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21 Mai 2025

"Conhecer internamente a pessoa de Jesus Cristo e ser conduzido pela fé nEle a experimentar o mistério da 'feiura' da Paixão, permite que cada pessoa conheça um outro tipo de estética, que é a Estética da Cruz. Essa estética deve ser percebida “a partir das atitudes e motivações de um crucificado, nunca jamais nos traços externos daquele corpo suspenso no madeiro", escreve Dimas Oliveira, jesuíta, formado em Direção de Arte pela Miami Ad School de São Paulo e bacharel em Filosofia pela FAJE. Atualmente, é estudante do curso de Teologia da também da FAJE e se interessa por temas como liturgia e arte cristã, entre outros.

Eis o artigo.

Desde a morte do papa Francisco até à missa em que o papa Leão XIV tomou posse de seu pontificado, o mundo todo foi surpreendido por um conjunto de rituais próprios da Igreja Católica. Esses rituais chamaram a atenção de muita gente, por diversos aspectos. Talvez o mais comentado deles, principalmente pelas redes sociais, se refere à estética que esses eventos apresentaram. A começar pelos detalhes do funeral do papa Francisco, passando à sua missa de despedida em que a disposição da hierarquia eclesiástica organizada na praça São Pedro foi um dos destaques, por exemplo. Já a riqueza de símbolos que envolveram o Conclave até à eleição e a apresentação do novo papa, culminando com a missa em que Leão XIV foi empossado oficialmente pela Igreja, completaram a maratona de celebrações para quem se dispôs a acompanhá-las pela televisão ou pela internet.

O fato é que, mesmo para quem não conhece os ritos católicos, tais eventos realmente causaram um impacto coletivo, reconhecidamente, pela capacidade que a Igreja tem de organizar e manter viva uma tradição ritual com mais de dois milênios. Houve quem chegasse a fazer menção às celebrações no Vaticano comparando-as a um “espetáculo”, carregado de expressões e cantos em latim, ornamentos rebuscados de metais nobres, paramentos litúrgicos esplêndidos e por aí vai.

O que está em jogo é que os ritos papais, de alguma forma ou de outra, geraram comoção e colocaram os espectadores em estado de contemplação. Segundo o filósofo alemão Friedrich Schiller, a contemplação seria a plena realização do estado estético do ser humano. Quando o indivíduo se encontra no estado estético ou em estado de contemplação, este ou aquele colocam a pessoa para fora de si própria e permitem que sua personalidade venha à tona bem como o mundo à sua volta. “A contemplação (reflexão) é a primeira relação liberal do ser humano com o universo que o rodeia” (SCHILLER, 2002, p. 125). O ânimo e o gosto diante do mundo, da aparência, das obras de arte, surgem a partir da contemplação.

O estado estético ainda pode colaborar para que o ser humano, que se encontra preso em sua atitude egoística, que o torna insensível ao reconhecimento da humanidade presente em seus pares, consiga alcançar o estado moral ou racional depois de passar por ele. “O homem disposto esteticamente emitirá juízos universais e agirá universalmente tão logo queira. [...] Para conduzir o homem estético ao conhecimento e às grandes intenções, basta dar-lhe boas oportunidades” (SCHILLER, 2002, p. 114).

Portanto, a contemplação de toda a beleza proporcionada pelos últimos eventos realizados no Vaticano, pode servir de porta de entrada para uma reflexão mais aprofundada sobre o fundamento de toda a fé cristã: o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Fundamento este que permitiu com que artistas de cada época expressassem por meio de sua linguagem própria as obras que até hoje ajudam a muitas outras pessoas a fazerem suas experiências de transcendência. Sem dar esse passo, ou seja, quem não estiver disposto a ser conduzido ao conhecimento e às grandes intenções, segundo Schiller, ficará preso ou presa apenas a um sentimento vazio de fascinação, próprio de quem não avança para as “águas mais profundas” (Lc 5,1-5). Que preferem, talvez por medo ou insegurança, ficar na zona de conforto cercada de querubins barrocos que cantam “Ave Maria” em latim.

Dar um passo para encontrar o fundamento da fé cristã em meio à estonteante beleza proporcionada pela tradição da Igreja Católica é descobrir que a fonte de toda ela partiu da experiência humana e divina de quem vivenciou momentos de ausência total de beleza exterior: “... muitos ficaram pasmados ao vê-lo — tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano” (Is 52,14). O mistério Pascal de Jesus permite que cada cristão e cristã participe de uma “dinâmica entre treva-luz, pecado-graça, escravidão-libertação, morte-vida” (BRUSTOLIN, 2019, não paginado).

Conhecer internamente a pessoa de Jesus Cristo e ser conduzido pela fé nEle a experimentar o mistério da “feiura” da Paixão, permite que cada pessoa conheça um outro tipo de estética, que é a Estética da Cruz. Essa estética deve ser percebida “a partir das atitudes e motivações de um crucificado, nunca jamais nos traços externos daquele corpo suspenso no madeiro. A estética da cruz motiva-nos a sentir as batidas de um coração de um homem fiel a um projeto de vida e apaixonado por um Deus que, mesmo quando faz silêncio no calvário, permanece firme, pois crê que o seu Pai lhe fará justiça na hora mais escura de sua existência” (AZEVEDO, 2021, não paginado).

A partir dessa estética que é repleta de sentimento e escassa de beleza sensivelmente exterior, o coração de cada pessoa cristã se converte e o olhar se “cristifica”. E é com esse coração convertido e olhar “cristificado” pelo sofrimento de Jesus que a beleza da ressurreição e da misericórdia divinas contrasta e ganha sentido. A partir daí, a beleza escondida em meio a tanta injustiça presente no mundo começa a aparecer de modo genuíno, pois aí está o Deus que sofre e que deseja ressuscitar a cada instante.

Portanto, o catolicismo autêntico é aquele que está fundamentado no Mistério Pascal de Jesus, isto é, na sua paixão, morte e ressurreição. É por meio do seguimento processual e aprofundado da pessoa de Jesus que a pessoa cristã abandona a superficialidade de uma fascinação estética, meramente. E, consequentemente, deixa-se ser levada pelo Espírito a um processo de conversão do coração e do olhar para que a beleza genuína que brota da Estética da Cruz seja, de fato, o padrão estético mais elevado. Essa é a verdadeira beleza que deve cativar gerações de cristãos e cristãs mundo afora. Uma beleza que realmente ultrapassa o imediatismo, o hedonismo e o individualismo contemporâneo.

“Por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?” (cf. At 1,11). A atitude do cristão e da cristã que se põem a caminho, não é a de um simples espectador. É necessário sair de si, e ir ao encontro das pessoas e das situações que pedem o sinal da presença vivificadora do Cristo Ressuscitado. E como é gratificante notar tantos homens e mulheres que se perceberam como dom, enfrentaram suas próprias resistências estéticas superficiais e se lançaram nessa tarefa. Olhando o testemunho profético de cada uma dessas pessoas é possível compreender que um belo quadro ou uma linda canção podem ser feitos de rostos e de histórias de quem experimentou o sofrimento humano de Jesus, bem como de quem foi consolado pela graça salvífica de um Deus que é amor e compaixão.

Que o Espírito, por meio da Igreja, nunca se canse de conduzir o ser humano estético ao conhecimento e às grandes intenções. A realidade pede um olhar sensibilizado pela beleza genuína que brota do que é improvável, descartável e desprezado. A partir de um olhar mais “cristificado” poderemos ser mais capazes de afirmar a máxima de Dostoiewski: “A beleza salvará o mundo”.

Referências

AZEVEDO, Ademir Guedes. A estética da Cruz. IHU. Disponível aqui. Acesso em: 18 maio. 2025;

BRUSTOLIN, Dom Leomar Antônio. Iniciação à vida cristã. In: DE MORI, Geraldo et al. (Orgs.). Theologica Latinoamericana-enciclopédia digital. Belo Horizonte, [2019]. Leia aqui. Acesso em: 18 maio. 2025;

SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 2002.

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