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A nova ecoespiritualidade e o lado sagrado da Natureza

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14 Julho 2023

Em maio, há 530 anos, o papa Alexandre VI emanou a bula papal Inter Caetera, "entre as outras coisas”, com a qual deu ao rei Fernando e à rainha Isabel da Espanha as Américas descobertas por Cristóvão Colombo no ano anterior.

A reportagem é de Carlo Pizzuti, publicada por La Reppublica, 09-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Era a sagrada autorização para conquistar as terras habitadas dos não-cristãos, citada em 1823 na Doutrina do Descobrimento na Suprema Corte dos Estados Unidos para justificar a sangrenta conquista do Oeste. A África foi para Portugal, o Novo Mundo para a Espanha. Não foi bem assim, como sabem brasileiros, canadenses e estadunidenses, mas daí nasceu a missão do colonialismo nas terras dos “sarracenos, infiéis e pagãos”, proclamando que faziam parte da flora e da fauna: tudo tesouro a ser saqueado, destruído e subjugado. A riqueza do Renascimento europeu foi construída sobre isso, com um veio de ouro que, passando pelo Atlântico e pelo Pacífico, sangra terras sul-americanas, África e depois Ásia, enchendo os cofres dos monarcas europeus, como nos contaram nos seus ensaios Peter Frankopan e Amitav Ghosh. O racismo que serve de pano de fundo à exploração desumana da escravidão repousa sobre essa bênção papal que define alguns povos como subumanos, uma crença que ainda hoje alimenta as mentes do supremacismo nacionalista cristão branco, que encontramos também na Itália.

É sobre esse saque desumano que repousam as riquezas com as quais é financiada a revolução industrial e sobre as quais se forma a ideia de progresso ilimitado que pratica violência sobre a natureza, cujos resultados vemos hoje na poluição global. A terra deve ser dominada. De onde vem essa ideia? A partir de um erro contextual de tradução da passagem 1,28 do Livro de Gênesis do Antigo Testamento em que Deus anuncia que fez o homem à sua imagem e semelhança "para que domine sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais que se movem pela terra". Em hebraico, o verbo usado é radah, traduzido como "dominar". Mas é outro Papa um corrige o erro, meio milênio depois de Alexandre VI. Na encíclica Laudato si', Francisco explica isso claramente: “foi dito que a narração do Gênesis, que convida a ‘dominar’ a terra (cf. Gn 1, 28), favoreceria a exploração selvagem da natureza, apresentando uma imagem do ser humano como dominador e devastador.

Mas esta não é uma interpretação correta da Bíblia, como a entende a Igreja. Se é verdade que nós, cristãos, algumas vezes interpretámos de forma incorreta as Escrituras, hoje devemos decididamente rejeitar que, do fato de ser criados à imagem de Deus e do mandato de dominar a terra, se deduza um domínio absoluto sobre as outras criaturas. É importante ler os textos bíblicos no seu contexto, com uma justa hermenêutica, e lembrar que nos convidam a ‘cultivar e guardar’ o jardim do mundo (cf. Gn 2, 15). Enquanto ‘cultivar’ quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, ‘guardar’ significa proteger, cuidar, preservar, velar. Isto implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza”.

Essa intervenção muda tudo. É um esforço para inverter o curso, para roçar o iceberg do cataclismo climático e levar à salvação a humanidade. Claramente, onde o raciocínio falha, mesmo na frente aos dados científicos que Greta Thunberg grita de todos os púlpitos possíveis para nos acordar, a próxima esperança é que a espiritualidade, ou melhor, a ecoespiritualidade possa nos salvar. Se a ciência não conseguir nos mexer, talvez o sentido do sagrado nos faça mudar de hábitos. Para aceitar o desafio, na primeira linha, está a filha do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore Jr., também ambientalista da primeira hora com o ensaio Earth in Balance de 1992 que alertava sobre o aquecimento global e com o documentário An Inconvenient Truth, de 2006. Karenna Gore é a diretora do Center for Earth Ethics da Union Theological Seminary de Nova York, cujo objetivo é “haurir às tradições da sabedoria e da fé de todo o mundo para enfrentar a crise ecológica". É um cruzamento de espiritualidade, justiça social e ambientalismo que faz parte de um movimento chamado “religião e ecologia”: não é apenas um esforço intelectual, mas também um campo acadêmico em crescimento que quer insuflar uma força moral na sociedade para melhor se comunicar com o planeta e proteger seus próprios sistemas vitais.

“Ao longo da história”, assim prega Gore, “muitos compreenderam a sua relação com água, vento, fogo e terra no contexto de sua relação com Deus ou com algum tipo de ser divino. É um fenômeno profundo, antigo, muitas vezes não nomeado, mas que não deve ser subestimado”. É uma tentativa de cultivar um aspecto espiritual e moral dentro da discussão entre cientistas, engenheiros, empresários, advogados e legisladores sobre o tema do meio ambiente. É um esforço, como lembra a própria Gore, para atualizar os ensinamentos budistas do monge vietnamita Thich Nhat Hanh: "Estamos aqui para despertar da ilusão de nossa separação da Natureza". Fala-se aqui sobre a famosa disjunção sancionada por aquela tradução bíblica sobre o suposto "domínio" sagrado sobre a natureza.

Além do ambientalismo leigo (o ecologista Bill McKibben definiu a encíclica: “provavelmente o documento mais importante deste milênio"), também o mundo muçulmano responde ao apelo da Laudato si'. De fato, Gore reuniu em um grupo inter-religioso o rabino Burton Visotzky do Seminário Teológico Judaico com o teólogo islâmico Hussein Rashid a quem a encíclica recordou uma figura proeminente do século VII, Jafar al-Sadiq: “Segundo ele, um crente deve ter quatro relações para manter o equilíbrio: com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o resto da criação".

O fato de que confissões historicamente em competição - muitas vezes violenta -, descubram hoje um ponto encontro nos faz refletir sobre a gravidade do momento. Mas, além das religiões monoteístas, a ecoespiritualidade não pode deixar de voltar seu olhar para o leste. E é aqui que se destaca uma clara diferença teológica, indo estudar o Período Axial, entre 800 e 200 a.C., quando se concentram a vida de Confúcio e Lao Tse na China, enquanto apareceram os Upanishads hindus na Índia e o Buda nasceu.

É a época em que brotam ceticismo, materialismo, niilismo, a luta entre o bem e o mal de Zaratustra, enquanto na Grécia nascia a filosofia de Parmênides, Heráclito e Platão. Em resposta a questões radicais daquela época, nasceram o confucionismo, o taoísmo, o hinduísmo e o budismo, e especialmente o jainismo de Mahavira que inspirou em Mahatma Gandhi o conceito de ahimsa, a não-violência. Essa é a religião pacifista talvez a que mais respeita a harmonia com a natureza e os seres vivos. “Nunca superamos totalmente as profundas intuições daquela época”, comenta a teóloga e ex-freira Karen Armstrong, autora de Sacred Earth, cujo subtítulo é “como recuperar o vínculo com o mundo natural”. “Nós saqueamos a natureza, tratando-a como mero recurso, porque nos últimos 500 anos alimentamos uma visão de mundo muito diferente dos nossos ancestrais".

E talvez por isso, para dar um passo adiante com a ecoespiritualidade, uma tomada de consciência de parte da Cristandade, partindo justamente do Santo Padre, poderia ser útil. Admitir o papel de apoio religioso que foi indispensável ao progresso fora de controle e violador da natureza e de alguns de seus habitantes, principalmente os animistas que desde sempre vivem em maior equilíbrio com a natureza, poderia ser o próximo passo: talvez seja o momento certo para se desculpar com a Natureza da qual não cuidamos e com aqueles infiéis animistas que a habitavam em maior harmonia do que nós.

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