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Francisco: “Aprendendo com a história”. Eis o que aconteceu em 1962 entre Krushev, Kennedy e João XXIII

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10 Outubro 2022

 

"A propósito do início do Concílio, 60 anos atrás, não podemos esquecer o perigo de guerra nuclear que naquele período ameaçava o mundo. Por que não aprender com a história? Também naquele momento havia conflitos e grandes tensões, mas a via da paz foi escolhida. Está escrito na Bíblia: 'Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele, e achareis descanso para a vossa alma'" (Jr 6,16). Assim o Papa Francisco no domingo, no Angelus, voltou a lançar um apelo para evitar o Armagedom nuclear possível com a guerra em curso da Rússia contra a Ucrânia.

 

A reportagem é de Maria Antonietta Calabrò, publicada por Just Out, 09-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

O Papa João XXIII mediou na crise de Cuba, que se desenrolou entre 16 e 28 de outubro de 1962; o canal entre a Rússia e o Vaticano hoje está congelado. E o apelo de Francisco de 2 de outubro de 2022 foi uma solicitação pública para reabrir a mesa de negociações, na verdade a pedido de apenas uma parte, a ucraniana, mas não há diálogo com o Kremlin que neste momento sugira um papel decisivo da mediação vaticana.

 

Como aconteceu nos tempos de Krushev e Kennedy, como é reconstruído no livro publicado há poucos dias por Marco Roncalli e Ettore Malnati (Giovanni XXIII Vaticano II un Concilio per il mondo [João XXIII. Vaticano II um Concílio para o mundo, em tradução livre], Bolis Edizioni).

 

Giovanni XXIII: Il Vaticano II Un Concilio per il mondo,
de Marco Roncalli e Ettore Malnati (Bolis Edizioni, 160 páginas)

 

Sessenta anos atrás, o Armagedon nuclear foi evitado por um triz durante a crise cubana, graças ao apelo do Papa João XXIII. Mas então, ao contrário de agora, o líder russo Krushev estava de acordo com o Pontífice, como mostram os documentos publicados no livro.

 

Em 1962, foi a disponibilidade de Nikita Krushev de aceitar a proposta de apelo do papa (João XXIII), que pediu o fim do envio de ajuda militar russa a Cuba e, portanto, o levantamento do bloqueio naval estadunidense, que desarmou a perigosa crise da Baía dos Porcos, afastando o Armagedon Nuclear, em 27 de outubro, o mesmo dia em que o secretário de Estado dos EUA, Robert McNamara, acreditava que poderia se tornar o último dia de sua vida, assim como o de milhões de pessoas.

 

O evento é reconstruído em detalhes, retirado dos arquivos vaticanos, estadunidenses e soviéticos no livro Giovanni XXIII escrito pelo sobrinho do papa, Marco Roncalli, e pelo teólogo Ettore Malnati.

 

Mas, precisamente por isso, surge a grande diferença em relação à guerra na Ucrânia e à ameaça russa de usar armas nucleares, e da atual crise para cuja superação o Papa Francisco dirigiu ontem um apelo ao presidente da Federação Russa, Putin, e de a Ucrânia, Zelensky, pois hoje o canal entre o Vaticano e a Rússia de Putin parece estar completamente congelado.

 

Uma situação completamente diferente daquela de 1962. No volume de Roncalli e Malnati sobre João XXIII, lembra-se, por exemplo, o testemunho de Dario Spallone, médico que teve entre seus pacientes expoentes conhecidos do Partido Comunista Italiano e vários jesuítas da cúria, da Civiltà Cattolica e da Rádio Vaticano, que em um livro-entrevista relatou ao jornalista Angelo Montonati "que ele havia transmitido ao padre Messineo um pedido soviético para solicitar uma mensagem de paz do Papa dentro de 36 horas". É certo também que contribuiu efetivamente para favorecer a intervenção papal o encontro em curso em Andover (Massachusetts) de um grupo de intelectuais soviéticos e estadunidenses reunidos por Norman Cousins, editor do "Saturday Review", muito próximo da Casa Branca, empenhados em discutir as relações Leste-Oeste e pronto para agir para superar a crise. Entre eles, como observador, também o dominicano Félix Morlion, fundador da Universidade Pro Deo e de quem se dizia estivesse em contato com a CIA. Ele também fez sua parte, escrevem Roncalli e Malnati. “De fato, foi ele que telefonou para a Secretaria de Estado e teve a confirmação de que o papa estava pronto para uma intervenção, desde que do agrado das duas superpotências (com as quais não havia relações diplomáticas)”. No auge da crise, o Vaticano pede a Morlion que verifique se a suspensão dos suprimentos militares para Cuba possa levar ao fim do bloqueio naval. Os soviéticos – continua o livro – em Andover contatam o Kremlin e obtêm luz verde para a mensagem de rádio.

 

Por sua parte, Cousins, após consultar o assessor do presidente Kennedy, é informado de que a Casa Branca, avaliando positivamente uma intervenção do papa, confirma sua disposição de suspender o bloqueio, desde que os russos desmantelem as rampas de mísseis. Por disposição às negociações, João XXIII decide intervir e na noite entre 23 e 24 de outubro em seu apartamento privado, com o substituto Angelo Dell'Acqua e o chefe do protocolo Igino Cardinale concorda com o texto de uma mensagem de rádio entregue às embaixadas estadunidense e soviética em Roma antes da divulgação, no dia 25, pela Rádio Vaticano.

 

Krushev no dia seguinte, 26 de outubro, tinha garantido a retirada dos mísseis se os EUA prometessem não invadir a ilha de Cuba, e um despacho subsequente oferecia o desmantelamento dos sistemas de lançamento já instalados se os EUA fizessem um movimento semelhante na Turquia. Assim aconteceu e foi possível soltar um suspiro de alívio. Uma história que precisa ser mais aprofundada. Em todo caso, é difícil encontrar referências precisas à crise cubana nos escritos do pontífice. Dois vestígios são encontrados, no entanto, peneirando as fontes. Uma no diário conciliar do secretário Monsenhor Loris Capovilla, que em 25 de outubro registra: “Mensagem de paz do Papa às 12h. Excelente trabalho realizado nestes dias de crise cubana pela Secretaria de Estado. Mas o clima não é de medo. Sentimo-nos confiantes de que a faísca não disparará. O Papa reza muito. Mons. Dell'Acqua diz-me: ‘Em Washington e em Moscou apreciação pelas palavras do Santo Padre’”. Outra está no diário do pontífice que em 20 de novembro registra o encontro com “o polonês Ierzy Zawieyski, confidente do cardeal Wyszyński e bem aceito por Gomulka que o instruiu a transmitir sua saudação ao Papa e a dizer-lhe que a liquidação do terrível caso cubano ele a considera devida ao próprio Pontífice”.

 

“O Papa e eu podemos discordar em muitas questões, mas estamos unidos pelo desejo de paz [...]. Comparado com o que o Papa João XXIII fez pela paz, foi uma intervenção humanitária que ficará na história [...]. Temos características comuns, o Papa e eu, porque ambos temos origens humildes [...] sabemos o que significa lutar para conseguir os frutos necessários para viver”, assim teria se manifestado Krushev ao estadunidense Cousins durante uma visita a Moscou, algumas semanas depois. A essa visita se teriam seguidos os votos para o Natal de 1962 e a subsequente audiência papal, em 7 de março de 1963, a Rada Krushova, filha do primeiro líder pós-staliniano do Kremlin, e ao genro Alexei Adjubej.

 

Entrevistada pelo Corriere della Sera em 2014 por Marco Roncalli sobre aquela visita, Rada Krusheva respondeu que "foi o primeiro contato importante entre a URSS e o Vaticano. De certa forma preparado...".

 

Já dois anos antes em seu diário – 2 de setembro de 1961 – João XXIII escreveu sobre o "terrível Krushev, o czar moderno das Rússias", "mais ansioso do que indiferente a uma conversa pessoal com o papa". Tinha obtido informações privadas e anotava: “Nenhum desejo e nenhum susto de minha parte. Confio em Deus..."

 

Rada: "Sabíamos que havia duas facções no Vaticano: uma a favor e outra contra nosso pedido de um encontro com o papa... Também a forma como aconteceu, não era dada como certa. Em Moscou havia sido preparada uma carta para João XXIII".

 

Vocês estavam entre os quarenta jornalistas convidados na entrega do prêmio Balzan pela paz ao papa...

 

Rada: "Até o final não tínhamos certeza do encontro. Pedimos para não noticiar na imprensa. Quando, após a cerimônia, convidaram os presentes a sair, nos disseram para esperar. Então um responsável do protocolo nos acompanhou até uma porta. Entramos em uma biblioteca e João XXIII estava lá esperando por nós. Ele fez um gesto para que nos sentássemos. Com o papa estávamos eu, meu marido Alexei e o jesuíta Koulik como tradutor. Nós sentamos. Alexei lhe entregou uma carta de meu pai expressando gratidão por seus esforços de paz. Em resposta, João XXIII nos deu uma carta na qual manifestava seus votos de esperança por futuros passos para uma aproximação”.

 

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