Bätzing, após a assembleia europeia: "Praga foi cansativa e Roma será ainda mais"

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13 Fevereiro 2023

  • "Praga foi cansativa, e Roma será ainda mais. O Papa nos convida a uma verdadeira aventura com o Sínodo Mundial; isso nunca aconteceu antes. O esforço será grande, haverá decepções e veremos ainda mais claramente que viajamos em velocidades muito diferentes", diz ele. o presidente dos bispos alemães
  • "Entendo ainda menos a carta dos três cardeais de Roma sobre este assunto depois da experiência de Praga"
  • “Assim como já existem diáconos casados ​​em alguns países e não em outros, o mesmo pode acontecer com padres casados ​​no futuro”.
  • Hollerich: “A Igreja está pronta para refletir e orar sobre esses pedidos. Mas a inclusão é outra coisa, porque o Papa disse: todos, todos, todos. Isso é claro, pelo menos para mim. Não há discussão"

"Praga foi cansativa, e Roma será ainda mais. O Papa nos convida a uma verdadeira aventura com o Sínodo Mundial; isso nunca aconteceu antes. O esforço será grande, haverá decepções e veremos ainda mais claramente que viajamos em velocidades muito diferentes." O presidente dos bispos alemães, Georg Bätinzg, reflete em entrevista à KNA sobre a semana de debates da assembleia europeia, que culminou ontem com uma carta sumária. Onde, aliás, não aparecem as contribuições alemãs, embora o prelado sustente que “todos os temas foram incluídos”, escreve José Manuel Vidal, em artigo publicado por Religión Digital, 10-02-2023.

Em suas respostas, Bätzing insiste na necessidade de órgãos futuros, como o Concílio Sinodal, que deveria ser introduzido em alguns países, como queria a Igreja alemã, e que encontrou a recusa contundente de Roma. «Entendo ainda menos a carta dos três cardeais de Roma sobre este tema depois da experiência de Praga», insiste o bispo de Limburg, que pede « reconhecimento da diversidade de gênero », uma Igreja onde todos possam ter um lugar cheio se vivem a sua vida fiel e responsavelmente a partir da fé. Algo que, em sua opinião, pode ser “aplicado ao celibato dos padres”. “Assim como já existem diáconos casados ​​em alguns países e não em outros, o mesmo pode acontecer com padres casados ​​no futuro”, conclui.

Debate no Sínodo Europeu sobre o sacerdócio feminino e a bênção aos gays (Foto: Reprodução | Religión Digital)

“As fortalezas e fragilidades refletem o processo que iniciamos juntos aqui. Uma coisa é certa: o futuro da Igreja será sinodal”, aposta Bätzing, que demonstra “grande confiança” no trabalho que, a partir de agora, farão executar os cardeais Grech e Hollerich.

Europa, duas culturas diferentes, a mesma Igreja

Precisamente, este último, entrevistado por Sir, expressou sua satisfação com a semana de debates em Praga. "Poderia ter havido tensões ferozes, mas elas não aconteceram. Estou muito feliz ."

Para o relator geral do Sínodo, verificou-se que "a Europa tem duas culturas diferentes" mas que "continuamos a ser irmãos e irmãs. Queremos caminhar juntos" e "reler colegialmente os resultados" desta análise continental.

"Deixa o Espírito Santo agir"

“A Igreja está pronta para refletir e orar sobre esses pedidos. Mas a inclusão é outra coisa, porque o Papa disse: todos, todos, todos. Isso é claro, pelo menos para mim. Não há discussão”, enfatiza Hollerich que, ao ser questionado sobre o sacerdócio das mulheres ou o celibato opcional, afirma que “precisamos rezar, refletir juntos, pesar”.

“Devemos deixar o Espírito Santo agir para poder tomar tais decisões. Uma decisão tomada sob pressão será sempre uma decisão ruim”, aponta, embora admita que é hora de construir “uma Igreja onde todos estejam envolvidos. "

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