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A memória dos antepassados ilustres (Eclo 44,1). Relembrando Juan Luis Segundo no centenário de seu nascimento. Artigo de Geraldo Luiz De Mori

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10 Abril 2025

Fazer a memória dos “grandes homens do passado”, como convida o livro do Sirácida, é uma oportunidade para recolher o que foi o legado de Juan Luis Segundo, não tanto numa esforço de fixá-lo ou congelá-lo no passado, ou de celebrá-lo como um evento único, digno apenas de aplausos e admiração. Fazer memória dos “grandes homens do passado”, como no caso do teólogo uruguaio, é de novo revisitar sua vida e seus escritos, descobrindo neles o que ainda é a brasa que pode acender a inteligência e iluminá-la para tornar-se operante no presente, deixando-se ser visitada pelo sentido.

O artigo é de Geraldo Luiz De Mori, SJ, professor e pesquisador no departamento de Teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte.

Eis o artigo.  

Apesar de quase ter passado despercebida, a data do dia 31 de março de 2025, para além do seu significado político no Brasil, pois recorda os 61 anos do golpe militar no país, tem para a teologia latino-americana uma importância singular, pois evoca o centenário do nascimento de Juan Luis Segundo, um dos teólogos mais originais, inquietos e criativos do século XX. A partir desta convicção, o Grupo de Pesquisa “Fé cristã e contemporaneidade”, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), realizou, entre os dias 31/03 e 02/04/2025, o Seminário Internacional “A teologia (ainda) liberta? Provocações a partir de Juan Luis Segundo” – Centenário de Nascimento. Os conteúdos do evento encontram-se no Canal do YouTube da FAJE: 31/03: Cristologia (Afonso Murad); 01/04: Teologia da Graça (Elias Fernandes), Eclesiologia (Diego Pereira Ríos).

O itinerário teológico de Juan Luis Segundo é original e, sob muitos pontos de vista, diferente e distante das tendências da teologia elaborada na América Latina após o Concílio Vaticano II. Sua singularidade é em grande parte determinada pelo contexto a partir do qual ele pensou as razões do crer: o do Uruguai da segunda metade do século XX, fortemente secularizado, diferente da maioria dos países do continente, nos quais a religião ainda determinava muitos processos sociais, políticos e culturais. Um sinal desse esforço de diálogo com a cultura secular é a coleção de textos que ele elaborou junto aos grupos de leigos, leigas e profissionais com os quais buscava dar as razões de fé: Teologia aberta para o leigo adulto. Os temas abordados, a saber, comunidade e Igreja, graça e condição humana, Deus, sacramentos, evolução e culpa, retomam ao mesmo tempo temas candentes da teologia pós-conciliar, mas tendo em conta os questionamentos levantados por seus interlocutores, oferecendo-lhes uma reflexão que fosse ao mesmo tempo significante, razoável e relevante para o mundo da razão secular.

Num dos campos nos quais mais investiu sua pesquisa, o da cristologia, afirma que queria dialogar com ateus reais e potenciais, ou seja, dar plausibilidade à fé cristã tendo em conta as questões trazidas pelas críticas da racionalidade moderna. Duas obras de fôlego surgiram desse esforço: O homem de hoje diante de Jesus de Nazaré, publicada em 1982, e A história perdida e recuperada de Jesus de Nazaré, publicada em 1991. São interessantes as “claves” (em português as traduções mantiveram o termo original castelhano, que pode significar chave ou clave) propostas para uma compreensão de Jesus de Nazaré: a “política” e a “antropológica”, a primeira correspondendo, sobretudo, à teologia dos evangelhos sinópticos, e a segunda, à de Paulo. De modo original, o teólogo uruguaio mostra a relação entre “história perdida” e “reino de Deus”, segundo a “clave política” dos sinópticos, e “história recuperada” e as categorias de lei, pecado, morte e liberdade, segundo a “clave” antropológica de Paulo.

O interesse das duas “claves” é que elas assumiam duas das perspectivas que marcavam os debates ideológicos do pós-2ª Guerra Mundial: a política, que estava na origem dos debates opondo correntes liberais a correntes sociocríticas; a existencial, que acentuava a virada antropocêntrica operada pela razão moderna. No primeiro caso, tratava-se de mostrar que a mensagem e as ações de Jesus podiam ainda incidir no mundo, levando os que a acolhiam a se tornarem também arautos do “reino de Deus”. No segundo caso, tratava-se de mostrar que a vida e a missão do Nazareno produziam um significado outro para a vida, conferindo-lhe novo rumo, dando sentido à existência.

Um tema que teve vários desdobramentos na reflexão do Juan Luis Segundo foi o da teologia da graça, presente no opúsculo de 1969 da Teologia aberta para o leigo adulto, Graça e condição humana, e numa de suas obras de maturidade, Que mundo? Que homem? Que Deus?, publicada em 1993. É possível ver nesta reflexão um desdobramento da “clave” antropológica, pois na reflexão teológica, a graça é o efeito, em quem crê em Jesus Cristo, da ação salvífica de Deus, pela ação do Espírito Santo, implicando a liberdade humana e tornando-a capaz de repetir os gestos jesuânicos. Na primeira obra, o teólogo uruguaio apresenta as várias dimensões da ação da graça em quem crê: longitude, altura, largura, profundidade, e na segunda, articulando o tema com a teologia da criação, mostra como a ação da graça liberta a liberdade para ser livre.

Outros temas importantes da teologia foram abordados pelo teólogo uruguaio, como os de pastoral, nas obras Pastoral latino-americana. Seus motivos ocultos, de 1972, Massas e minorias na dialética da libertação, de 1973; os de ética teológica, com a obra O caso Mateus. Os começos de uma ética judeu-cristã, de 1994; a problemática do inferno, com a obra O inferno. Um diálogo com Karl Rahner, de 1998. Não é o caso, nesta breve recordação do centenário de seu nascimento, de tecer considerações sobre suas contribuições para a reflexão sobre cada um desses temas. O que sim, é importante assinalar, são os debates nos quais ele esteve implicado, seja com relação à teologia da libertação, seja com relação ao conjunto da teologia. No primeiro caso, são dignas de nota as obras Libertação da teologia, de 1975, na qual ele apresenta elementos para pensar o método da teologia; e Teologia da libertação. Resposta ao cardeal Ratzinger, de 1985, na qual ele responde ao documento do então Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé sobre a teologia da libertação. No segundo caso, merece atenção a obra O dogma que liberta. Fé, revelação e magistério dogmático, de 1989, que propõe uma reflexão importante sobre o caráter libertador da dogmática cristã. Na obra de 1975, em particular, ele apresenta sua compreensão do “círculo hermenêutico”, que busca combinar as disciplinas que tentam aceder ao passado, a saber, as disciplinas bíblicas e teológicas, com as disciplinas que se debruçam sobre o presente, a saber, as ciências que ajudam a entender a realidade. Nos dois tipos, diz ele, é importante a atitude da “suspeita”, sobretudo com as formas de saber e de agir sedimentadas, e que necessitam ser “desmascaradas” diante do novo olhar sobre o mundo que o Evangelho suscita.

O lugar a partir do qual Juan Luis Segundo fez teologia, o Uruguai e a América Latina do pós-Vaticano II, é certamente muito distinto do atual. Muitos poderiam pensar que por isso mesmo sua teologia já esteja ultrapassada. Certamente vários temas por ele tratados eram os de sua época, e já não possuem o mesmo significado e relevância para os novos “públicos” com os quais o saber da fé dialoga hoje. No entanto, o gesto teológico que ele inaugurou e a forma como o fez ainda têm muito a ensinar às novas gerações de “aprendizes” do fazer teológico. Os ateus reais ou potenciais com os quais e para os quais ele pensava o fazer teológico, embora possam configurar um grupo relativamente restrito no conjunto da América Latina, ainda parecem uma realidade atual do país no qual nasceu e exerceu sua missão de teólogo. Embora o conjunto dos países latino-americanos ainda seja fortemente marcado pelo imaginário religioso, o número dos que creem, mas não pertencem, e o número dos que se dizem agnósticos, cresce a cada dia, sem contar a fragmentação impressionante do campo religioso, que traz novas questões, a partir das quais é preciso não só se debruçar, mas também pensar teologicamente. O olhar da “suspeita” que ele exercia e convidava a quem buscava pensar a fé, mais do que nunca necessita de novas ferramentas que as de seu tempo. Esse olhar leva a descobrir no “tesouro” das fontes da fé, a saber, as Escrituras e a tradição teológico-dogmática, coisas “novas” e “velhas” (Mt 13,52), que podem de novo dar sentido ou mostrar o que já não tem sentido. Esse olhar não pode ignorar também a realidade presente, descobrindo o que nela necessita de uma luz nova, que desmascare o que não liberta a liberdade para ser livre, ou o que a continua subjugando.

Fazer a memória dos “grandes homens do passado”, como convida o livro do Sirácida, é uma oportunidade para recolher o que foi o legado de Juan Luis Segundo, não tanto numa esforço de fixá-lo ou congelá-lo no passado, ou de celebrá-lo como um evento único, digno apenas de aplausos e admiração. Fazer memória dos “grandes homens do passado”, como no caso do teólogo uruguaio, é de novo revisitar sua vida e seus escritos, descobrindo neles o que ainda é a brasa que pode acender a inteligência e iluminá-la para tornar-se operante no presente, deixando-se ser visitada pelo sentido.

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