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“Ratzinger é um grande teólogo. Sua renúncia foi um ato de humildade”. Entrevista com Enzo Bianchi

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02 Janeiro 2023

“Amigo” é a primeira palavra que Enzo Bianchi, fundador e antigo prior da Comunidade de Bose, pronuncia quando lhe perguntamos sobre o papa Ratzinger, cujas condições de saúde pioraram. “Nos conhecemos em 1976, durante um seminário teológico. Em seu pontificado, ele me nomeou perito de dois sínodos, recebeu-me várias vezes em audiência. Ele foi um dos papas mais importantes do ponto de vista teológico. Lembro que ele interveio como perito no Concílio Vaticano II e já então despontava no mundo como teólogo. Toda a sua vida foi marcada pelo sinal do estudo incessante e rigoroso. A encíclica Deus é amor é um texto eterno”.

A entrevista com Enzo Bianchi é de Silvia Truzzi, publicada por Il Fatto Quotidiano, 29-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Bento XVI em 2013 tomou uma decisão histórica, renunciando.

Outros papas antes dele haviam renunciado, não apenas Celestino V, a quem Dante tornou famoso na Comédia. Acredito que um traço humano pouco compreendido do Papa Ratzinger seja a humildade: quando ele entendeu que com suas próprias forças não era mais capaz de governar a complexidade da Igreja e que enfrentava tempos que se anunciavam novos para os quais não se sentia preparado, então renunciou.

A escolha não dependeu nem do temor nem dos escândalos, como muitas vezes foi dito: não se sentia à altura devido à sua idade e às suas condições de saúde. Seu gesto foi de grande generosidade para com a Igreja, um gesto que define sua grandeza como homem e pontífice. Com a renúncia, ele desonerou o papado de um excesso de sacralidade, tornando-o um serviço humano, necessário pela vontade de Cristo, mas ao qual se pode renunciar se faltarem forças.

Quais foram os aspectos da modernidade para os quais não se sentia preparado?

A sociedade vive uma revolução antropológica e cultural que exige que o cristianismo encontre uma nova posição, reformulando não só a linguagem externa, mas também a fé.

Na época, ele tinha 85 anos e um tipo de formação que não lhe permitia entender e enfrentar os novos problemas postos por um contexto em rápida evolução. Não só aqueles do homem, mas também aqueles internos à Igreja, à sua organização. Penso, por exemplo, na questão da ordenação de mulheres, que mais cedo ou mais tarde terá de ser enfrentada por uma pessoa que não carregue o peso de um mundo passado.

As diferenças entre Bento XVI e Francisco foram muito discutidas: eles são realmente tão diferentes?

Na realidade, o Papa Francisco é um conservador, ainda que a atitude pastoral seja aberta, misericordiosa e humana. Mas, no nível da fé e da moral, nada mudou. Francisco não é uma pessoa rígida, abriu caminhos de reconciliação dos divorciados com a Igreja: não deixa de ser verdade, porém, que no nível doutrinário e ético é um conservador, nem que seja por idade e formação.

O Papa Ratzinger foi muito atento aos temas do Concílio Vaticano II, que sempre considerou atual e que não interpretou como uma ruptura com a tradição.

Tanto Francisco como Bento XVI quiseram ser fiéis ao Concílio. Mas enquanto Ratzinger, que participou dos trabalhos, dá uma interpretação mais literal, penso que Bergoglio olha mais para o evento em si, como um evento espiritual com o qual o Espírito Santo criou um novo Pentecostes na Igreja.

Qual é o legado mais importante que Bento XVI deixa à Igreja e aos católicos?

As suas homilias são verdadeiras obras-primas da fé, do mistério cristão, que também os fiéis perceberam. Não falo das importantíssimas obras porque estas são reservadas, pela sua complexidade, às elites intelectuais. As homilias, que muitas vezes gosto de reler, são uma grande revelação dos mistérios cristãos, fiéis à patrística, mas com uma extraordinária capacidade de tocar o mistério da fé.

Você dedicou dois livros ao Papa Bento XVI. Existe um episódio de seu relacionamento pessoal que gostaria de lembrar?

Nem sempre concordava com ele: me distanciei de sua escolha de liberalizar a missa em latim, dizendo que acataria a obediência, mas ficava perplexo. Ele foi dura e injustamente criticado pelo discurso de Regensburg, que teria fomentado o ódio dos muçulmanos: mas ele havia dito que a verdadeira religião e a fé são inconciliáveis, porque sem razão a fé pode se tornar violência ou magia.

Fui visitá-lo quando já havia renunciado, fizemos um longo passeio nos jardins do mosteiro onde ele havia se retirado. Sempre me impressionou o interesse que ele tinha pela contribuição que eu dera à Igreja sobre a lectio divina. Naquela ocasião, ele me interrogou longamente sobre a relação entre a palavra de Deus e a vida da Igreja. Deixou-me comovido.

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