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“O Papa? Ele me liga todos os dias”. Entrevista com Gabriel Romanelli

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09 Julho 2024

O padre Gabriel Romanelli, o único pároco católico na Faixa de Gaza, voltou a abraçar a pequena comunidade. "A IDF também atirou em duas mulheres católicas. Todas as noites recebo um telefonema de conforto de Francisco".

A entrevista é de Luca Attanasio, publicada por Domani, 08-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

O padre Gabriel Romanelli, argentino de origem italiana, é o único pároco católico na Faixa de Gaza. Sua paróquia dedicada à Sagrada Família está localizada no bairro al Zaitoun da cidade de Gaza (norte da Faixa) e, além dos fiéis católicos, é um ponto de referência para centenas de ortodoxos e abriga um grande número de refugiados.

Antes do início do conflito, os números diziam que, dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, 1.020 eram cristãos, em sua esmagadora maioria ortodoxos. Agora, entre mortos e exilados, estão reduzidos a 621. Por uma coincidência dramática, o padre Gabriel ficou longe de sua paróquia por mais de sete meses.

Seu retorno de Jerusalém, onde estava para algumas reuniões, era previsto para 7 de outubro, mas foi adiado em um dia.

Os atentados do Hamas e o início do conflito levaram à decisão, pelas autoridades israelenses, de suspender todas as permissões de retorno, e o sacerdote, que deveria retornar em 8 de outubro, ficou retido na cidade santa, sem possibilidade de se mover.

Após sete longos meses, aproveitando uma visita a Gaza do Patriarca Latino de Jerusalém, o Cardeal Pierbattista Pizzaballa, o Padre Romanelli pôde retornar. Desde o início da guerra, ele tem recebido telefonemas diários do papa, que se informa sobre a situação e pede atualizações sobre os fiéis e cidadãos sitiados em Gaza. Em seu retorno a Gaza, ele encontrou uma situação dramática que levou os católicos da Terra Santa, justamente nestes últimos dias, a tomar uma posição duríssima por meio da Comissão de Justiça e Paz: "Estamos indignados com o fato de os atores políticos em Israel e no exterior estarem usando a teoria da ‘guerra justa’ para perpetuar e legitimar a guerra em curso em Gaza".

Eis a entrevista.

Padre Gabriel, o que significou voltar depois de tanto tempo e que comunidade você encontrou ao retornar?

Depois de longos meses, foi uma alegria infinita para mim poder voltar. Apesar do que se possa imaginar, encontrei uma comunidade muito viva, mesmo que, por muitas razões, tenha mudado bastante. Por um lado, porque muitos foram embora, especialmente aqueles com duplos passaportes, e depois porque houve 37 mortes entre os fiéis, muitas delas por causa dos bombardeios, especialmente aquele que devastou a Igreja greco-ortodoxa. Um atirador de elite das IDF também matou duas mulheres católicas bem aqui no complexo da minha paróquia e houve muitos feridos. No entanto, se há algo que me impressionou em meu retorno, é ter encontrado um senso de resiliência sempre muito forte, infelizmente aqui estamos acostumados a tantas guerras e tantas dificuldades. Acredito que a visita do Cardeal Pizzaballa, que coincidiu com meu retorno, tenha confortado muitas pessoas. Ninguém havia conseguido visitar as pessoas aqui antes, e isso foi um bom sinal para todos.

Como se vivem a paróquia e a fé no contexto de uma guerra duríssima, como vocês administram as atividades pastorais e sociais?

A comunidade é muito devota, antes da guerra éramos 135 católicos, mas a nossa paróquia sempre foi muito frequentada também por fiéis greco-ortodoxos, muitos deles participam das atividades e de grupos paroquiais. Durante a guerra, continuamos a celebrar a missa, mas com o grande problema do vinho: geralmente vem de fora de Gaza e, nos últimos oito meses, tem sido difícil conseguir qualquer coisa aqui, muito mais vinho. No entanto, devo dizer que sempre há muita gente aqui, é uma espécie de oásis, as pessoas entram, rezam, conversam conosco ou se recolhem para conversar com Jesus. É óbvio que as atividades são muito difíceis por causa dos bombardeios constantes, que continuam até agora, enquanto falo com vocês. As pessoas não podem sair, o nosso bairro está bastante tranquilo no momento, mas as bombas estão caindo a uma centena de metros daqui e, mesmo que não causem vítimas, aterrorizam constantemente a população. Há muito tempo reativamos a escola de atividades e estamos tentando organizar atividades para as crianças da melhor forma possível, realizamos encontros todas as tardes de acordo com a idade e, na medida do possível, brincamos. Sim, eu sei, pode parecer estranho, mas uma de nossas prioridades é garantir a saúde física e mental, e brincar é uma ferramenta extraordinária.

Nesse meio tempo, os nossos voluntários se organizaram para dar aulas às crianças e aos jovens que não frequentam a escola desde outubro. Você pode imaginar algumas de nossas salas enquanto os drones lançam bombas e se escutas os disparos, cheias de jovens tendo aulas de árabe, inglês, matemática e ciências: em meio a essa loucura, alguma estabilidade. O ano letivo de todos os estudantes está obviamente perdido, mas pelo menos tentamos fazer com que não percam o hábito de estudar. O povo palestino é muito culto e instruído, ama a educação, tanto aqui em Gaza quanto na Cisjordânia, o nível é muito alto.

É verdade que o papa liga para você todos os dias?

Sim, é verdade, mesmo quando eu estava em Jerusalém. O Santo Padre me liga às 20 horas e pede notícias a mim e ao meu assistente, o padre Youssef. Ele nos agradece pelo que estamos fazendo, pelo testemunho que oferecemos e pede que cuidemos especialmente das crianças. Ele se alegra com os pequenos episódios que acontecem diariamente e quer saber de tudo. Já é uma tradição e os próprios fiéis se reúnem aqui comigo esperando a ligação. Trazem as crianças, deixam o papa ouvir suas vozes ou pedem orações. É um telefonema breve, mas muito importante, um grande apoio.

Agora que voltou para ficar, como planeja reorganizar a vida da paróquia em uma situação tão dramática?

Há muito o que fazer. Aqui recebemos até 700 pessoas deslocadas, agora são 500, uma situação muito pesada porque são famílias que tinham uma moradia muito boa e agora se encontram sem nada. Elas vivem amontoadas em uma escola, têm que cozinhar ou usar os serviços em turnos. Também cuidamos da distribuição de produtos de primeira necessidade mesmo fora de nossa área, cerca de 1.600 famílias pobres, e administramos um ambulatório fora e outro dentro do bairro. Mas tudo aqui é complicado, até mesmo um copo de água: onde encontrar água, como purificá-la? Praticamente não há eletricidade há oito meses, os painéis solares foram quase todos destruídos e o diesel é muito caro. E considere que não somos nem mesmo a situação mais dramática, há pessoas em situação muito pior do que a nossa, sem comida, água ou remédios.

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