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Deus criou o homem... e o homem escreveu a Bíblia

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01 Outubro 2024

"O autor não usa a Bíblia para explicar o presente, mantendo-se bem longe de todo tipo de interpretação “instrumental e arbitrária” - as mais extremas são a que usa a maldição de Noé para justificar a guerra entre Israel e a Palestina e a que explica a escravidão pelo fato de os povos africanos serem descendentes de Cam, filho de Noé", escreve Teresa Ciabatti, escritora e roteirista italiana, em artigo publicado por la Lettura, 29-09-2024. A tradução é de Luiza Rabolini.

Eis o artigo.

“Comecei a reler a Bíblia à cabeceira do leito do meu pai”, escreve Aldo Cazzullo em seu novo livro Il Dio dei nostri padri ('O Deus dos nossos pais', em tradução livre, HarperCollins). Cazzullo escolhe narrar a Bíblia porque ela é um grande romance e a origem de nossa cultura. “As igrejas hoje reconhecem que a Bíblia, embora contenha a palavra de Deus, é basicamente palavra humana”, escreve o padre Enzo Bianchi na introdução da nova tradução da Bíblia (Einaudi), “que os autores são autores humanos e que a Bíblia é um texto que deve ser interpretado, evitando qualquer leitura fundamentalista. Hoje podemos dizer que a Bíblia é a biblioteca que não divide, não separa, não se abre a fundamentalismos, pede a afirmação da diversidade, das pluralidades e, portanto, do diálogo, porque é estruturalmente dialógica!”

Livro "Il Dio dei nostri padri" de Aldo Cazzullo

Il Dio dei nostri padri busca exatamente isso: a palavra humana.

A Bíblia descreve a aventura humana, que é principalmente uma aventura de conhecimento praticada também pelos leigos. É por isso que as visões dos leigos são preciosas, como Roberto Calasso com Il libro di tutti i libri (Adelphi), e o próprio padre Bianchi que envolve leigos como Mario Cucca, Federico Giuntoli e Ludwig Monti na curadoria da nova edição.

Em seu diálogo com a Bíblia, Cazzullo capta nuances como a ironia e se detém em passagens que muitos consideram secundárias. Assim, encontramos Caim com ciúmes de seu irmão, que chega ao ponto de matar e depois finge que nada aconteceu, e quando Deus lhe pergunta onde ele está, responde rudemente a Deus: “Não sei. Por acaso sou o tutor do meu irmão?”. Caim infantil e birrento, que em vez de pensar no crime que cometeu, preocupa-se com o fato de que agora alguém possa matá-lo.

O próprio Deus, observa Cazzullo, se irrita, muda de ideia, como quando os judeus recebem de Arão o bezerro de ouro a quem oferecer sacrifícios. “Tenho visto este povo, e eis que é povo de dura cerviz”, diz Deus. Mas Moisés, “depois de tantos anos, já sabia como se dirigir ao Senhor. Por isso, não ligou muito” (escreve Cazzullo). Ele o faz raciocinar.

Nessa aproximação do humano, de Deus aos patriarcas, dos heróis aos reis, Il Dio dei nostri padri segue a mesma linha de Kaos, a série de grande sucesso da Netflix, que fala dos deuses do Olimpo nos dias de hoje, com um Zeus vaidoso e tonto, uma Hera vingativa, um Dionísio caprichoso que odeia sua madrasta e se diverte na terra entre bares e baladas. Tornando Deus e os patriarcas semelhantes ao homem até mesmo nos defeitos - teimosia, suscetibilidade -, Cazzullo derruba o axioma do homem feito à imagem e semelhança de Deus.

Em uma época em que pouco nos questionamos sobre a origem, o autor não responde à pergunta de onde viemos (as novas gerações não se perguntam “de onde viemos e para onde vamos”, explica), mas quem é Deus e o quanto ele se assemelha a nós - em uma dimensão em que o presente é a maior, senão a única, urgência. Deus à nossa imagem e semelhança, portanto, não estabelece o princípio, mas a proximidade, permitindo novas leituras e tornando a Bíblia extremamente atual. E divertida, ‘horror’, não edificante - “muitas vezes expressa valores morais e universais, mas os fundamenta com histórias terríveis”. E sensual, como no Cântico dos Cânticos, interpretado pela maioria em um tom místico como um hino de amor espiritual: a amada é a alma e o amado é Deus (São Gregório de Nissa), ou como uma alegoria do casamento entre Jesus e a Igreja (Santo Ambrósio).

Cazzullo escreve - esta é a liberdade do leigo: “É realmente necessária uma mente muito refinada para ler os versos do Cântico como uma metáfora, uma alegoria, um símbolo. Porque para nós, leitores comuns, soam como um hino a eros” - em concordância com o pensamento do Cardeal Gianfranco Ravasi, que defende que O Cântico expressa “uma visão positiva do amor físico e carnal”, e alinhado com a tradução sensual de Guido Ceronetti (Il Cantico dei Cantici, Adelphi). A leitura de Cazzullo também é maravilhosamente feminista, e não apenas pelo papel que reconhece às mulheres, mas pela escolha das mulheres que vai narrar. O maior espaço é dado a Susana.

“Quantas mulheres são assediadas, ameaçadas, estupradas. Quantas mulheres na história não tiveram a coragem ou a possibilidade de denunciar os homens que as agrediram. E isso ainda acontece hoje, em todos os países, todos os dias. A Bíblia nos conta a história de uma mulher que, com a ajuda de um profeta e de Deus, fez com que dois homens fossem condenados depois de terem agredido muitas outras mulheres. Seu nome é Susana, que significa lírio em hebraico”. O autor não usa a Bíblia para explicar o presente, mantendo-se bem longe de todo tipo de interpretação “instrumental e arbitrária” - as mais extremas são a que usa a maldição de Noé para justificar a guerra entre Israel e Palestina e a que explica a escravidão pelo fato de os povos africanos serem descendentes de Cam, filho de Noé.

Assim como Calasso se debruça sobre as omissões nas passagens bíblicas, Cazzullo busca o dado humano, começando pelo pessoal. A partir da morte de seu pai, chega a redefinir o conceito de pessoal, que é o que a literatura sempre deveria fazer. Parte de si mesmo na presença do pai moribundo e continua em uma avaliação identitária: é aquele filho que reaparece nas páginas por meio das incursões de pessoas entrevistadas (Giorgio Parisi, Rita Levi Montalcini, Michela Murgia, Umberto Veronesi e outros), obras e livros amados: de A divina comédia a Una questione privata, de Beppe Fenoglio, de O senhor das moscas, de William Golding, a A última tentação, de Nikos Kazantzakis.

É sempre aquele filho que declara sua predileção pelo personagem de Davi, “o verdadeiro fundador do reino de Israel, o amado de Deus e, para os cristãos, o progenitor de Jesus”, certamente para todos - eis a importância do olhar leigo: “A simples funda com a qual ele derrubou um gigante continua sendo o símbolo da resistência à força bruta e uma esperança de redenção e salvação, mesmo quando tudo parece perdido”. Novamente ele, o autor, o filho, nos adverte: “Deus muitas vezes escolhe homens que parecem fracos: Abraão é velho e sem filhos, Isaque é cego, Jacó é coxo - ele se aleijou lutando com o anjo de Deus -, Moisés gagueja; Davi será um jovem pastor enviado para lutar contra um gigante, Golias”.

O filho à cabeceira do leito do pai é o ser humano diante da morte. O quarto do hospital se expande para outros quartos, outros hospitais, casas, campos de batalha. Para todos os dias até o dia da criação, não em uma reevocação dos pais para estabelecer a origem, mas em uma sobreposição comovente e poderosa em que o pessoal é universal, graças a um olhar atual e, acima de tudo, paterno.

O olhar de Il Dio dei nostri padri, de fato, também é dirigido às novas gerações - um gesto poético do eu narrador e, ao mesmo tempo, sentido último do livro: preocupar-se com aqueles que estão chegando, que estão crescendo e buscando sua própria identidade. Porque essa ainda é a busca mais laboriosa de povos e indivíduos. 

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  • A Bíblia como vocês nunca leram
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  • Torá, uma lição de respeito. Artigo de Riccardo Di Segni
  • O teólogo que traduz a Bíblia: “Ainda faltam 3.700 línguas”
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  • A Bíblia e o problema da interpretação. A comunidade dos fiéis antes das Escrituras. Artigo de Paolo Cugini
  • Tomar a Bíblia ao pé da letra
  • Por que é difícil traduzir a Bíblia?
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