24 Fevereiro 2023
Esta é a introdução de uma série de três artigos. Acesse aqui o primeiro, segundo e terceiro artigos. A introdução é de Gianfranco Brunelli, jornalista italiano, diretor da revista católica italiana Il Regno, do Centro Editorial Dehoniano de Bolonha, publicada por Il Regno, 23-02-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
Um ano após o início da invasão russa da Ucrânia, é necessário estabelecer as características marcantes desta guerra. “Entre as coisas que [ela] repropôs estão a intensidade e a destrutividade de um embate que os especialistas definem peer-peer ou per-near peer (entre exércitos em pé de igualdade ou quase)”, ou seja, “um conflito que leva duas nações a se lançarem totalmente uma contra a outra”, escreve Lorenzo Nannetti apresentando uma análise documentada da situação militar.
“É em si uma guerra mundial, a terceira depois de 1914, e é uma guerra que Putin declarou ao Ocidente, especialmente à Europa”, comenta Gianfranco Brunelli, que continua: “É uma guerra entre dois modelos opostos de organização social e política, que responde a valores opostos de civilização": o modelo ditatorial e autocrático, que atropela toda liberdade, e aquele liberal-democrático, ainda que com todas as contradições que as democracias possuem.
Por seu lado, "a justificação do patriarca russo repete a narração que se encontra também no discurso oficial" do governo russo: a guerra "é defensiva contra o Ocidente que procura agressivamente impor os seus valores e o seu estilo de vida à população ortodoxa da Europa oriental”, observa Thomas Bremer, tirando disso as graves implicações no lado do ecumenismo. Portanto, “em um sentido ou outro, as consequências desta guerra têm um alcance global. A questão é qual modelo social e político, qual modelo de valores sai vencedor”.
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Europa e Ucrânia. Um ano de guerra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU