Santarém (PA) decreta emergência ambiental por causa de fumaça de queimadas

Foto Bruno Kelly/Amazônia Real | Flickr

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

26 Novembro 2024

Prefeito da cidade envia ofício ao governo federal pedindo ajuda e relatando problemas vivenciados pela população por conta da fumaça, resultado dos incêndios na região.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 26-11-2024. 

Nove cidades do Pará figuravam no ranking dos municípios com o maior número de focos de incêndio no país na semana passada, segundo dados do INPE destacados pela Revista Cenarium. Santarém, no oeste paraense, não era uma delas. Mas a fumaça das chamas na região invadiu a cidade e fez o governo municipal decretar emergência ambiental.

O decreto, válido por 180 dias, proíbe o uso de fogo para qualquer finalidade, incluindo limpeza e manejo de áreas, em todo o município. Mas prevê exceções, como práticas de combate a incêndios supervisionadas por órgãos competentes, atividades agrícolas de subsistência realizadas por comunidades tradicionais e indígenas, controle fitossanitário com autorização ambiental e pesquisas científicas também autorizadas, informam g1 e Diário do Pará.

O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, também pediu ajuda ao governo federal no domingo (24/11), relata o g1. Um ofício encaminhado ao presidente Lula relata os problemas vivenciados pela população por conta da fumaça resultante dos incêndios na região. O documento afirma que as chamas avançam de forma assustadora e acelerada, afetando a qualidade do ar.

O município voltou a registrar péssimos Índices de Qualidade do Ar (IQar) anteontem, destaca a Revista Cenarium. De acordo com o aplicativo AirVisual, o interior paraense registrou 414 microgramas por metro cúbico (µg/m³), IQar considerado péssimo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é um IQar entre 0 e 50. Na última 5ª feira (21/11) Santarém registrou a pior qualidade do ar do país, com atingiu 307 (µg/m³), segundo dados da plataforma de monitoramento PurpleAir.

A líder indígena Alessandra Korap Munduruku usou as redes sociais para mostrar a situação da cidade. “Cheguei hoje [domingo], estava no Azerbaijão [na COP29], falando sobre o clima e olha a situação aqui no Pará, em Santarém. É um lugar muito maravilhoso, com vários biomas, várias diversidades e de repente você não consegue olhar nem do outro lado. Infelizmente a fumaça está adoecendo o povo”, disse.

Falando em COP29, o Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios a órgãos do Pará e do governo federal classificando como irresponsável a “propaganda” do estado “em relação às ações de combate às queimadas”, especialmente durante a conferência do clima. O órgão destacou o alto número de focos de incêndios registrados desde agosto, e apontou “uma série de requerimentos já feitos pelo MPF nos últimos meses” sobre queimadas, em especial em Terras Indígenas, detalha ((o))eco.

Leia mais