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Fugir ou morrer (a inocente migração). Artigo de Ferdinando Camon

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14 Abril 2021

 

"Quando fugiu pela primeira vez com a mãe, a criança sentiu que para ele e para ela a escolha era obrigatória: fugir para não morrer. Ele fugiu, eles o jogaram de volta, ele foge de novo, sempre convencido de que a escolha é uma só: fugir ou morrer. Mas talvez neste ponto ele comece a duvidar que seja uma alternativa, e a pensar que as duas possibilidades sejam uma só, fuga e morte se equivalem. Eles vêm e vão, capturados e sequestrados, libertados e de novo em fuga, nós não conhecemos todo esse emaranhado de vida e morte, de encontros com sequestradores e policiais, e liquidamos todo o fenômeno com uma única palavra inocente: migração", escreve Ferdinando Camon, escritor italiano, em artigo publicado por Avvenire, 13-04-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Estamos dentro de um carro da polícia de fronteira no Texas, na fronteira com o México. O carro está parado.

A porta dianteira esquerda, a porta do motorista, está aberta, mas o motorista está sentado em seu assento. Ao redor, uma paisagem vazia, de fato é o deserto. No deserto se materializa uma criança com cerca de 10 anos, com um casaco bem maior do que ele, que vem a passos lentos em direção ao carro e pergunta: 'Senhor, pode me ajudar?'. A voz é trêmula, não é uma voz, é um soluço, o menino está apavorado, se estivesse numa cova de leões tremeria menos. Estamos nos Estados Unidos, mas o menino fala espanhol. É nicaraguense. Lágrimas lavam seu rosto como uma chuva. É de manhã, o menino deve ter passado uma noite apavorante no deserto. Diz que caminhou para sair do deserto e encontrar um caminho, porque no deserto tinha medo de ser sequestrado. Raciocínio complexo. Eu pensei sobre isso. No deserto, eles podem te pegar vindo pela frente, por trás, da direita ou da esquerda.

Ou de cima. Na estrada não. Na estrada pode haver alguém que te salva. No deserto ele chegou com um grupo, depois o grupo o abandonou e foi embora. – “Seu pai estava no grupo?” pergunta o policial, “ou sua mãe?”. “Não - diz a criança -, eram muitos, mas deixaram-me aqui, não sei para onde ir”. A criança associa a solidão ao sequestro, portanto sabe que, se você estiver sozinho, irão te pegar e levar embora. Ele sabe que é uma presa, sabe que o mundo é feito de presas e predadores. Não está claro por que o policial está filmando a cena. Não é seu dever, seu dever é mandar de volta aqueles que cruzaram a fronteira: foi uma diretriz de Trump, virou uma diretriz de Biden.

Do México, tentam entrar nos Estados Unidos de todas as maneiras. Até improvisando. Tem garotos que se escondem nos ônibus de turistas estadunidenses, quando param na fronteira, esperando serem levados para o outro lado entre a bagagem e os estepes, depois, assim que passam a fronteira, fogem e pronto. Fiz uma viagem de Los Angeles a Tijuana, sou europeu e não sei dessas coisas, então no caminho de volta não entendia por que o motorista parava o ônibus apenas atravessada a fronteira, saia e verificava com a lanterna no porta-malas e embaixo dos bancos, um a um. É aí que as crianças se escondem, que fogem de casa sem avisar a mãe.

A mãe não é uma cúmplice dos pequenos migrantes, a mãe gostaria de ficar com os filhos, de morar com eles. Ou talvez fugir com eles. Também a mãe deste pequeno nicaraguense, que se chama Wilton Obregon, tinha fugido com ele, mas a polícia dos EUA os mandou de volta para o México e no México foram capturados por uma gangue de criminosos que imediatamente entraram em contato com o tio de Wilton, que mora em Miami, pedindo resgate. O tio enviou o máximo de dinheiro que pôde, US $ 5.000, mas a gangue achou que era o suficiente para libertar um refém, não dois. E assim libertou o menino.

Eles o levaram além do muro da fronteira e o abandonaram no deserto. O deixaram ao próprio destino, à vida ou à morte, como para dizer: “Esta criança pagou, já não vale nada para nós, leve-a”. Quando fugiu pela primeira vez com a mãe, a criança sentiu que para ele e para ela a escolha era obrigatória: fugir para não morrer. Ele fugiu, eles o jogaram de volta, ele foge de novo, sempre convencido de que a escolha é uma só: fugir ou morrer.

Mas talvez neste ponto ele comece a duvidar que seja uma alternativa, e a pensar que as duas possibilidades sejam uma só, fuga e morte se equivalem.

Eles vêm e vão, capturados e sequestrados, libertados e de novo em fuga, nós não conhecemos todo esse emaranhado de vida e morte, de encontros com sequestradores e policiais, e liquidamos todo o fenômeno com uma única palavra inocente: migração.

 

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