Amazônia seca: rio Madeira cai para o menor nível da história

Foto: Defesa Civil do Amazonas

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09 Setembro 2024

Em muitos trechos, o maior afluente do rio Amazonas se transforma em bancos de areia, isolando ribeirinhos e prejudicando o transporte de pessoas e produtos.

A informação é publicada por ClimaInfo, 09-09-2024.

A Amazônia está se acostumando a viver cenários distópicos, surreais para quem viveu a vida inteira na maior floresta tropical do planeta. O rio Madeira, uma das principais artérias da bacia amazônica, é o exemplo mais brutal dessa situação: onde antes a água corria abundante, agora bancos de areia se formam no leito seco do rio, como retratou Lalo de Almeida na Folha.

O rio Madeira sofre com a seca impiedosa. Na última 3ª feira (3/9), ele atingiu seu pior índice mínimo da série histórica, iniciada em 1967: dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indicam que a cota do rio ficou em 1,02 metro, ultrapassando o recorde anterior, de 1,10 m em 2023, ano de seca extrema na Amazônia Ocidental.

As comunidades ribeirinhas sofrem na pele com a seca intensa. A falta das chuvas prejudica seus cultivos de banana, melancia, mandioca e milho. O rio ressecado dificulta o transporte do pouco que conseguem produzir para venda em Porto Velho (RO). Os poços secos impõem restrições adicionais ao uso de água para evitar o colapso total do acesso à água.

Como pontuou o g1, existem 52 comunidades ribeirinhas nos arredores de Porto Velho, todas sem acesso à água tratada e encanada. Para auxiliar no tratamento da água consumida pelos ribeirinhos, a Defesa Civil da capital de Rondônia distribuiu kits de hipoclorito de sódio, que retira impurezas da água. Mesmo assim, a preocupação com o desabastecimento de água é grande na região.

“Provavelmente teremos níveis dos rios abaixo [da média] em 2024. A seca continua desde 2023, com as previsões de chuva abaixo do esperado nos próximos três meses na região centro-norte do país, especialmente na Amazônia. A situação tende a piorar e continuar batendo recorde de intensidade e extensão”, alertou Ana Paula Cunha, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), ao UOL.

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