Cardeal Grech: “Francisco não dá um passo para frente e dois para trás. Ele tem um rumo claro com o Sínodo”

Foto: Religión Digital

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  • "Muitas coisas correram muito bem na Assembleia de Praga. Mas eu gostaria de ter mais tempo. A sinodalidade requer muito tempo, especialmente se quisermos manter o contexto mais espiritual, como ocorreu no âmbito de um diálogo espiritual", afirma o Secretário-Geral do Sínodo.

  • "O Papa Francisco tem um rumo claro. Ele quer ajudar a Igreja a ser Igreja. Uma Igreja que anuncia o Evangelho e chega ao povo. Com o processo sinodal, o Papa Francisco quer redescobrir o significado do povo de Deus".

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 13-02-2023.

"Muitas coisas correram muito bem na Assembleia de Praga. Mas eu gostaria de ter mais tempo. A sinodalidade requer muito tempo, especialmente se quisermos manter o contexto mais espiritual. ocorreu no âmbito de uma conversa espiritual".

O cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, fez um balanço publicado no site Kath.ch da recente Assembleia de Praga para a fase continental europeia que reuniu representantes das 39 conferências episcopais do continente na capital da República Tcheca, e garantiu que o sínodo a ser celebrado em Roma em outubro de 2024 "é diferente dos sínodos que aconteceram no passado. Toda a Igreja participa. As reuniões nas dioceses, em nível nacional ou agora aqui em nível continental não foram uma preparação, mas eles já faziam parte do Sínodo".

"Papéis são 'res sacra'"

O cardeal maltês também rejeita o fato de que as questões decisivas deste Sínodo sobre a sinodalidade tenham sido ditas apenas em Roma. "Eu vejo de forma diferente. Todo o processo é crucial. É ouvir, do começo ao fim. Levamos muito a sério os comentários enviados à nossa secretaria. Para mim, os papéis são res sacra, não apenas rascunhos, mas documentos com valor. Claro, o discernimento é importante. E eclesiologicamente, o discernimento dos bispos é importante, junto com o povo de Deus. Portanto, todo o processo é importante, não apenas o que acontece em Roma".

O Papa, com Grech | Foto: Religión Digital

Nesse sentido, defende o papel de Francisco contra aqueles que consideram que esta questão “dá um passo em frente, dois passos atrás”. "Não compartilho dessa impressão, garante. O Papa Francisco tem um rumo claro. Ele quer ajudar a Igreja a ser Igreja. Uma Igreja que anuncia o Evangelho e chega às pessoas. Com o processo sinodal, o Papa Francisco quer redescobrir o significado do povo de Deus. Todos nós podemos participar desta missão. Em segundo lugar, temos que encontrar novos caminhos para que a alegria do Evangelho chegue às pessoas. Sinodalidade e evangelização são duas faces da mesma moeda.

Sobre aqueles que mostram relutância em relação à sinodalidade, o cardeal entende “que há dúvidas”, porque “faz parte da natureza da Igreja”. "E há casos em que a sinodalidade não foi vivida até agora. Algo desconhecido pode causar incerteza. Mas não podemos salvar a Igreja sozinhos. Devemos percorrer o caminho juntos. A sinodalidade capacita todo o povo de Deus forma tanto os leigos como os sacerdotes e os bispos, que não caminham sozinhos. A sinodalidade é um dom do Espírito Santo para a Igreja hoje”.

Assembleia de Praga: bispos europeus se comprometem a desenvolver "uma Igreja sinodal" | Foto: Religión Digital

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