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05 Setembro 2024

A Organização Mundial da Saúde afirma que a primeira fase da vacinação é “um sucesso” em meio a pausas humanitárias e apesar da destruição de hospitais e das dificuldades para se deslocar ou conservar as doses em temperaturas adequadas.

A OMS anuncia um acordo preliminar sobre pausas humanitárias para vacinar as crianças de Gaza contra a pólio.

A reportagem é de Bethan McKernan e Malak A Tantesh, publicada por The Guardian, 05-09-2024. 

Como tantas outras pessoas em Gaza, Eid al Attar, professor no norte da Faixa de Gaza, passa os dias tentando encontrar comida e água suficientes para que sua família possa sobreviver. Desde que a guerra eclodiu no mês de outubro passado, o homem de 42 anos foi deslocado junto com sua família oito vezes e fez tudo o que pôde para proteger seus cinco filhos do conflito. Agora, o território palestino enfrenta uma nova ameaça: a poliomielite, uma doença altamente infecciosa e potencialmente mortal.

“Não podemos proteger nossos filhos. Estamos expostos a morrer a qualquer momento devido aos constantes bombardeios e à insegurança. E também não posso protegê-los das doenças”, disse à The Guardian no início de uma campanha de vacinação liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no último domingo em Deir al Balah. “Vivemos em uma tenda que não nos protege de nada, não há medicamentos, há lixo por toda parte e as ruas estão cheias de águas residuais”, lamenta Al Attar.

Melhor do que o esperado

A campanha teve início na zona central da Faixa de Gaza e, nos primeiros três dias, mais de 187.000 crianças menores de 10 anos foram vacinadas – superando a meta de 156.500. “A primeira fase da campanha contra a pólio é um sucesso”, afirmou na rede social X a diretora da OMS na região, Hanan Balkhy.

O porta-voz da OMS para os territórios palestinos assegurou na terça-feira que a campanha estava avançando mais rápido do que o esperado. “Está indo bem”, disse à imprensa Rik Peeperkorn, que estimou que ainda restam “pelo menos 10 dias” intensos de vacinação, que deverá ser repetida dentro de um mês.

A realização da campanha é especialmente difícil no contexto atual. Os bombardeios incessantes de Israel contra Gaza destruíram seu sistema de saúde. De fato, segundo uma avaliação da OMS, 31 dos 36 hospitais do território foram danificados ou estão completamente destruídos. Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza tiveram que deixar suas casas e se deslocar em busca de abrigo, alguns em múltiplas ocasiões. A maioria vive em acampamentos improvisados que estão no limite de sua capacidade e são insalubres. A OMS indicou que doenças como hepatite, pneumonia e doenças diarreicas, assim como piolhos, sarna e outras doenças de pele, se espalharam.

Das quase 41.000 mortes registradas desde outubro pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, não está claro qual porcentagem é causada por doenças. No entanto, um dos piores temores do pessoal de saúde se confirmou recentemente, quando foi registrado em Gaza o primeiro caso de pólio tipo 2 nos últimos 25 anos. A vítima era um bebê de dez meses não vacinado. Esta doença contagiosa pode causar paralisia e morte, especialmente em bebês e crianças pequenas.

A pólio foi erradicada da Faixa de Gaza em 1999, mas em julho foi detectado o vírus em análises rotineiras de águas residuais. Acredita-se que o vírus provenha de uma vacina oral contra a poliomielite, que contém um vírus vivo atenuado e, em raras ocasiões, pode ser excretado por pessoas vacinadas e evoluir para uma nova forma contagiosa.

O bebê de dez meses teve uma perna paralisada pela pólio. Devido à guerra, que começou há quase onze meses, ele não foi vacinado contra nenhuma doença. Segundo a OMS, é provável que centenas de pessoas já estejam infectadas, mas não apresentem sintomas, o que coloca em risco centenas de milhares de crianças em Gaza. A OMS e outras agências da ONU, juntamente com as autoridades de saúde de Gaza, lançaram no domingo uma campanha de vacinação para prevenir o reaparecimento da pólio nesta nova geração de gazenses.

Pausas humanitárias

Para evitar a propagação da doença, é necessário que pelo menos 90% das 640.000 crianças menores de 10 anos em Gaza sejam vacinadas com duas gotas de vacina oral em duas etapas, com um intervalo de quatro semanas. Trata-se de um objetivo difícil de alcançar em uma zona de guerra ativa, onde as condições podem mudar rapidamente.

Hamas e Israel concordaram com pausas humanitárias nos combates entre às seis da manhã e às três da tarde durante vários dias, nos quais as equipes de vacinação pretendem visitar 160 locais. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou nesta quarta-feira que as duas partes têm respeitado as pausas humanitárias até o momento.

A campanha começou no domingo no centro de Gaza e, a partir de quinta-feira, se deslocará para o sul, para áreas de mais difícil acesso devido aos combates. Mas na zona central, quatro centros de vacinação continuarão funcionando nos próximos três dias “para garantir que nenhuma criança seja esquecida”, assegurou Tedros.

As estradas danificadas ou destruídas dificultam os deslocamentos do pessoal de saúde e os bombardeios israelenses prejudicaram a capacidade dos trabalhadores humanitários e das remessas. Segundo denunciou a organização americana Near East Refugee Aid, quatro pessoas morreram na semana passada em um ataque aéreo israelense que atingiu a parte da frente de um comboio que transportava alimentos e combustível para um hospital em Rafah; Israel alegou que havia atacado homens armados que haviam se apoderado do comboio, mas a ONG americana e vários testemunhas indicaram que não havia combatentes na área.

Em agosto, Israel permitiu a entrada em Gaza de 1,3 milhões de doses da vacina contra a pólio, que agora estão armazenadas refrigeradas em um depósito na cidade de Deir al Balah, uma das poucas áreas onde não há enfrentamentos. Espera-se que outro carregamento de 400.000 doses chegue ao território em breve. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na semana passada que Israel está ciente da importância de prevenir um surto de pólio na Faixa de Gaza e também “do propósito de prevenir a propagação de doenças na região”.

Manter o Frio

Outra grande dificuldade é alimentar os geradores que mantêm as vacinas refrigeradas devido à escassez de combustível. Todas as instalações de armazenamento da cadeia de frio foram destruídas. O doutor Khalil Abu Qasmiya, diretor do Ministério da Saúde em Deir al Balah, relata que ele e sua equipe se despertam a intervalos regulares durante a noite para verificar se as temperaturas dos refrigeradores permanecem estáveis e se os pacotes de gelo não derreteram. “Desde que o primeiro caso de pólio foi confirmado, o Ministério da Saúde de Gaza tem feito tudo o que pode para cumprir sua parte”, diz.

Ao contrário de muitos outros esforços internacionais para aliviar o sofrimento em Gaza, que foram obstaculizados pelos constantes ataques israelenses, a campanha de vacinação contra a poliomielite está ocorrendo até agora sem grandes contratempos. Também se espera que os esforços feitos para reparar o sistema de cadeia de frio permitam iniciar a vacinação prevista no calendário de saúde rotineiro, quando terminar esta campanha extraordinária contra a pólio.

“Todos nós sofremos muito. Fico feliz em poder fazer algo para proteger meus filhos”, diz Nabil al Hasanat, de 50 anos, pai de duas meninas de seis e cinco meses.

A crise humanitária subjacente persiste e não há indícios de avanços nas conversas sobre cessar-fogo. Nesse sentido, José Lainez Kafati, especialista em mudança social e comportamento da UNICEF Palestina, lembra que “a pólio é apenas um dos muitos problemas enfrentados pelas crianças de Gaza”. “Embora tenhamos conseguido iniciar a campanha de vacinação contra a pólio, há outros problemas graves que continuam sem atendimento devido à falta de acesso à ajuda humanitária”, explica. “O colapso total do sistema de saúde, a destruição quase completa das infraestruturas de água e saneamento, assim como as condições de vida das famílias gazenses que já não têm lar, as tornam vulneráveis a outros surtos de doenças.”

A UNICEF participa da campanha de vacinação, junto com a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), às quais o diretor da OMS agradeceu pela colaboração, mas lançou um alerta: “Juntos estamos ajudando a evitar a expansão da pólio em Gaza, embora outras necessidades de saúde continuem imensas.”

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