13 Julho 2023
A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou, na França, uma linha direta para atender jornalistas em necessidades urgentes na cobertura das crescentes tensões depois que a polícia de Nanterre, na região metropolitana de Paris, matou o jovem Nahel, de 17 anos, por não parar numa blitz de trânsito em 27 de junho.
A reportagem é de Edelberto Behs.
A “linha direta de violência urbana RSF” recebe denúncias de profissionais da imprensa sobre abusos de que são vítimas, oferece aconselhamento jurídico, presta assistência psicológica, e dá informações sobre a segurança de jornalistas.
Na França, editoriais dos principais jornais do país criticam, de forma veemente, a atuação da polícia, “que mata cada vez mais”, como destaca o Liberation. Eles questionam a atuação e os métodos de abordagem da polícia francesa.
Levantamento do Liberation mostra que pessoas mortas durante batidas policiais passou de 21 casos por ano, em média, no período 2010 a 2019, para 52 em 2021 e 39 em 2022.
“Após a morte do adolescente, muitas dúvidas pairam sobre a formação dos policiais e o uso de armas de fogo diante da desobediência de uma ordem de parada de veículo”, arrolou o La Croix.
O jornal Le Parisien reproduziu a imagem do policial apontando a arma em direção a Nahel durante a abordagem, quando apertou o gatilho. Um vídeo do momento viralizou, o que, segundo o jornal, indignou o país inteiro.
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Polícia francesa “mata cada vez mais” e jornalistas tomam precauções - Instituto Humanitas Unisinos - IHU