No caminho de volta da Gregoriana, onde nesta manhã encontrou a comunidade acadêmica, em vez de seguir direto para a Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco desviou sua rota para uma rua do centro de Roma. Ele quis parar para visitar Emma Bonino, a conhecida ativista radical e agora líder do partido "Mais Europa", de 76 anos, que recebeu alta no fim de outubro da clínica onde estava internada. Devido a dificuldades respiratórias, Bonino foi internada no dia 17 de outubro na unidade de terapia intensiva do Hospital Santo Spirito, em Roma; uma semana depois, foi transferida para uma clínica privada na capital e, nos últimos dias, voltou para casa.

A reportagem é de Salvatore Cernuzio, publicada por Vatican News, 10-09-2024.

Uma visita inesperada

Foi uma visita totalmente inesperada. Ao sair do portão da residência, o Papa foi abordado por algumas pessoas curiosas que lhe perguntaram em que condições encontrou Emma Bonino, que no passado já havia superado um câncer. "Muito bem", respondeu o Pontífice, "ela é sempre cordial", acrescentou.

Encontros anteriores

No passado, Francisco e Emma Bonino se encontraram várias vezes, começando em 04-11-2015, quando a ex-ministra das Relações Exteriores participou da Audiência Geral de quarta-feira na Sala Paulo VI. Junto com a procuradora adjunta de Roma, Michele Prestipino, e Maria Rita Parsi, Bonino apresentou novas iniciativas da fundação "A Fábrica da Paz" em favor das crianças refugiadas. Em 08-11-2016, o Papa recebeu a política em uma audiência privada no Palácio Apostólico. Na ocasião, a Sala de Imprensa da Santa Sé informou que “a conversa focou principalmente nos temas dos fluxos migratórios, do acolhimento dos migrantes e da sua integração”.

Foi precisamente pelo trabalho de Bonino em favor dos migrantes que o Papa elogiou a líder política durante um encontro informal em Santa Marta com o diretor do jornal italiano Corriere della Sera, Luciano Fontana, também em 2015. Na ocasião, Francisco afirmou que Emma Bonino "ofereceu o melhor serviço à Itália para que conhecesse a África".

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