19 Dezembro 2024
A informação é de AICA, publicada por Religión Digital, 18-12-2024.
Os líderes das Igrejas na Terra Santa pediram, em uma mensagem conjunta de Natal, que a trégua entre Israel e o Hezbollah no Líbano se estenda à Faixa de Gaza.
"Em meio a esses dias sombrios, de constantes conflitos e incertezas em nossa região, nós, os patriarcas e líderes das Igrejas de Jerusalém, continuamos firmes em proclamar a mensagem natalina eterna da Verdadeira Luz que brilha nas trevas: o nascimento de nosso Senhor Jesus em Belém", escrevem os patriarcas e demais líderes das igrejas de Jerusalém em sua mensagem conjunta para o Natal de 2024.
Há alguns anos, os patriarcas e líderes eclesiásticos da Terra Santa (católicos, ortodoxos, sírios, armênios e protestantes) difundem, no Natal (e, às vezes, em outras ocasiões), uma mensagem conjunta, para falar com uma só voz.
Este ano, no contexto da Guerra de Gaza e da trégua alcançada no sul do Líbano, o texto incentiva a honrar o Menino Deus, trabalhando pela paz e reconstrução, e pede o retorno dos cativos e a devolução do que foi injustamente confiscado.
Os patriarcas e líderes das igrejas de Jerusalém convidam "todos os cristãos e pessoas de boa vontade de todo o mundo a se unirem a nós, para rezar e trabalhar por essa nobre missão, tanto na terra de Cristo quanto em qualquer lugar onde haja conflitos e lutas. Porque, ao fazê-lo juntos, estaremos honrando verdadeiramente o Príncipe da Paz, que nasceu tão humildemente em um presépio em Belém há mais de dois milênios".
"Damos graças ao Todo-Poderoso pelo recente cessar-fogo entre dois dos lados em conflito em nossa região, e pedimos que se estenda a Gaza e a muitos outros lugares", disseram os líderes em um comunicado.
As igrejas, que administram os locais sagrados da fé cristã em Jerusalém, também solicitaram a libertação dos reféns israelenses presos na Faixa de Gaza. "Apesar das guerras e injustiças, o nascimento santo de Nosso Senhor Jesus Cristo desencadeou uma revolução espiritual que continua transformando", afirmaram.
Pediram, ainda, o retorno dos deslocados às suas casas, a reconstrução de todos os edifícios danificados, a devolução das "propriedades ameaçadas e injustamente confiscadas" aos seus verdadeiros proprietários, e a assistência e tratamento médico para os "famintos e sedentos", uma aparente alusão aos palestinos em Gaza e Cisjordânia, embora sem mencioná-los diretamente.
Relembraram que, apesar das guerras e injustiças, "o nascimento santo de Nosso Senhor Jesus Cristo desencadeou uma revolução espiritual que continua transformando incontáveis corações e mentes em direção aos caminhos da justiça, misericórdia e paz".
Mais de 44.835 pessoas morreram e 106.356 ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, segundo as últimas cifras das autoridades sanitárias do enclave.
Pelo menos 1.410 famílias palestinas foram completamente apagadas dos registros gazenses nos últimos 14 meses de conflito, enquanto a maioria da população, que conta quase dois milhões de pessoas, vive em condições precárias em uma pequena área do sul do território, repleta de acampamentos, sem acesso a recursos básicos, como água corrente ou eletricidade.
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Igrejas em Jerusalém: "Que a trégua entre Israel e o Hezbollah no Líbano se estenda à Faixa de Gaza" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU