11 Novembro 2021
Os bispos brasileiros, o país com o maior território amazônico, considerado um dos pulmões do Planeta e com uma importância decisiva no futuro das mudanças climáticas, tem lançado uma mensagem por ocasião da COP26.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
Assinada pelo presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, também conta com a assinatura do Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia – CNBB, o Cardeal Dom Cláudio Hummes, de Dom Sebastião Lima Duarte, Presidente da Comissão Episcopal Especial para a Ecologia Integral e Mineração – CNBB, do Presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora – CNBB e do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Dom José Valdeci Santos Mendes, de Dom Erwin Kräutler, Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), do Presidente da Cáritas Brasileira, Dom Mário Antônio da Silva, de Dom Roque Paloschi, Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), e de Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, Presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A mensagem mostra a atenção do episcopado brasileiro “aos debates, acordos e deliberações da Conferência da ONU (COP26)”, que segundo eles “se apresenta ao mundo como esperança”. Diante do “atual contexto socioambiental que demanda ações urgentes, audaciosas e eficazes”, esperam ações que “combatam as mudanças climáticas e garantam a continuidade de todas as formas de vida”.
Os bispos pedem interpelações por parte da Conferência do Clima, relatando a situação do Brasil, “que tem territórios e biomas ameaçados”, e sofre em diferentes regiões os efeitos do aumento da emissão de gases de efeito estufa. Eles também denunciam as queimadas no país, algo que contribui com o aquecimento do planeta e vai mudar as condições climáticas em algumas regiões do país, aumentando as “desigualdades sociais, degradação de territórios, fazendo desaparecer espécies animais e vegetais”.
A mensagem insiste em que “a Igreja Católica no Brasil, no horizonte da Doutrina Social da Igreja e em comunhão como Papa Francisco, reafirma o seu compromisso com a justiça socioambiental, na perspectiva da Ecologia Integral”. Junto com isso, os bispos mostram sua preocupação “diante das ameaças aos povos tradicionais e seus territórios”.
Afirmando que só tecnologias não conseguirão solucionar a catástrofe ambiental em curso, os bispos consideram a COP26 como “decisiva, pelo dever ético de oferecer aos governos inspirações para suas políticas locais no enfrentamento das mudanças do clima, bem como o fortalecimento da solidariedade internacional”. Também são pedidas medidas fortes para quem não promover o cuidado da Casa Comum.
Finalmente, mostram seu compromisso em continuar “acompanhando as agendas socioambientais no Brasil, promovendo a dignidade da pessoa humana, o cuidado com a Casa Comum, no horizonte de uma Ecologia Integral”, assim como a exigência do cumprimento das deliberações da COP26.
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Mensagem dos Bispos pela COP26: “Ações urgentes, audaciosas e eficazes” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU