24 Fevereiro 2023
Nesta semana foi noticiado que as vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi, todas da Serra Gaúcha se utilizavam de trabalho análogo à escravidão. 200 trabalhadores foram resgatados, segundo informa o jornal Zero Hora, 24-02-2023. O comentário é de Cesar Sanson, sociólogo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
Foto: MPT/RS
Estas vinícolas são conhecidas em todo território nacional pelos vinhos que produzem e faturam alto.
Os trabalhadores utilizados na colheita de uva eram agenciados através de uma empresa terceirizada que trazia os trabalhadores do nordeste, principalmente da Bahia, e os alojava precariamente em péssimas condições de higiene.
Sobre casos de escravidão na produção de vinho da Serra Gaúcha:
— Gabriel Jacobsen (@gabrieljacobsen) February 23, 2023
"São vinícolas grandes e conhecidas da nossa região", diz Vanius Corte, gerente do Ministério do Trabalho em Caxias do Sul @gzhdigital
Nomes de empresas envolvidas ainda não foram divulgadoshttps://t.co/057MY8VyYN
Os relatos dão conta que recebiam comida estragada e eram obrigados a trabalhar 15 horas por dia, tendo de comprar produtos superfaturados num mercado indicado pelos patrões.
150 pessoas são resgatadas em situação análoga à escravidão no Rio Grande do Sul. Empresário foi preso. pic.twitter.com/wlYqUAgHDt
— Lázaro Rosa ?? (@lazarorosa25) February 23, 2023
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, o problema se repete todos os anos na colheita da uva.
? ABSURDO! ?
— Matheus Gomes (@matheuspggomes) February 23, 2023
180 trabalhadores nordestinos da safra da uva para vinícolas como Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi foram resgatados de trabalho análogo à escravidão.
Exigimos a responsabilização da empresa terceirizada e das vinícolas que lucraram com o trabalho escravo!
É difícil acreditar que ricas vinícolas não tivessem conhecimento da realidade destes trabalhadores.
Esse foi o resultado das eleições em Bento Gonçalves, cidade onde estão localizadas as vinícolas envolvidas com trabalho escravo. pic.twitter.com/P3qsFXdFjb
— Lázaro Rosa ?? (@lazarorosa25) February 24, 2023
As mesmas alegam que nada sabiam, porém, a fala do gerente regional MTE Vanius Corte dá uma dica porque as vinícolas ficavam quietas: “Se tem gente (mão de obra) barata, alguma coisa errada tem”.
O mercado, que fica nervoso com o Lula ajudando trabalhadores, tá tomando vinho tranquilamente diante dos 150 trabalhadores, em regime de escravidão, que foram libertados pelo Ministério do Trabalho nas grandes vinícolas da Serra Gaúcha.
— Pedro Ronchi (@PedroRonchi2) February 24, 2023
É isso, mão de obra barata, quase escrava, compensava fazer vistas grossas.
Revoltante! Cerca de 150 trabalhadores foram resgatados em Bento Gonçalves, em situação de trabalho escravo. Como presidenta da Comissão de Direitos Humanos, vou acompanhar de perto às vítimas. Também exigir que essas empresas não fiquem impunes!
— Laura Sito (@laurasito) February 24, 2023
? @rbstv pic.twitter.com/MW8l6XC4HN
É o egoísmo, o vírus da cobiça, da riqueza desmedida.
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O sul rico e os trabalhadores nordestinos em situação análoga à escravidão - Instituto Humanitas Unisinos - IHU