada, mas ainda é um cenário de menor proporção, frente ao uso desordenado e ao lançamento desses resíduos, que acabam chegando, na maioria das vezes, pelos corpos hídricos, pelos rios.

E, pensamos na proteção ambiental, a maioria das nossas pesquisas estão focadas na parte de ambientes aquáticos doces, mas sabemos para onde ela vai parar e isso precisa ser considerado. Ou seja, é preciso ter uma proteção global do ambiente.

Como está a questão da poluição das águas do Brasil? Neste ano, receberemos a maior conferência sobre o clima do planeta, a COP 30. No caso dos corpos hídricos, qual é a nossa atual situação?

Temos muito o que fazer. Se olharmos de cima, vemos um Brasil maravilhoso, mas, quando chegamos perto das regiões costeiras ou dos corpos hídricos de forma geral, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde temos uma demanda hídrica gigante, nossos rios estão poucos e contaminados.

Muito precisa ser feito na questão de resíduos sólidos, de poluição de água e qualidade de água. Na academia, chamamos isso de segurança hídrica, que é proteger a qualidade e a quantidade de água para a demanda que precisamos.

Em todos esses quesitos, estaríamos em um lugar um pouco mais confortável, se a gente pensar nos rios amazônicos, onde ainda tem a floresta protegendo, pouca gente usando o rio para a sobrevivência e baixa quantidade de lançamento de rejeitos e descarte. Agora, quando pensamos no restante do Brasil, ainda tem bastante tarefas para serem feitas por todos os setores da sociedade, para buscar um país em que a gente possa falar com todas as letras que protege os corpos hídricos.

Muita gente conhece o Brasil como aquele que tem muita água. É como se o Brasil não tivesse problemas com água, mas nós temos. Quando vemos os números, em termos de país, boa parte estão concentrados na região amazônica, que chega nas demais regiões de diferentes formas, inclusive pela chuva. Mas, quando pensamos na segurança hídrica dos nossos corpos hídricos, temos um problemão para resolver, de forma geral.

Quais são os principais poluentes das águas do Brasil? A nível federal, como está a capacidade do Brasil de tratar dessa diversidade de problemas?

Nós pesquisamos todos os poluentes e precisamos considerar que são igualmente importantes. Às vezes, a gente quer puxar um vilão, mas, na verdade, temos uma distribuição de atividade urbana no país. Então, em estados ou regiões onde o agro é enorme, por exemplo, a gente vai falar: “o problema maior dos corpos hídricos são os agrotóxicos”.

Quando pensamos nas grandes metrópoles, nas regiões industrializadas, podemos endereçar essa questão da poluição com um outro olhar, porque estamos falando de outros contaminantes e de outras formas de fazer a gestão desse resíduo. O mesmo acontece em lugares com densidade populacional gigante e pouco esgotamento sanitário.

Se olharmos um pouquinho mais de detalhes no país, a gente consegue priorizar áreas e focos de contaminação, de acordo com as atividades predominantes. Mas, quando pensamos em leis federais, precisamos considerar todos esses pontos para garantir um país com segurança hídrica.

Precisamos envolver muitos setores, porque em muitas regiões, principalmente a Sul e a Sudeste, que são as mais urbanizadas, enfrentamos muitos problemas. Do ponto de vista químico, basta procurar que encontramos poluentes. Se eu não encontrei determinado contaminante na água, é porque eu não procurei. Ou seja, é um desafio grande.

Eu sou uma pessoa otimista e acho que, se quisermos, podemos fazer diferente, mas precisamos de muitas mãos e de muitos setores trabalhando juntos para garantir melhor qualidade das nossas águas.

Vocês também estão com um projeto em andamento que analisa a poluição por microplásticos em ambientes aquáticos e terrestres? Sobre o que trata essa iniciativa?

Já tem alguns anos que o nosso laboratório está focado nos estudos com relação aos agrotóxicos, os efeitos, a presença e os riscos pós-aplicação. Nosso planeta já está saturado de plásticos e da formação de microplásticos. Então, a gente quis entender de forma mais detalhada como a presença desse “novo contaminante” muda ou potencializa o efeito da presença dos agrotóxicos.

Então, esse projeto vem para associar dois contaminantes, duas classes de contaminantes que têm características diversas, diferentes, para poder entender como acontece a dinâmica, o destino e os impactos para os corpos aquáticos e terrestres. Consequentemente, isso também afeta os organismos e a saúde humana.

Por exemplo, quando pensamos na contaminação por agrotóxicos, já sabemos os efeitos químicos e biológicos que causam nos organismos e na cadeia trófica. No ambiente, os organismos estão expostos a muitos outros contaminantes e, agora, também às partículas plásticas.

Na presença do plástico, o organismo pode estar também exposto a um efeito além de químico e físico, quando estão ingeridos junto com os agrotóxicos. O plástico causa um efeito físico no organismo, que é como se, ao comermos muitos plásticos, entupíssemos o nosso sistema digestivo.

Além disso, o plástico que está no ambiente também serve como uma esponja que absorve os contaminantes. E, quando os organismos ingerem esse plástico, acaba trazendo esses contaminantes mais tóxicos. Daí, além do efeito físico, a gente se depara com o efeito químico. Também potencializa uma série de outros efeitos em cadeia no organismo.

Claro que isso depende do tipo de plástico, do tipo de contaminante, do tamanho do organismo, etc. Mas, em vários níveis, a gente tem algumas hipóteses de efeitos que a gente pode ver de forma imediata e outros que a gente vai ver a longo prazo.

Então, os problemas são de dimensões um pouco mais globais e holísticas, quando pensamos nesse setor e é o que estamos tentando entender com esse projeto.

O problema da contaminação por agrotóxicos nas águas que consumimos é realmente alarmante?

Nós somos o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. No Brasil, nós temos liberado para uso quase 500 agrotóxicos e a nossa legislação monitora menos de 10% desses contaminantes. É enorme a disseminação desses agrotóxicos após a aplicação, eles vão para vários locais e têm a característica muitas vezes de ser persistente.

Recentemente, publicamos um trabalho com relação à presença de agrotóxicos na água de chuva, porque ele fica na atmosfera e, quando chove, ele cai junto com a chuva e provoca contaminação. O tamanho da contaminação é proporcional ao uso agrícola que tem naquela região.

Ou seja, se priorizarmos por região, vamos olhar quais são as principais culturas daquela região, quais são os agrotóxicos usados naquele manejo, e, provavelmente, se procurarmos, vamos encontrar nas nossas matrizes ambientais, na água, no solo e na atmosfera.

A poluição das águas de torneira, que chegam nas nossas casas, é porque, principalmente por conta das características dos agrotóxicos, os nossos sistemas convencionais de tratamento de água não os removem. Então, as concentrações que encontramos no rio, encontramos também na nossa água de torneira.

A gente encontra constantemente um número muito grande de agrotóxicos nas nossas águas de beber. É um problema sério, porque, a longo prazo, é uma exposição não intencional. As pessoas não esperam ingerir agrotóxicos quando estão tomando água, assim como não esperam encontrar na água de chuva. Quando a gente vê um rio mais poluído, até fala “não vou nadar porque deve estar sujo”.

É um problema sério de saúde pública que precisa ser considerado. Vamos proteger melhor os nossos rios, porque de um rio limpo, a gente oferece uma água de muito melhor qualidade para a população.

Não basta apenas preparar melhor as estações de tratamento de água. É tratar mais os esgotos, porque, se o esgoto estiver tratado, você protege o rio e oferece água de qualidade para a população. Não tem muito segredo. É pensar nos cuidados com saneamento e em políticas públicas.

O que podemos fazer para superar o cenário atual?

Nossa pesquisa está toda pautada justamente nas contribuições que podemos fazer para as políticas públicas. Eu atuo nessa área há cerca de 20 anos e vejo que as discussões com relação à qualidade da água têm melhorado nos setores políticos, mas isso ainda está na fase das discussões. A gente ainda não vê muita coisa sendo concretizada.

Mas já é um passo importante, se compararmos com o cenário de algumas décadas atrás, quando pouco se falava sobre isso. Agora, precisamos alinhar toda essa ciência brasileira num propósito único, que é entender de forma mais holística e global a proteção ambiental.

É uma caminhada longa, mas eu acho que cada passo acaba sendo importante. Cada ação é importante para que a gente busque um futuro que seja um pouco mais sustentável e protegido, pensando na questão ambiental e principalmente na qualidade da água.

Leia mais

  • Urgência na conservação dos rios e proteção dos recursos hídricos
  • Privatizar os terrenos de marinha é a gota d’água. Artigo de Monique Torres de Queiroz, Eduarda Antunes Moreira, Tássia Biazon, Rede Ressoa
  • O leilão das areias. Crônica de Marcelo Zanotti
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