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No meio deles. Entrevista com Enzo Bianchi

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16 Mai 2024

Albiano d'Ivrea, fevereiro de 2024. O local do novo começo de Enzo Bianchi chama-se "Casa della Madia” e nos acolhe ensolarada e coroada pelos alpes nevados, no silêncio quebrado apenas pelo latido do filhote da casa.

Recém-inaugurada, ainda passa por reformas, com as quais os sete moradores da comunidade se dedicam cada um com sua tarefa. Depois de um almoço fraterno, Enzo Bianchi, com grande disponibilidade, concordou em conversar longamente sobre espiritualidade conosco da redação do Messaggero Capuccino. Segue aqui um resumo do diálogo.

A entrevista é de Orselli, publicada por Messaggero Capuccino, maio de 2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Enzo Bianchi (Foto: acervo Vatican News)

 

Eis a entrevista. 

Em geral, o que significa espiritualidade?

Hoje o mercado editorial está repleto de autores que tratam da espiritualidade: uma espiritualidade no final das contas extremamente superficial, uma espiritualidade que tende ao nada, como as espiritualidades orientais ou pânica, cósmica, evolução da espiritualidade da nova era. A espiritualidade cristã, que tem no centro, não o homem, mas Jesus Cristo, falha por falta de fé. Isso é verdade, sob muitos aspectos prosperam as espiritualidades, mas não a espiritualidade cristã. É uma espiritualidade inteiramente centrada na busca de si mesmos, que é consumida de forma individual, que não precisa absolutamente da comunidade: cada um a consome para si e também produz um comportamento muito individualista.

Isso me assusta.

Mesmo dentro da Igreja Católica - com poucas exceções - não há realmente nenhuma procura de uma espiritualidade que seja cristocêntrica. Tenta-se entrar em si mesmos, mas para escutar o Senhor, para escutar a sua palavra e conhecer a Ele e a mim mesmo - que sempre serei um enigma para mim mesmo - terei que me reconhecer em Cristo. Em muitos aspectos, devo dizer, um dos poucos que entendeu isso é São Francisco, cuja espiritualidade é cristocêntrica. A graça é o amor de Deus, que não precisa nunca ser confirmada e que chega a todos, até ao pecador no seu pecado e, aliás, o pecado é a oportunidade de experimentar a graça de Deus. Há pessoas que não experimentam a graça de Deus porque pensam que nunca pecaram, e talvez não o tenham feito com o corpo, mas certamente pecaram com o espírito, com o orgulho, com a soberba, com o desprezo pelos outros. A espiritualidade é a vida do Espírito Santo em nós, é muito mais do que voltar-se para si mesmos.

Que consequências teve a pandemia?

Na minha opinião, cresceu a indiferença, por isso aumentou o número, principalmente de jovens que não sentem a necessidade de espiritualidade. Não são apenas refratários aos discursos de Deus, mas realmente não sentem a necessidade da espiritualidade, vivem no imediato, ou até vivem no nada, são niilistas. Muitas vezes a espiritualidade para eles, eu vejo, é mais cultura, isto é, se eles participam num evento cultural é cultura, mas a chamam de espiritualidade e pensam que entraram na esfera da espiritualidade. Muitos festivais, para mim, têm uma grande função e certamente fazem as pessoas pensar, mas isso ainda não é espiritualidade. Além disso há os idosos que vivem uma certa espiritualidade, mas a deles também é cada vez mais apenas cultural. Se vocês pensarem bem, a Igreja atualmente oferece a missa e nada mais: como pode bastar a missa e basta?

Você lembrou um ditado: “Em todas as fases da vida o homem chega como um noviço”. Isso vale também para a espiritualidade?

Na minha opinião é isso, como é verdade que muda a fé, e devemos aceitar isso hoje porque basta que alguém da minha idade faça uma anamnese da sua vida e verá que a fé de hoje não tem nada a ver com aquela dos seus vinte anos. A maior dificuldade chega depois dos quarenta anos: a crise dos quarenta anos, vejo que é cada vez mais pesada e difícil para as gerações atuais. Também há a idade da velhice, em que a espiritualidade não tem mais grandes paixões, não tem mais grande impulso, é feita muitas vezes de muitas dúvidas, tanto sobre o futuro como sobre a vida após a morte que nos espera e é, portanto, uma espiritualidade que é preciso cuidar para que não se torne uma espiritualidade marcada pelo temor, pelos medos.

Depois dos cinquenta anos as pessoas são tentadas pelo cinismo: "não vale a pena", "a que serve?", "mas por que...", "até agora pensei nos filhos, agora é hora de pensar em mim". Se é o cinismo que domina depois dos cinquenta, depois dos sessenta e cinco, muitas vezes são os medos que tomam conta. Há muitos idosos que costumo visitar e me dizem: “Padre, porque quando estou meio adormecido tenho tantos sonhos, tantas angustias, tantos pesadelos? Eu não os tinha antes...". Uma vez por semana gosto de ir ao supermercado, mesmo que não tenha quase nada para comprar, porque nos corredores e nos caixas as pessoas conversam e se revela o verdadeiro mundo das pessoas que de outra forma você não encontraria, porque se você as abordar aqui e ali já foram selecionadas, não são 'a gente'... mas só de ouvi-las falar ao celular com a esposa em casa você descobre as relações que existem, e percebe que até para comprar uma lata de molho tomate, as relações hoje em dia são difíceis …

Você disse que o jovem corre o risco de ver as coisas de perto, como um míope que não consegue ver coisas de longe: isso também acontece com a espiritualidade?

É exatamente assim, afinal a paixão sempre é por algo que está perto, não é por algo que está longe. Mas quando você envelhece, deve se exercitar para ver o invisível, como Moisés. Os jovens procuram propostas de sentido, mas creio que a Igreja continua a propor soluções já prontas, enquanto os jovens precisam de empatia, de alguém que esteja no meio deles, que os escute e que responda às suas perguntas, não àquelas já prontas que nós propomos. É uma ilusão que a espiritualidade resulte das Jornadas da Juventude ou dos grandes encontros: terminado o evento, cada um segue seu próprio caminho.

O nosso mundo cada vez mais secularizado parece, no entanto, estar permeado por uma aspiração religiosa generalizada e frágil. A Igreja precisa parar – mas não consegue – de falar sobre moral. Deve falar de fraternidade, a qual certamente implica uma moral, mas deve partir do fato de você ser meu irmão, depois vêm os deveres. A Igreja falou demais de moral e sobretudo de moral sexual... e agora recebe o que merece. A Igreja deveria esquecer a moral e pensar na fraternidade, da qual deriva a moral. Nós devemos acreditar acima de tudo que Jesus Cristo é homem; é claro que diremos depois que ele também é Deus. Já dizia isso Hipólito de Roma, papa do século III: tinha a coragem de afirmar que Deus por nós cristãos é uma palavra ambígua e insuficiente, quanto menos a usarmos melhor... devemos falar de Jesus Cristo como homem, ver como ele viveu, o que ele disse e fez humanamente, por que ele nos revelou Deus com a humanidade, somente com a humanidade: “Ninguém jamais viu Deus”, é apenas na humanidade de Jesus que nós podemos ver Deus.

Espero que a doutrina católica desapareça logo e seja retirada do horizonte, porque causou demasiados danos. É preciso recomeçar de uma gramática da vida humana de Jesus, mostrar como Jesus via, como Jesus olhava, como Jesus se aproximava das pessoas, como falava, como escolhia os lugares para ir... Isso é essencial principalmente na cidade, porque na cidade faltam as relações; hoje, num mundo sem relações, sem fraternidade, se nós quisermos consertar a comunidade cristã, devemos recomeçar assim. Até a liturgia precisa atualizar a linguagem: como pode um jovem ir à igreja e ouvir essa linguagem absurda, que fala da Vossa Majestade que precisa ser apaziguada... Que apaziguada que nada! Ainda temos uma linguagem que é boa para a cúria romana e para os bispos, mas já não serve para os padres: muitos padres dizem que a missa, assim como a leem, não diz nada. Assim muita gente foi embora, foram beber onde havia água. Entre nós já não a encontravam mais.

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