O futuro cada vez mais incerto da IA. Artigo de Antonio Martins

Foto: Pexels

Mais Lidos

  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • A falácia da "Nova Guerra Fria" e o realismo de quem viu a Ásia por dentro: a geopolítica no chão de fábrica. Entrevista com Eden Pereira

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

25 Setembro 2024

Investimentos disparam, mas os lucros são incertos – o que é mortal para as lógicas do capitalismo. Enquanto isso, os chineses avançam…

O artigo é de Antonio Martins, jornalista e editor de Outras Palavras, em artigo publicado por Outras Palavras, 24-09-2024.

Eis o artigo.

Como a Inteligência Artificial superará seus grandes desafios – entre os quais, a necessidade de chips cada vez mais poderosos e o consumo exorbitante de eletricidade? Presidido no Ocidente por lógicas capitalistas, o investimento no setor compensará? EUA ou China: quem liderará uma tecnologia que (para o bem ou o mal) pode ser decisiva para o futuro da humanidade?

A última edição da revista Economist traz um editorial e uma sequência de matérias sobre o tema. São orientadas pela crença no papel de liderança dos mercados – por isso, partem de um viés que pode ser enganador. Mas as informações que contêm valem a leitura. As questões centrais, segundo a revista: a) Embora gigantesco, o investimento na tecnologia seja gigantesco (US$ 95 bi, desde o início de 2023, e uma valorização em bolsas de US$ 2,5 trilhões, no mesmo período), os custos são enormes. Treinar um sistema como o ChatGPT custará, em breve, US$ 1 bi; e, na geração seguinte, US$ 10 bi; b) Num ambiente anárquico, com centenas ou milhares de empresas competindo entre si, os investidores sentem-se inseguros sobre em quem apostar.

O sentido das matérias é otimista. Economist acredita que a criatividade gerada por este caos encontrará as soluções. Mas não deixa de frisar: a China ameaça a liderança dos EUA; e certas medidas adotadas por Washington, como a tentativa de privar Pequim dos chips mais avançados, estão saindo pela culatra. É também graças a elas que os chineses estão desenvolvendo um esforço febril, e até agora bem-sucedido, de desenvolvimento tecnológico autônomo em IA.

Leia mais