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França. “É uma revolta liderada por gangues, o estado jogou fora bilhões”. Entrevista com Pascal Bruckner

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04 Julho 2023

O filósofo Pascal Bruckner: “Imigração e Islã não têm nada a ver com isso, muitos muçulmanos se integraram bem, as autoridades deixaram as periferias nas mãos dos criminosos que controlam todos os condomínios”.

A entrevista é de Cesare Martinetti, publicada por La Stampa, 03-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Pascal Bruckner, filósofo e polemista, tem um olhar cru e não condescendente sobre a revolta francesa. Em seu último livro publicado na Itália (Un colpevole quasi perfetto, Guanda) aparece a denúncia de um novo alvo do racismo: o homem branco.

Livro de Pascal Bruckner: "Um culpado quase perfeito: a construção do bode expiatório branco", em tradução livre. (Foto: Divulgação)

Eis a entrevista.

Monsieur Bruckner, o que mudou desde a revolta das periferias de 2005?

A maior mudança é que a grande maioria da opinião pública é hostil aos manifestantes.

Vê-se isso com a vaquinha em favor do policial que disparou. Por quê?

As violências e os saques são intoleráveis. Desde 2005, o Estado gastou bilhões de euros nas periferias e se contam mentiras colossais. São assaltadas até mesmo creches, escolas, bibliotecas de mídia, hospitais, serviços sociais, como se quisessem destruir as ajudas que chegaram aos bairros.

Certamente não é a maioria da população que assalta e saqueia. Quem manobra tudo isso?

Existem gangues muito organizadas, armadas e financiadas por narcotraficantes que alimentam a narrativa do racismo e da segregação para manter o poder nos bairros, condomínio por condomínio.

Quem são os violentos?

Vândalos, pequenos ladrões e grandes assaltantes, que assaltaram metodicamente os centros comerciais roubando aparelhos eletrônicos, computadores, telefones, mas também roupas. Depois, há as gangues criminosas que se aproveitam da situação para atacar delegacias e prefeituras. E também há um terceiro grupo: os terroristas ecológicos de extrema-esquerda aliados aos jovens das periferias que atacam os símbolos do poder, como o corpo de bombeiros ou a Gendarmaria.

E isso vem acontecendo nos bairros há muitos anos.

O fato preocupante é que a França é um país realmente doente porque todos os conflitos sociais se tornam revoltas. É um país que desde sempre tem uma tradição de violência, sob o Ancien Régime, com a Revolução de 1789, grande momento histórico que se concretiza com a invenção do Terror. Certamente não descobrimos a violência em 2023, desde as guerras de religião, às ‘dragonadas’ no reinado de Luís XV, à Revolução, até 1870... É um país fundado na violência. Hoje, porém, acredito que seja por falta de autoridade do Estado.

Mas como, é um sistema presidencialista com um presidente acusado de autoritarismo.

Há cinquenta anos vivemos a ausência do Estado. Depois de De Gaulle, todos os poderes públicos, de direita e de esquerda viraram às costas aos subúrbios, ao Islã radical, à imigração e agora estamos pagando a conta desse abandono. Macron herdou uma situação deteriorada há muito tempo.

Então, o modelo francês da integração falhou?

A realidade é mais complicada. Agora se fala somente de periferias, mas há toda uma burguesia de origem magrebina ou africana que se estabeleceu muito bem. Há grandes professores de medicina, grandes advogados, escritores, empresários de sucesso. As periferias são principalmente um problema social de abandono. Então, em minha opinião, não representam um fracasso na política de integração ao estilo francês, no máximo, ressaltam seus limites.

Mas o que Macron fez pelos jovens das periferias?

Uma aposta nada absurda, ou seja, iniciar a integração pela economia promovendo Uber e pequenos trabalhos que funcionaram. O problema é que o tráfico de droga permite uma ascensão social muito mais rápida. Sentinelas e traficantes ganham em um dia o mesmo que um motorista ganha em um mês. O narcotráfico generalizado está conquistando os bairros em toda a Europa, Bélgica, Holanda….

Existe algum país europeu que na sua opinião soube enfrentar melhor a imigração?

A Alemanha é melhor, como sempre. E, além disso, tem um modelo social de consulta que é sua força econômica: sindicatos muito poderosos que discutem e só convocam greves excepcionalmente. Na França, primeiro se faz greve, manifestaçõs, se quebra tudo e depois se dialoga. É um modelo antigo que vive na nostalgia permanente da Revolução. Nas greves contra a reforma da previdência, os ferroviários falavam da batalha das ferrovias, como se Macron fosse o exército alemão. É totalmente absurdo.

Quem foi o melhor presidente?

Chirac porque não fez nada. Era muito popular, comia, apertava as mãos, sorria. Macron sofre de falta de empatia, é muito distante, é um banqueiro que pensa racionalmente, mas as paixões francesas são totalmente irracionais. Ainda hoje, os líderes da CGT têm o busto de Lenin em suas mesas.

Sarkozy foi eleito em 2007 com a promessa de que limparia os subúrbios. O que fez?

Nada, falava bem, mas o balanço é muito negativo, votei nele e arrependi-me. Hollande não fez muito, teve que enfrentar o terrorismo, mas graças a ele foram aprovadas as primeiras leis trabalhistas. Tinha Macron como ministro que é muito bom em economia, aliás a França está indo muito bem, o ministro Lemaire é o melhor em muitos anos. Mas ninguém se importa, é terrível dizer, mas é assim mesmo. Ninguém dá crédito ao presidente, os furores franceses sempre se manifestam contra ele e contra o Estado.

Nesta situação Marine Le Pen leva grande vantagem. Você acha que possa vencer em 2027?

Sim, pode vencer, nem precisa fazer campanha. Seria uma péssima solução para a França, tem pouquíssima competência em economia e em diplomacia e, além disso, é muito próxima de Putin, o que é constrangedor neste momento. A extrema esquerda de Mélenchon é insurrecional, mas o grande problema político francês é a extrema fraqueza da direita republicana.

E então o que fazer?

Não se deve desanimar, do ponto de vista econômico estamos no bom caminho. No futuro imediato, eu acredito que o presidente deveria fazer um discurso muito firme, condenando os revoltosos e apoiando a polícia. Ele errou ao condenar imediatamente o policial que atirou, devia esperar pelo menos a decisão da justiça. Um presidente deve estar sempre com suas tropas. Ele tem que retomar a situação nas mãos. E daqui a um ano haverá as Olimpíadas em Paris, seria uma vergonha nacional não honrar esse compromisso.

Como deve ser um presidente forte?

Tranquilizador e capaz de unir.

Leia mais

  • Os guetos negros da França em chamas. A intifada nasce do imobilismo. Artigo de Domenico Quirico
  • "Polícia forte só contra os fracos, por isso as periferias explodem". Entrevista com Olivier Roy
  • "O lado de esquerda de Macron ficou absorvido pelos seus traços de direita". Entrevista com Eric Maigret
  • França: pregadores islâmicos na mira
  • Terror islâmico na França e na Alemanha: crise da integração, crise da política. Artigo de Samir Khalil Samir
  • França. “Devemos resistir à lógica da guerra”. Entrevista com Sami Naïr
  • Coletes amarelos x Macron: O povo contra o 'Rei' Neoliberal
  • Potências e limites das manifestações. Artigo de Raúl Zibechi
  • Sindicatos europeus na luta contra os ajustes devido à guerra e à pandemia. Artigo de Eduardo Febbro
  • Discurso radical de Marine Le Pen atrai os jovens franceses
  • França: o dilema da esquerda
  • Frente Nacional francesa. Festejo com sabor amargo

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